Friday, August 31, 2007

QUEDA DE BRAÇOS

O ministro da defesa Nelson Jobim disse que teria resposta quem, dentro das Forças Armadas, dissesse alguma coisa sobre o livro-relatório "direito à memória e à verdade", que o governo patrocinou - com o dinheiro de todos os brasileiros - para contar somente o que os guerrilheiros dos anos 60 e 70 dizem ser a verdade sobre a época em que os militares estiveram à frente do governo.

O Jornal Nacional desta noite divulgou uma nota dos comandos militares que teria sido, segundo o noticiário, "negociada" com o ministro Jobim. O texto desta nota diz o seguinte:

"Existe uma Lei de Anistia que proibiu a indispensável concórdia entre todos da sociedade. Colocar a Lei da Anistia em questão importa em retrocesso à paz e à harmonia nacional já alcançadas".


Engraçado, apesar da participação do ministro, parece que quem teve resposta não foram propriamente os militares...


Vejam só que situação a do ministro... Disse que concordava como livro-documento na íntegra e que ninguém dele poderia discordar. Ora, o livro, entre outras coisas, reclama por reconsideração da Lei de Anistia. Por outro lado, a nota dos Comandantes militares reforça não só a sua legalidade como a sua necessidade. E agora?

Christina Fontenelle
31/08/2007


Mais tarde, no Jornal da Globo, o repórter revela que Jobim deixou o ministério sem querer dar declarações sobre o assunto. Pior: todo mