Friday, April 20, 2007

LICENÇA PARA SER REBELDE


Christina Fontenelle
20/04/2007
E-MAIL: Chrisfontell@gmail.com
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Não resta a menor dúvida de que a ordem mundial, no momento, é discutir (discutir, é ótimo!) o aquecimento global e o aborto. A questão do desarmamento também ressurgirá com toda a força, com certeza. Mas, já já, seremos, nós brasileiros, postos contra a parede para tomar uma decisão constitucional a respeito do aborto.

Eu tenho minha opinião sobre esse tema. Mas, como não pretendo discursar exatamente sobre o aborto em si, vou esclarecer dois de meus pontos de vista sobre a questão. Primeiro, sou contra e, segundo, ninguém será capaz de me convencer de que a vida não comece na concepção. Alias, sobre isso, fala muito melhor do que eu poderia fazê-lo a doutora Anna Giuli, bióloga molecular, em
recente entrevista.

Como está ficando cada vez mais evidente que a guerra contra o sonho fascista da grande pátria global, povoada por seres coletivos (e não por indivíduos), parece estar mesmo perdida, penso que uma proposta de saída razoavelmente digna, para seres “rebeldes” como eu, seria obter do Estado uma espécie de “licença de exclusão”.

Seria um novo contrato social, com direitos e obrigações legais de ambas as partes, Estado e cidadão, no qual este último – o rebelde - assumisse o compromisso de não ficar “enchendo o saco” do Poder com protestos, argumentações e campanhas de oposição, e o Estado, por sua vez, liberasse o rebelado para decidir quais os tipos de taxas e impostos que desejasse pagar, qual o tipo de currículo e de livros escolares em que seus filhos devessem ser educados e, finalmente, garantisse que o sujeito tivesse o direito de não ser desarmado, de achar que o normal seja ser heterossexual e de se declarar brasileiro miscigenado, ainda que, por obra genética do destino, sua pele seja o que se convencionou chamar de branca. Só isso!

No documento de identificação, fosse ele qual fosse, apenas o acréscimo de um item no qual constasse a opção: ( ) Rebelado ou ( ) Incluído. Pronto! Acabar-se-iam as ofensas, as insurreições e coisas do gênero. Os governos, agora, poderiam passear à vontade pelo Estado e por suas Instituições, pagando a quem e o quanto quisessem, por isso ou por aquilo. Quem fosse um Incluído que se virasse para correr atrás de seus direitos e de supostos mal-usos do suado dinheirinho que se visse sugado pelas taxas e impostos estatais.

Os incluídos ficariam como estão hoje, ou seja, pagando impostos sobre seus salários e sobre tudo o que consumissem; porém, e naturalmente, com direito a usufruir dos nossos maravilhosos sistemas de saúde, de ensino e de aposentadoria públicos (ou públicos privados, fosse lá qual fosse a enganação da vez). Não se pode esquecer, também, do direito à Segurança Pública – representação máxima do empenho patriótico de nossos governantes e baluarte da eficiência estatal. Outra coisa que eu não poderia deixar de lembrar é que esse privilegiadíssimo grupo de incluídos (voluntariamente, é preciso que se ressalte) poderia contar com toda a magnânima e irretocável infra-estrutura implantada, país a fora, pelos governos municipais, estaduais e federal, como estradas, ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias. É claro, não se pode esquecer, que continuaria pagando o que sempre pagou por tudo isso - taxas de embarque, pedágios e impostos.

Os rebelados, coitados – entre os quais, mesmo assim qualificados, eu me incluiria -, pagariam quando, e somente se, usassem todas essas maravilhas que o Estado brasileiro oferece, em troca da exorbitância que cobra, em impostos e taxas, de seus cidadãos. Por exemplo, se um rebelado estivesse sendo assaltado e a polícia não se apresentasse imediatamente para livrá-lo (com absoluto sucesso, é claro) daquela situação medonha, este, somente se quisesse prestar queixa na delegacia, é que teria que pagar uma taxa especial para fazê-lo. Caso, porventura, achasse que isso fosse inútil, seria deixar pra lá e comemorar por ter saído vivo da ocorrência que, por sinal, hoje em dia, está cada vez menos acidental. Tudo bem, se a polícia aparecesse e o salvasse, teria que pagar uma taxa ao Estado, por bons serviços prestados. Nada mais justo.

Esses rebelados teriam que pagar por saúde, segurança, educação, transporte (e para trafegar de carro em vias públicas), luz, gás, energia, telefone, internet, etc. Tudo sem imposto, é claro. O governo não lhes daria o direito de usar nada disso gratuitamente. Como se sabe, hoje em dia, esse direito existe, mas não é gratuito, já que se pagam taxas e impostos para que sejam “gratuitamente” oferecidos. Mas, como deixam muito a desejar, os cidadãos acabam apelando para serviços particulares – o que acaba por significar um triplo pagamento pelos mesmos: imposto para o que o governo oferece; o próprio serviço particular; e imposto sobre o serviço particular. O rebelado, então, pagaria apenas uma vez pelo que desejasse.

Todo rebelde teria o direito a um cartão de crédito especialmente identificado como “de rebelado”. Com esse dispositivo de plástico e mediante documento de identificação, para os casos em que o dinheiro vivo tivesse que ser utilizado, os rebeldes poderiam comprar tudo sem imposto. A economia que os rebeldes teriam em seu orçamento seria tão espantosa que haveria uma revolução no comércio de bens e serviços – um incremento gigantesco que acabaria, no final dessa avalanche revolucionária, por gerar mais empregos. Até que se chegasse à óbvia conclusão de que a mola propulsora do crescimento e do desenvolvimento do país estivesse sendo impulsionada pelos tais dos rebeldes.

Se quisessem votar, teriam que pagar uma taxa. Mas, os governantes poderiam ficar descansados a este respeito, já que os rebeldes seriam os do tipo que cismavam que o voto eletrônico deveria também ser impresso e que a identificação do eleitor deveria ser feita em máquina separada da do voto. Como não é assim que funciona nosso sistema eleitoral, talvez muito poucos rebeldes se dessem ao trabalho de votar.

Seguindo o mesmo raciocínio, em relação aborto, que o país e o mundo o aprovem e que as consciências de cada um dos seres humanos os oriente – mas, não com a contribuição financeira legalmente extorquida (os impostos) daqueles que abominam a prática, salvo casos que já estejam, atualmente, tipificados em lei, como gravidez por estupro e em que a vida da mãe esteja em comprovado risco. Pronto! Rebelados não poderiam fazer aborto legal e gratuito; mas também não pagariam para que outros, no caso, os Incluídos, o fizessem.

Pensem bem. O principal argumento dos que concordam com a descriminalização da prática do aborto e que acham que esta deva ser “gratuitamente” (isso não existe) oferecida pelo Estado, é o de que as mulheres devam ter o direito de decidir sobre o seu próprio corpo. Mesmo sabendo que, se isso fosse verdade, nenhum ser humano autorizaria seu corpo a desempenhar outras funções biológicas, como, por exemplo, envelhecer e desfalecer, por ferimentos e/ou envelhecimento dos órgãos, que, ao menos, fosse respeitado o direito dos corpos habitados por cidadãos que não concordassem com o aborto de não pagar por ele.

Muitos dirão que não se trata de pagar ou não pagar, que a questão é a de permitir ou não que se institucionalize o assassinato contra vidas indefesas – que não podem argumentar em defesa própria. Isso pode ser até a mais pura verdade. Mas, quem já viveu o bastante, procurando sempre observar a realidade como ela é e não como deveria ser, sabe perfeitamente que o mundo não é justo mesmo. Sabem, também, que a ambição por dinheiro e por poder é uma das grandes – se não a maior delas - determinadora dos destinos da civilização. Por fim, sabem, também, que o Mal existe. E existe porque existe, sem que haja, necessariamente, uma boa e lógica explicação para isso.

Se não se pode lutar contra inimigos tão poderosos, que ao menos se conquiste o direito de não lhes dar munição (digo, verbas). Esvazie-se seu caixa. Canalize-se energia para conquistar mentes e corações, e não leis. Aumente-se o exército de rebelados.

Ora, mas o argumento deste artigo é um acinte à democracia! Um desrespeito por parte de gente que se recusa a se submeter à vontade da maioria, dentro das sociedades em que vive. Bem, se, ao contrário do que prega, a democracia tem-se mostrado, cada vez mais, como a ditadura das minorias, financiadas também por minorias biliardárias e poderosas, que compram tudo e todos, falsificando a realidade e renegando a individualidade dos seres humanos, a fim de manipular a humanidade em proveito próprio, então, a democracia não poderá mais ser a última e “menos pior” das opções para os que se oponham a qualquer forma de ditadura – seja ela de esquerda ou de direita. Instituam-se, então, os rebeldes e a rebeldia.

Wednesday, April 18, 2007

SE FOR POLÊMICO... BARRA!

GRUPO DE MULHERES DA UNEMFA É IMPEDIDO DE SE MANIFESTAR NA CÂMARA DOS DEPUTADOS!!!!


"Dia 18/04/2007 é um dia que antecede as comemorações do dia do Exército, e em respeito à todos os militares que fazem do Exército Brasileiro uma das Instituições de maior credibilidade do nosso País é que neste momento lanço um apelo a todos os internautas que por aqui dão o ar da sua graça (SITE reservaer) e que moram em Brasília, principalmente os da reserva. Chegou o momento de exigirmos valorização e respeito aos integrantes das nossas FFAA e a instalação da CPI do Apagão Aéreo, com transparência, verdade e justiça".
Assim era o apelo da presidente da UNEMFA (União Nacional das Esposas de Militares das FFAA) e atual Deputada Suplente, Ivone Luzardo (Democratas/DF), para que simpatizantes da causa militar comparecessem, a partir das 14 horas, em frente à Catedral de Brasília, para fazer uma passeata, até o Congresso, com faixas pedindo a CPI do Apagão e respeito às FFAA. O objetivo era chamar a atenção das pessoas sobre a gravidade do que têm ocorrido no setor de tráfego aéreo brasileiro e que quase acabou se transfonmando numa gravíssima crise entre militares e governo.
Em frente à Catedral, pouquíssimas pessoas compareceram em resposta ao apelo de Ivone. Sem quórum para uma passeata, a presidente da UNEMFA resolveu mudar os planos. A idéia inicial era ir para dentro do Congresso, com as poucas pessoas que lá estavam, e abrir uma das faixas de protesto dentro do Salão Verde, onde poderia ser vista por visitantes, parlamentares e imprensa. Na ocasião, o grupo pretendia entregar um manifesto nas mãos do Presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.
Enquanto o grupo dirigia-se para o Congresso, informantes do Serviço de Inteligência da Polícia Civil, que faz a Segurança daquela casa, já haviam "plotado", in loco, as intenções dos manifestantes e alertado aos seguranças da Câmara sobre o pretendido protesto. Resultado: Ivone Luzardo, mesmo depois de passar pela entrada da Casa, onde as pessoas são identificadas e passam por detectores de metal, foi impedida pelos seguranças, policiais civís, de adentrar os corredores da Câmara.
Entre perguntas e comunicações de rádio, os policiais que barravam a entrada do pequeno grupo de 5 mulheres (isso mesmo, 5 mulheres), ouviam os protestos da cidadã, Ivone, mostrando que somente elas estavam sendo impedidas de entrar na Casa, enquanto todo o tipo de gente ia e vinha - desde visitantes comuns a índios caracterizados. Argumentava que o Congresso é a casa do povo e que, desde que pacificamente, todos têm o direito de se manifestar e cobrar atitudes dos parlamentares.
Depois de muito reclamar e insistir, o grupo pôde seguir até o gabinete do líder dos Democratas e ao local onde protocolou o Manifesto para que fosse entregue ao presidente da Câmara. Enquanto todos os visitantes andavam para cá e para lá, lépidos e faceiros, o grupo de Ivone foi, o tempo todo, escoltado pelos seguranças. Não houve a menor chance de mostrar a faixa de protesto e nem de aguardar que o presidente da Câmara voltasse à casa. Vigiado e tolhido, o grupo desistiu do protesto e deixou o Congresso.
Vale dizer que, se eu não estivesse por lá, fotografando e registrando tudo, as 5 mulheres não teriam passado do corredor de entrada. Em nenhum momento o grupo foi mal tratado ou agredido pelos seguranças - que disseram estar cumprindo ordens superiores expressas. Por que? Porque o assunto sobre o qual se referia o Manifesto e o protesto era polêmico. Polêmico? Polêmico para quem? Ah, sim! Polêmico para o governo. Então, agora é assim: só pode se manifestar no Congresso quem for a favor do governo... Se eu não tivesse visto e ouvido tudo com os meus próprios olhos, confesso que custaria a acreditar...
Enquanto eu acompanhava o grupo pelos corredores da Câmara, ao lado da escolta policial, eu ia recordando o episódio daquele também "pequeno" grupo de "honrados" cidadãos do MLST que promoveu o quebra-quebra no Congresso. Como foi que eles conseguiram ir tão longe, com tamanha eficiência em segurança? Eu diria, até que, hoje, não sei se por processo de evolução, temos até segurança político-ideológica! Pensei, também: como é que foram tão eficientes em espionar um grupo de 5 mulheres, que saiu da frente da Catedral para protestar no Congresso, e foram tão imprevidentes e ineficientes em fazer o mesmo com relação ao "pequeno" grupo de militantes do MLST que invadiu aquela Casa? Dá o que pensar...
De qualquer modo, é isso que temos agora: um grupo de 5 mulheres, desarmadas e identificadas, precisa ser escoltado pela polícia da Câmara porque o protesto que pretendem fazer é polêmico... polêmico para o governo... Essa é a "democracia" em que estamos vivendo... e fica tudo por isso mesmo.

Saturday, April 14, 2007

PARTINDO PARA A AÇÃO

Christina Fontenelle
14/04/2007
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Defender as liberdades, expressar-se livremente, buscar a verdade, contar os dois lados das estórias, buscar informações sobre denúncias graves, organizar idéias, traduzir anseios que não têm espaço na mídia – tudo isso tem sido tratado, no Brasil, como um hobby daqueles que são chamados de os mais corajosos, de os que não têm nada a perder, de os que já sobrevivem de suas merecidas aposentadorias. Isso tem que mudar. Se as pessoas querem quem as informe sobre a realidade dos fatos, sobre as análises mais profundas das coisas que acontecem no mundo, elas têm que se conscientizar de que terão que investir dinheiro para satisfazer essa necessidade.

Não dá para acusar a mídia, especialmente as de massa, de serem “coniventes”, “compradas”, “aliadas alienígenas” e coisas do gênero sem levar em conta que a mídia sobrevive de anunciantes, assinantes, consumidores de informação e de associações que as financiam.

Paga-se para tudo – para ter atendimento médico decente, para ter um mínimo de segurança, para estudar mais adequadamente, etc. Mas, para serem bem informadas, item sem o qual a democracia não passa de uma ilusão, querem que isso lhes caia no colo – de graça – sem se preocuparem com o preço que se pagou e que se paga para que estas preciosas informações lhes cheguem às mãos. Querem heróis por trás das informações que lhes chegam. Talvez, se investissem em seres humanos, oferecendo-lhes a chance de trabalhar, tivessem muito mais informação e muito mais meios de fazer pressão popular sobre suas necessidades, influindo, enfim, nos destinos da sociedade, objetivo maior da democracia.

Em 2006, foram 82 jornalistas mortos, no mundo todo, por causa de atividades relacionadas ao trabalho. Um deles foi assassinado aqui no Brasil – o jornalista Ajuricaba Monassa de Paula, de 73 anos, que foi espancado, em praça pública, até a morte, pelo Vereador Osvaldo Vivas (PPB-RJ), a quem ele vinha acusando de práticas irregulares. Até a data de hoje, temos 125 jornalistas presos por exercerem a sua profissão – 2 deles, na Argentina; 31, na China; 25, em Cuba; 9 nos países da antiga URSS; 1 nos EUA (*); etc. Não terminou, a lista é longa. Na era da internet, formou-se uma nova categoria de profissionais – os cyberjornalistas (que informam e formam opiniões através de Blogs e Sites). Nem esses profissionais escaparam. São 62 deles presos, mundo a fora, sendo 50 deles, na China e 4, no Vietnã.

Aqui no Brasil há inúmeros casos de perseguição a jornalistas que se desviam, tanto do politicamente correto como daquilo que poderosos políticos e homens de negócios acham ser o limite do tolerável - segundo seus próprios padrões, é claro. Há denúncias relativas a Blogs, que são retirados do ar, rádios comunitárias que são fechadas e casos mais famosos como o do jornalista Boris Casoy, que teve que deixar seu trabalho na TV Bandeirantes – diz-se – por ter se atrevido a perguntar ao presidente Lula sobre sua participação no Foro de São Paulo. Chovem processos na Justiça contra jornalistas, até mesmo contra aqueles que não têm por trás de si uma grande empresa de mídia, como é o caso da jornalista Alcinéa Cavalcante, alvo de mais de 20 ações movidas pelo senador reeleito do Amapá, José Sarney (**).

Agora, vejamos. Quanto custa manter uma rede razoável de informantes? Ou alguém pensa que os jornalistas mais lidos na internet estão em todos os lugares ao mesmo tempo – até mesmo dentro de salas onde acontecem reuniões fechadas? Quanto custa ir fazer uma investigação “in loco” para verificar uma denúncia? Quanto custa entrar em contato, por telefone, com pessoas que possam dar informações relevantes a respeito de determinado assunto sobre o qual se está tratando? Quanto custa manter um site com um mínimo razoável de recursos? Quanto custa manter-se em dia com o que é publicado de mais novo e importante pelo mundo a fora? Quanto custa ter e manter um computador com recursos suficientes para fazer um bom trabalho jornalístico?

Essas, entre outras, são questões que devem ser levadas em consideração, antes de se apontar o dedo acusador para o trabalho dos profissionais de jornalismo. Faltou falar do tempo – esse que significa dinheiro. Quanto tempo é necessário para se fazer uma boa investigação jornalística? Quanto tempo é preciso para que um jornalista se intere muito bem sobre o tema que irá abordar? Quanto tempo se leva para escrever um bom artigo? E, quanto vale esse trabalho?

Jornalistas são seres humanos. Infelizmente, ou não, sob esta condição, é fato que estes profissionais são, no mínimo, limitados pela necessidade de ter que satisfazer algumas das mais básicas exigências de sobrevivência, como, por exemplo, comer, ter onde dormir, essas coisas... Parta-se, também, do princípio que, apesar de terem escolhido o jornalismo como profissão, a esses seres também é dado o direito de casar, de ter filhos, de se divertir, de se instruir, essas coisas (de novo)... Ora, isso tudo – que é apenas o básico, na verdade – demanda dinheiro. Dinheiro esse que, por sua vez, na maioria dos casos, deve ser obtido como fruto de um trabalho. Ora (outra vez), se o que se tem de trabalho é oferecido por uma mídia viciada, dependente do Estado e esquerdopata, como trabalhar, então?

Tudo bem. Existem os que optam pela militância. São militantes e não jornalistas. Mas, para os que fogem desse padrão, entre todas as alternativas há a honrosa saída de se trabalhar em outras atividades (professor, vendedor, motorista de táxi, revisor, tradutor, etc.) e, nas horas vagas, escrever para um jornal ou outro, ou ainda para sites onde há espaço para manifestações mais sensatas a respeito da realidade – tudo como colaborador. Diga-se de passagem, oportunidade imprescindível no Brasil de hoje. Montar seu próprio Blog também é uma opção válida. Mas, então, é como eu já disse, não é um trabalho, é um hobby.

Há honrosas exceções. Comentaristas, jornalistas e articulistas que escrevem em renomados jornais e revistas brasileiras e que falam sobre QUASE tudo. Como se sabe, há limites – mas, eles não são determinados por evidências. Infelizmente. Não se pode negar que a imprensa tem contribuído, sim, através da revelação e/ou divulgação de fatos, mesmo que em pequenos cantos de páginas. Cabe aos leitores e analistas mais atentos saber reunir e determinar as relações entre os fatos que se divulgam e entre as idéias que são impressas em artigos diversos. O que acontece, entretanto, é que esse trabalho de análise é que tem construído a informação relevante que circula pelo Brasil, através da internet. Isso é que tem sido tratado como hobby, quando, na verdade, não deveria ser, na medida em que os frutos deste trabalho é que estão representando o último e praticamente único bastião de resistência ao entorpecimento socialista que vem sendo imposto aos brasileiros (e o mundo não está fora desta, não).

É preciso que se parta para a ação, senhores. Muitos, quando ouvem algo neste sentido, se remetem logo para luta armada, revolução. Pode ser que estejam certos. Mas, não se pode negar que a ascensão ao poder dos que agora governam nosso país, por exemplo, seja prova contundente de que nem só com armas de fogo se faz uma revolução – pelo menos na sua fase de conquista hegemônica. Por que é que esta lição só é válida para os comunistas? O que impede que esta tática seja apropriada pelos que desejem derrotá-los?

Na minha modesta opinião, já passou da hora de se formar um grupo de estudos estratégicos, formado pelas melhores cabeças do país, com gente vinda dos, e ouvida nos, quatro cantos desta terra, dos lugares mais longínquos, para elaborar um plano de ação conjunta que seja capaz de definir uma estratégia de reação à ditadura do politicamente correto, das minorias, da inversão descarada de valores e da própria realidade. Ilusão? Pode ser, mas não é o que mostram todas as pesquisas sobre o que pensam a maior parte dos brasileiros a respeito dos mais variados assuntos – somos classificados de conservadores, de direita e coisas do gênero. Se a maioria pensa assim, por que é que não tem voz? Porque ninguém financia (ou se arrisca a financiar) uma luta contra a minoria bilionária sócio-globalista que dirige o mundo. Mas, e se a maioria decidir que vai financiar quem defenda seus pontos de vista com recursos dela própria – saídos, sim, ainda que parcos em termos individuais, do seu próprio bolso?

Filósofo, professor e escritor, o caríssimo brasileiro Olavo de Carvalho veio a público
pedir contribuições para continuar (e aperfeiçoar) o heróico trabalho que vem desenvolvendo, há anos, pesquisando e esclarecendo os brasileiros sobre as realidades do mundo e do Brasil: “Estou pedindo agora e vou voltar a pedir. Tantas vezes quantas me pareça necessário, pois as despesas não vão parar tão cedo. Agora já me acostumei à mentalidade de um povo que põe seu dinheiro onde põe suas palavras. Aqui, todo mundo contribui para aquilo em que acredita. Eu mesmo, que sou um duro, não escapo. Associações de veteranos, campanhas de evangelização, protestos cívicos, policiais baleados e até uma menininha da Guatemala que não podia comprar seus livros de escola já descobriram que eu existo e aparecem mensalmente na minha caixa postal. Dou um pouquinho, mas dou sempre: toda essa gente trabalha para o bem, e aprendi com os americanos que o dinheiro jamais é neutro – se não serve ao bem, serve ao mal”.

O muro de lamentações em que se transformou nossa palavra escrita contra o status quo só vai provar que nada se constrói neste mundo sem que os senhores dos ilícitos interesses de ganância e de poder se coloquem do lado logicamente correto das situações – como quando decidiram que a escravidão deveria ser abolida das relações de trabalho no Ocidente, por motivos que vão muito além dos humanitários. Talvez isso seja verdade. E, em sendo, nada mais natural que se busquem formas de mostrar (e provar) que outros caminhos podem gerar mais benefícios (a única linguagem que entendem). Caminhos estes que, nem que seja por chantagem, podem proporcionar mais riqueza e mais liberdade para todos.

Quando digo para que se parta para a ação conjunta, não estou dizendo que todos devam deixar seus afazeres ou se dedicar ao trabalho de vigilância. Quero dizer que devam investir naqueles que estejam prontos e dispostos a fazê-lo. Contribuições, senhores, contribuição. Não haverá dinheiro mais bem aplicado. O que Governos, Congressos, Forças Armadas, Mídias, Academias, ONGs e tutti quanti são pagos para fazer e não fazem, façamos nós mesmos, para variar e mais uma vez, com o nosso dinheiro. Não é hora de esmorecer, de se dar por vencido e nem de enterrar heróis. De que adiantam heróis mortos? Não, senhores! Precisamos de todos eles, e muitos mais deles, aqui e agora, bem vivinhos, trabalhando e fazendo História.

Aceitam-se sugestões (inteligentes, por favor)


(*) 2007/FEV/15 - A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou à libertação do operador de câmara sudanês Sami al-Haj, profissional da Al Jazeera detido há 5 anos na base norte-americana de Guantanamo, apesar de nunca ter sido formalmente acusado de qualquer crime ou levado a tribunal. Segundo os advogados de Sami al-Haj, ele foi forçado a confessar ligações entre a Al Jazeera e a al-Qaeda. Que se saiba, é, atualmente, o único jornalista detido em Guantanamo.

(**) Por conta disso, ela foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral a retirar de seu blog o conteúdo considerado ofensivo pelo político e a pagar mais de R$ 500 mil reais de multas. Alcinéa foi fundadora do Sindicato de Jornalistas do Amapá (Sinjor-AP) e hoje é presidente da Comissão de Ética do Órgão. Tem 50 anos e mora no Amapá desde que nasceu. Passou pela Gazeta Mercantil, pelo jornal paraense O Liberal e pelo já extinto O Estado do Amapá. Hoje, trabalha para a Agência Estado e publica um
blog na internet, que foi o estopim para os processos. Além disso, já publicou livros de poesia e está escrevendo um livro sobre política no Amapá.

Friday, April 06, 2007

OS NOVE COMENTÁRIOS


Christina Fontenelle
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Em meio ao desequilibrado desenvolvimento econômico da China e à história ditatorial do Partido Comunista Chinês (PCCh), o descontentamento popular generalizado dentro do gigante asiático – anestesiado desde o massacre de estudantes e de trabalhadores, em 1989, na Praça da Paz Celestial - está em marcha incontida há mais de dois anos, desde que milhares de chineses começaram a renunciar – muitos, porém, anonimamente ainda - ao Partido Comunista. O site internacional La Gran Época (Da Jiyuan) canalizou estas manifestações – que já alcançam 20 milhões de chineses.

A onda de renúncias intensificou-se desde a edição, em chinês, do livro “
Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês”, editado pela La Gran Epoca. Atualmente, centenas de milhares de exemplares desta publicação circulam clandestinamente pela China. Na Argentina foi publicada uma edição, em espanhol, pela editora Grito Sagrado. Para fazer tantas revelações e não despertar a ira do PCCh, a obra é de autoria anônima e, por trás dela, deve ter havido uma verdadeira operação de inteligênscia para fazer com que os escritos fossem sendo entregues aos encarregados de editá-los e de torná-los públicos – já que isso não poderia ter sido feito, com segurança, através de meios eletrônicos e que os mesmos parecem ser de autoria de chineses que vivem dentro da China.

O site La Gran Época, entretanto, acredita que estas 20 milhões de desfiliações sejam apenas a ponta de um enorme iceberg, já que, para fazê-la, via internet, um chinês tem que saber usar e dispor de mecanismos anti-bloqueio (anti-censura) para poder acessar a página do referido site e assinar, eletronicamente, a desfiliação. Outra parte das manifestações de repúdio ao PCCh são feitas nos Centros de Renúncia espalhados em vários lugares fora da China, através de fax, de correspondências pelo correio ou de telefonemas. Muitas pessoas usam pseudônimos (por medo de represálias) ou fazem renúncias em grupo.

Os golpes mais duros para o PCCh, neste sentido, acabam sendo dados por pessoas famosas ou por renomados funcionários do próprio partido que fazem publicamente esta renúncia, no exterior, ao pedir asilo político. Foi o caso de Chen Yonglin, em 2005, que renunciou ao PCCh quando era vice-cônsul na embaixada da China, em Sidney (Austrália).

De acordo com as estatísticas do PCCh, já em 2005, a China registrava algum tipo de protesto a cada 6 minutos. Porém, desta vez, parece que o movimento de rebelião é mais profundo, porque pretende mesmo erradicar o partido do país. Segundo um estudo realizado simultaneamente pelas universidades de Harvard, de Cambridge e de Toronto, os “Nove Comentários” tornaram-se o mais perseguido foco de censura do regime comunista. Apesar disso, assim como nada se fala a respeito da perseguição do governo comunista aos praticantes da seita religiosa Falun Gong, o PCCh também finge ignorar, perante à mídia nacional e internacional, a publicação e seu conteúdo. Entretanto, quando algum cidadão chinês é flagrado com um destes exemplares é preso, torturado e, às vezes, até morto.

Para reagir à onda de indignação e de renúncia ao partido, o PCCh lançou, no início de 2005, uma intensa campanha que, sob o slogan de “Manter o Crescimento do Partido”, aumenta o controle sobre os meios de comunicação, sobre as “salas de bate-papo” virtuais entre universitários, sobre a circulação de cópias dos NOVE COMENTÁRIOS – o que incluiu a colocação de câmeras em ruas de grande circulação das principais cidades do país, para vigiar possíveis distribuições destas cópias – e, ainda, passou a obrigar aos membros do partido a assistirem a sessões de estudo sobre o comunismo, onde, inclusive, são obrigados a reiterar o juramento de fidelidade ao partido.

Segundo o site La Gran Época, muitos funcionários do governo chinês, temerosos sobre o futuro do PCCh, procuram fazer viagens ao exterior – que na realidade não seriam necessárias – para realizar negócios de ordem pessoal, como, por exemplo, comprar imóveis. Um bom exemplo disso foi a visita à Argentina, em 2006, de Luo Gan – Secretário do Comitê Central do PCCh – que, quase que anonimamente na terra do bolero, teria aproveitado a suposta visita oficial para passar a maior parte do tempo comprando terrenos e investido em empresas de extração de minerais (preparando rotas de fuga).

Em seus mais de 80 anos de história, o Partido Comunista Chinês é acusado, nesta obra de nove reflexões a respeito de sua atuação, de não ter feito mais do que atormentar o povo chinês com mentiras, guerras, tirania, massacre e terror. As crenças e valores tradicionais – construídos ao longo de 5 mil anos de história – foram destruídos pela coerção e pela violência. As estruturas sociais, os conceitos éticos e a harmonia social foram destruídas pelo ódio das lutas de classes, artificialmente provocadas pelo PCCh. Justamente a instigação à permanente discórdia entre os mais diversos tipos de grupos sociais (sejam eles entre patrões e empregados, entre filhos e pais, entre proprietários e não proprietários, etc.) foi a arma utilizada pelo PCCh para se manter no poder por quase um século na China.

Os títulos dos Nove Comentários são:
1. O que é o Partido Comunista
2. As origens do Partido Comunista Chinês
3. A tirania do Partido Comunista Chinês
4. Como o Partido Comunista é uma força que se opõe ao Universo
5. A confabulação entre Jiang Zemin e o PCCh para perseguir a Falun Gong
6. Como o PCCh destruiu a cultura tradicional
7. A história da matança do PCCh
9. Como o PCCh é um culto ao Maligno
10.A natureza criminosa do PCCh

Há, com certeza, muitas verdades descritas nesses comentários. Não conheço uma versão em português da publicação, mas, recomendaria um esforço pessoal de cada um para a leitura, em espanhol, dos textos. Abaixo, eu citarei uma seleção de pequenos trechos que podem representar muito mais para nós brasileiros do que um simples conhecimento da história de outros povos. Quem tiver olhos que veja.

1. Prega-se que o uso da violência é inevitável quando se trata de alcançar o poder político pela força. Sem dúvida, nunca existiu um regime com tanta ânsia de matar como o comunista, especialmente nos ditos tempos de paz. Desde 1949, o número de mortes causados pela violência do PCCh supera o de mortos em todas as guerras que a China enfrentou, desde 1921, em seu território – estima-se que entre 60 e 80 milhões de seres humanos foram mortos pelo regime. Fora da China, também, o PCCh apoiou grandes massacres (Camboja, Vietnã, Coréia do Norte).

2. Uma das bases do comunismo deriva da teoria de Darwin, só que adaptada para um darwinismo social. O partido aplica a teoria da competência das espécies às relações humanas e à sua história. Sustenta que a luta de classes é a única força que impulsiona o desenvolvimento da sociedade – sobrevivem e triunfam os mais fortes. Portanto, o reiterado uso da força é o método preferido pelo PCCh para manter-se no controle da sociedade. O propósito da violência é criar o medo, é claro, até que a população se torne escrava do terror. Ou seja, até que a população submeta-se a tudo para não sofrer os horrores da violência.

3. Não há uma face verdadeira do PCCh. Ele está sempre mudando conforme suas conveniências para se manter no poder. Sempre foi assim. Os princípios evolutivos do PCCh são contraditórios em si : desde a integração global até o nacionalismo extremo, desde o confisco de todas as propriedades privadas até a prática atual de atrair capital estrangeiro para unir-se ao Partido no desenvolvimento da economia chinesa. Não importa ao Partido quantas vezes tenha que mudar de lado ou de opiniões, sua meta segue sempre sendo a mesma: manter-se no poder e exercer controle absoluto sobre a sociedade.

4. Desde que chegou ao poder, o PCCh usa sempre os mesmos métodos: a eliminação dos “contra-revolucionários”, a criação de “sociedades” entre empresas públicas e privadas, a formação de um movimento antidireitista e outros, como a Revolução Cultural, o Massacre da Praça da Paz Celestial e,ainda hoje, a perseguição aos participantes da seita religiosa Falun Gong. Quando a violência não é, ela mesma, suficiente para exercer este controle sobre a história, o partido recorre à mentira e ao engodo da população – fazendo uma inquestionável lavagem cerebral, principalmente nas indefesas gerações mais novas. Sob a falsa pretensão de transformar a sociedade num exemplo de igualdade, o PCCh transformou a China num “paraíso” da maior desigualdade social entre ricos e pobres. Enquanto muitos membros do PCCh tornaram-se milionários, mais de 800 milhões de chineses vivem na mais absoluta pobreza.

5. A predominância da natureza do partido sobre a do indivíduo foi o resultado de um amplo e ininterrupto doutrinamento comunista promovido pelo Partido. Esta lavagem cerebral começa desde o “Jardim de Infância”, onde o instinto natural de individualidade das crianças é artificialmente moldado em nome da coletividade servil aos ideais partidários. Reconhecer o ser coletivo e suas manifestações é doutrina que deve ser aprendida sob pena de não se conseguir boas notas para se passar de ano, mesmo que ninguém – nem professores e nem alunos – acreditem numa só palavras do que “aprendam”. Se algum estudante se atrever a dizer a verdade, é expulso da escola e perde todas as oportunidades de acesso à educação formal.

6. A ideologia enganosa que parte da premissa de que os humanos podem conquistar e controlar a natureza humana e, através disso, transformar o mundo, seduziu a muitos. Assim como também outras idéias manipuladas pelo partido o fizeram, como: libertação da humanidade e unidade mundial. Desse modo, inspiradas pela falsa idéia de construir o “paraíso na Terra”, muitas pessoas foram cooptadas para entrar na onda comunista. Para conquistar o paraíso, entretanto, pregavam os comunistas, seria necessário exterminar aqueles que se recusassem a experimentar “essa maravilha”. Essa era uma das muitas razões que sempre foram alegadas para a constante necessidade que os partidos comunistas, em todo os lugares por onde passaram e passam, tenham que usar da mentira compulsiva para conquistar adeptos aos seus ideais. No caso da China, a filosofia do partido se opõe à verdadeira cultura milenar do país, cujo confucionismo valoriza a família (enquanto o PCCh prega a sua abolição), reforça a diferença entre chineses e estrangeiros e o amor pela pátria (enquanto o PCCh prega o fim das nacionalidades), prega a bondade entre os seres(enquanto o PCCh prega a luta de classes).

7. Para aproveitar-se dos trabalhadores, o PCCh lhes chamava de “a classe mais avançada”, “mais generosa” e ”mais sábia”. Quando precisou dos camponeses, o PCCh prometeu terras. Quando precisou dos capitalistas, chamou-os de companheiros, prometendo-lhes democracia republicana. Quando o PCCh quase foi exterminado pelos nacionalistas chineses (KMT), pregou a resignação política, dizendo que chineses não deveriam lutar contra chineses. Mas, quando terminou a guerra contra os japoneses (1937-1945), o partido não teve dúvidas em trair os “irmãos” nacionalistas e, depois de tomar o poder, foi exercendo sua tirania, sucessivamente, sobre os capitalistas (eliminando-os), sobre os camponeses (escravizando-os no campo e proibindo-lhes de migrar para as cidades, o que incluía seus filhos e netos) e transformando os trabalhadores numa classe totalmente desprovida de bens e de espírito de ascensão.

8. A falta de vergonha tornou-se a característica mais marcante do PCCh. Segundo o Partido, os erros cometidos foram todos individuais, cometidos por líderes partidários ou por membros desorientados do partido. O PCCh, em si, nunca erra e, quando isso acontece, ele mesmo se pune e se corrige – está acima da Lei e da punição convencional. O Partido age como um camaleão, recorrendo a formas incoerentes de ação, com um único objetivo: conquistar e permanecer no Poder.

10. Depois de 55 anos de ditadura, o PCCh encarna a mente da nação, onde, hoje, a estupidez tornou-se sabedoria e a covardia passou a ser o único meio de sobrevivência.

11. Numa sociedade moderna, onde a Internet é uma das mais preciosas fontes de informação, o PCCh, além de aplicar os mais diversos mecanismos eletrônicos de censura, pede aos chineses para que tenham auto-controle e não visitem páginas estrangeiras, e não façam buscas com as palavras “direitos humanos” ou “democracia”.

12. Depois de 55 anos pregando igualdade e distribuição justa de bens e propriedades, o PCCh solucionou a questão: converteu tudo em propriedade privada do partido. Monopolizou o roubo e a corrupção. Dos 20 milhões de funcionários do PCCh, 8 milhões já foram julgados por corrupção. Mais de 4 mil funcionários já fugiram da China levando consigo centenas de milhões de dólares.

13. A formação pessoal das pessoas e seu interesse pelos assuntos nacionais e pela coletividade também se demonstraram um categórico fracasso. Na China de hoje, a busca materialista é mais feroz do que em muitas potências ditas capitalistas. Com um agravante: não há o menor senso de honestidade e muito menos de ética – isso é coisa para quem tem religião ou uma boa base de valores. Muitos chineses não querem saber de nada além da própria sobrevivência – acostumaram-se com isso.

14. Depois do massacre da Praça da Paz Celestial, em 1989, e do desmantelamento da URSS, em 1991, tendo que mudar o discurso marxista-leninista, o PCCh optou pelo caminho da corrupção total para preservar a lealdade dos seus membros. Contrabando, jogos de azar e pornografia, assim como consumo e tráfico de drogas, são uma epidemia na China.

15. Na década de 80, a China atravessou uma grave crise que obrigou o PCCh a empreender uma reforma econômica. Por isso, alguns direitos foram reinstituídos à população, como o da propriedade privada, por exemplo. Houve, de fato, uma corrida ao enriquecimento pessoal. De quem? Dos membros do PCCh, é claro. Hoje, a China aparenta abrigar uma sociedade a caminho da prosperidade. Mas, isso tem um preço para o PCCh. Os conflitos sociais são tão sérios, com a reedição de antigas intrigas políticas, que, ao que parece, junto com esta prosperidade, o partido terá pagar indenizações às vítimas do Massacre da Praça da Paz Celestial e talvez até mesmo às vítimas, mais recentes, da perseguição aos adeptos da Falun Gong. Dessa forma, o partido aparenta estar “se abrindo”. Mas, nada mais é do que a sua velha tática de mudanças para permanecer eternamente no poder.

16. Ao longo do tempo, as matanças promovidas, direta ou indiretamente, pelo PCCh acabaram por perverter a alma de muitos chineses – um povo que, hoje, demonstra forte tendência homicida. Na verdade, quando houve os atentados de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas, nos EUA, muitos chineses comemoraram a tragédia, aplaudindo os terroristas, principalmente em troca de mensagens pela Internet. Houve, inclusive quem defendesse uma guerra total e imediata contra os EUA.

17. Não foi tarefa fácil introduzir na China – uma sociedade com 5 mil anos de tradições próprias – um sistema alienígena tão diferente de tudo o que fazia parte de sua cultura, como o comunismo. Por isso, foi preciso que o PCCh usasse de estratégias de engodo, espionagem, traição e coisas do gênero, para poder usar os braços e as idéias dos que sinceramente lutavam pelo seu país para finalmente tomar conta do Poder.

18. Quando criou o Exército Vermelho para implantar sua ditadura pela luta armada, o PCCh precisava de dinheiro para comprar armas, munições, comida, fardas, etc. O partido obtinha estes recursos seqüestrando chineses prósperos e assaltando bancos. Uma das práticas era seqüestrar famílias inteiras para que servissem de fonte de renda permanente para o Exército Vermelho. Só liberavam os reféns depois de saber que os recursos familiares haviam sido esgotados. Muitos reféns morreram no cativeiro.

19. Um dos primeiros líderes do PCCh, Ren Bishi, encarregou-se da venda de ópio, durante a guerra de resistência contra a invasão japonesa. Naquela época, o ópio era o símbolo da invasão estrangeira, já que os britânicos haviam introduzido essa cultura para atrofiar a economia chinesa e para viciar o povo chinês. Apesar da aversão chinesa, portanto, ao ópio, Ren Bishi patrocinou seu cultivo em grandes extensões de terra, justificando-o pelas necessidades do partido. Para não despertar a aversão popular, os comunistas passaram a referir-se ao ópio como “sabão” e passaram a exportá-lo para outros países.

20. O PCCh atraiu uma enorme quantidade de jovens patriotas para o reduto militar de Yan’na, para que recebessem instrução militar e combatessem os japoneses. Conforme o partido ia conquistando mais e mais poder político, sua ação dentro do reduto ia mudando. Até que chegou o dia em que, sob o pretexto de evitar a formação de “pequenos” grupos não alinhados com as principais idéias do partido, o PCCh promoveu uma espécie de operação de limpeza interna. Não foi uma ação nada difícil eliminar do partido os indivíduos descendentes de empresários, de intelectuais e de latifundiários. A manobra foi simples: desde tempos anteriores, os acampamentos foram fazendo uma lista dos “camaradas” inscritos e um arquivo individual de cada um. Entre as informações exigidas estavam: 1) declaração pessoal de voluntariado; 2) crônica de vida política; 3) antecedentes familiares e relações pessoais; 4) autobiografia onde constasse qualquer transformação ideológica; e 5) evolução segundo à natureza do partido. Como estes arquivos deveriam ser atualizados constantemente e como não havia padrão de “defeitos” para a condenação, qualquer motivo era tido como válido para prender, torturar e matar os jovens chineses de ascendência “prejudicial” ao partido. A operação limpeza foi um sucesso!

21. As disputas internas dentro dos partidos comunistas sempre existiram e são muito bem conhecidas. Na URSS, por exemplo, todos os membros que serviram nos primeiros mandatos do Grupo Político do Partido Comunista soviético foram mortos ou cometeram suicídio, com exceção de Lênin (que já havia morrido) e do próprio Stalin, é claro. Três, dos cinco chefes de polícia, três dos cinco comandantes em chefe, os dez comandantes em che subordinados do Exército, 57 dos 85 comandantes do Exército e 110 dos 195 comandantes de divisão foram – TODOS – executados.

22. A revolução burguesa russa, de 1917, no início, foi relativamente pacífica, na medida em que o Kzar resolveu abdicar em lugar de resistir. Mas, Lênin retornou da Alemanha para a Rússia, organizou outro golpe, assassinou os revolucionários da burguesia e promoveu a revolução do proletariado. Foi exatamente como fez o PCCh, na China, aproveitando-se dos frutos da revolução nacionalista. Depois que terminou a guerra de resistência contra à invasão japonesa, o PCCh iniciou uma nova revolução – batizada pelo partido de “guerra de libertação” (1946-1949).

Quando o Japão invadiu a China, durante a II Guerra Mundial, o PCCh não combateu as tropas invasoras. Ao contrário, acusava o KMT de não reagir. Entre 1947 e 1948, o PCCh firmou acordos com a URSS, nos quais se comprometeria a entregar ativos da nação e recursos naturais - os mais valiosos e diversos - para obter total apoio soviético nas relações internacionais e nos assuntos militares. Nesta guerra, o PCCh sempre se serviu da morte de muitas pessoas de suas próprias fileiras para vencer as batalhas. Numa delas, o Exército de Libertação Popular (ELP) fez um cerco à cidade de Changchun, não permitindo que nenhum dos habitantes saísse da mesma e, igualmente, não deixando que à cidade chegassem alimentos e água. Cerca de 200 mil chineses morreram de fome, de sede e de frio durante este cerco. Depois desta “batalha”, o PCCh apregoou que havia “libertado” Changchun sem disparar um único tiro.

23. Mao Tse Tung resumiu o propósito da Revolução Cultural: “depois do caos, o mundo alcança a paz; mas, em 7 ou 8 anos, o caos precisa ressurgir”. Segundo o escritor Qin Um, as cifras “conservadoras” apontam que o número de mortos na Revolução Cultural chegou a 7 milhões e 730 mil chineses.

24. Para que a luta de classes mantenha-se sempre viva é necessário gerar ódio. Não é só o partido que se encarrega de matar, é preciso que os grupos oponentes se matem entre si. Trata-se de transformar as pessoas, pelo excesso de exposição, em insensíveis diante da violência e das atrocidades cometidas contra outras pessoas, fazendo com que finalmente convençam-se de que já é uma grande coisa não ser perseguido e conseguir estar minimamente protegido contra a violência aparentemente gratuita. É assim que o PCCh consegue manter-se no poder.

25. De todos os métodos maquiavélicos de terror usados pelo PCCh, o que mais impressiona foi o usado contra os intelectuais chineses, em 1957. Naquela época, o PCCh pediu aos intelectuais do país que expressassem suas mais sinceras opiniões sobre o partido e sobre providências que pudessem sugerir boas mudanças para o país – era o Movimento das Cem Flores. Em mensagem aos diversos chefes locais do PCCh, entretanto, Mão Tse Tung esclareceu que o motivo era “encantar as serpentes para que saíssem de suas covas”. Assim, logo depois, o PCCh lançou um movimento antidireitista que foi automaticamente apoiado por todos os meios de comunicação de massa. O PCCh declarou que as 540 mil pessoas que haviam se atrevido a escrever eram “direitistas”. Destas, 270 mil perderam seus empregos e 230 mil receberam a classificação de “direitistas intermediários”. Muitos foram enviados para fazer trabalhos forçados em campos de concentração para que fossem “reeducados”. Outras famílias foram enviadas para as zonas rurais, de onde nem eles e nem suas gerações futuras puderam jamais sair. Não foi por outro motivo que alguns intelectuais chineses tornaram-se propagandistas do PCCh. Ao ser acusado de ter engendrado um complô obscuro contra os intelectuais, Mão Tse Tung disse simplesmente: “Isto não é um complô obscuro, é uma estratégia clara”.

26. Desde tempos imemoriais, os intelectuais chineses haviam depositado absoluta confiança na História chinesa – uma das mais ricas e completas da humanidade – que tem servido para que o povo avalie a realidade de cada época e para, inclusive, alcançar a ascensão espiritual. Por isso, para que a história servisse ao regime, foi alterada e muitas verdades foram ocultadas. O PCCh, em suas propagandas e publicações reescreveu a História da China, desde os tempos mais remotos até hoje, bloqueando, pela força, qualquer tentativa que se tomasse para restabelecer a verdade.

27. Durante a Revolução Cultural, tornou-se mais do que comum que pais e filhos, maridos e esposas, mães e filhas – todos se aniquilassem mutuamente. Faz parte da técnica de dominação do partido comunista jogar uns contra os outros, fabricando classes de inimigos. No começo do regime comunista na China, muitos funcionários do PCCh não puderam fazer absolutamente nada para livrar seus familiares e amigos da perseguição do partido.

28. Muitas pessoas pensam que a violência e os massacres ocorridos durante a Revolução Cultural aconteceram debaixo de uma anarquia incontrolável (pelo Estado) na qual atuavam inúmeros movimentos rebeldes, como o Exército Vermelho, por exemplo. Mas, a violência partiu, na sua maior parte, de tropas do próprio governo, de milícias armadas e de membros do PCCh. Em agosto de 1966, o Exército Vermelho de Beijim expulsou milhares de pessoas das cidades. Foram inspecionados 33.695 lugares e cerca de 85 mil pessoas foram enviadas de volta aos seus lugares de origem (onde residiam ainda parentes). Esta mesma ação foi feita em todas as grandes cidades chinesas, fazendo com que 400 mil pessoas fossem enviadas para viver no campo – incluídos, por incrível que pareça, membros do próprio PCCh que tivessem parentes classificados como proprietários de terra.

29. Na realidade, o PCCh já havia planejado expulsar das grandes cidades todos os que pudessem ter algum ranço de anti-comunismo. O Grupo de Segurança Pública, em Beijim, foi criado justamente para fazer esta limpeza ideológica e genética na capital. Por isso, tudo que foi feito pelos grupos “rebeldes” estava, na realidade, sendo autorizado e financiado pelo PCCh. Mas, depois que a “tarefa” estava pronta e o PCCh alcançara seus objetivos, muitos membros dos rebeldes foram presos, mandados para campos de trabalhos forçados e exilados no campo.

31. Por volta de 1920, Mão Tse Tung resolveu adotar uma atitude e um discurso mais “leve” contra a propriedade privada rural. Na verdade, quando o PCCh estava em processo de conquista do poder, o campo não reproduzia um conflito total entre proprietários de terra (latifundiários e pequenos proprietários bem sucedidos) e trabalhadores camponeses. O sistema de clã patriarcal, entretanto, era um obstáculo que precisava ser totalmente eliminado para que o PCCh estabelecesse, no campo, seu poder político. Transformou esta relação de dependência mútua, entre camponeses e proprietários, em puro antagonismo irreconciliável, incitando o ódio e a irracionalidade. O PCCh não somente incitou, mas apoiou a expropriação, as invasões, os assassinatos por dinheiro e o massacre de famílias inteiras de proprietários rurais.

32. A campanha de reforma agrária estimulava claramente a eliminação dos proprietários de terra. Vinte milhões deles foram catalogados como: latifundiários e pequenos produtores (e, logicamente, como reacionários e maus elementos)(*). Como a reforma abrangia toda a China, mesmo em seus mais longínquos territórios, as organizações do PCCh logo se expandiram por todo o país. Os milhares de Comitês Locais converteram-se em porta-vozes do Comitê Central do PCCh e incentivaram o ódio e a luta de classes por toda a China. Cerca de 100 mil proprietários morreram devido a estes movimentos de incitação. Houve lugares onde famílias inteiras foram assassinadas. Os camponeses foram incentivados a roubar e a matar sem que tivessem que se preocupar com a punição da Lei. Mas, ao se tornarem donos de suas novas pequenas propriedades, as alegrias duraram pouco. Ano após ano, a “mão grande” do PCCh se estendeu sobre a produção de cada pequeno proprietário. Eles não podiam vender seus produtos no mercado – toda a produção era unificada e comprada a preços muito baixos pelo governo. Foram todos registrados (os novos proprietários e suas famílias) para que não pudessem deixar seus sítios e irem trabalhar nos centros urbanos – nem eles, nem seus filhos, nem seus netos. Ninguém poderia receber educação nas cidades. Estavam todos condenados a ser camponeses – “ad eternun”, geração após geração.

33. Outra classe que precisaria ser exterminada era a burguesia proprietária de bens e de capital nas grandes cidades chinesas. O PCCh impôs também a reforma industrial e comercial. Obrigaram os empresários e os comerciantes a entregar seus ativos. Muitos destes homens cometeram suicídio por não conseguirem pagar as dívidas que acabaram contraindo devido aos impostos abusivos. Para que suas dívidas não passassem para suas famílias, estes empresários atiravam-se dos altos edifícios, de modo que seus corpos fossem a prova de sua morte e conseqüentemente, representariam o fim das dívidas. Em poucos anos, o PCCh acabou com a propriedade privada na China.

34. Outra das atrocidades cometidas pelo regime comunista chinês foi a brutal perseguição a todo e qualquer tipo de manifestação religiosa. A religião foi legalmente proibida na China, a partir de 1950. Em 1951, o governo baixou leis que condenavam à prisão perpétua ou à morte pessoas que fossem pegas em manifestações ou em reuniões religiosas. O PCCh só admitia um tipo de culto: o culto à fé partidária, o culto ao PCCh. Milhares de chineses morreram por causa da perseguição religiosa. O partido ordenou a destruição de templos e de escrituras. Confiscou as propriedades dos templos, obrigou monges e monjas a estudar marxismo e mandou muitos deles para os campos de trabalho forçados. Muitos monges budistas foram obrigados a deixar a vida religiosa. Mas houve os que se aliaram ao PCCh e introduziram doutrinas como “o budismo dos homens”, que estimulava monges a buscar riqueza, prazer e posição social nesta vida, em nítida oposição aos preceitos budistas. Como o budismo proíbe matar, estes “monges” passaram a pregar que “matar contra-revolucionários” era um ato de misericórdia ainda maior do que deixá-los viver.

35. Em julho de 1999, Jiang Zemin, então Primeiro Ministro da China, tomou a decisão pessoal de eliminar a seita Falun Gong. Imediatamente começaram a ser divulgados pelos meios de comunicação uma série de mentiras a respeito da seita e de seus praticantes. Em 5 anos, o governo destinou um quarto dos recursos econômicos do país para perseguir a Falun Gong. Centenas de milhares de pessoas foram presas apenas por praticar o lema da seita: “verdade, benevolência e tolerância”. Como não conseguem prender todos, atacam economicamente os praticantes, cobrando multas altíssimas, sem justificativa (ou com justificativas falsas) – e sem recibo contra pagamento – ou roubam e saqueiam suas casas (a própria polícia faz isso). Como o PCCh comanda todo e qualquer tipo de força armada no país – todas elas são usadas contra os “inimigos” do regime – ainda que estes não portem e nem possuam armas. Lá, a população já foi desarmada há muito tempo.

Jiang Zemin acumulou os cargos de Secretário Geral do Partido Comunista (1989 a 2002), de Presidente da República Popular da China (1993 a 2003) e de Presidente do Comitê Central das Forças Armadas (Central Military Commission - de 1989 a 2004). Num dos nove comentários, ele é descrito como sendo um homem que vive nababescamente, em meio ao luxo e à corrupção. Teria gasto mais de 110 milhões de dólares em um luxuoso avião, para uso pessoal, além de ter usado milhões de dólares de fundos públicos para financiar negócios de seu próprio filho. Jiang também é acusado de colocar parentes e apadrinhados em altos cargos no governo e de ter tomado medidas as mais extremas para encobrir os casos de crime e de corrupção à sua volta.

Os 35 itens selecionados falam por si mesmos. Como já disse, quem tiver olhos que veja.

Assistam um filme (em inglês) sobre as repersussões dos NOVE COMENTÁRIOS em: http://www.ntdtv.co.kr/contents_view.asp?news_divide01=1003&news_divide02=2030&news_id=299



(*) Como esta “evidência” pode não estar muito clara, deixamos aqui a pergunta: Não é o IBGE que está fazendo um super Censo, com meios eletrônicos, inclusive, em todas as regiões brasileiras, fora das grandes metrópoles?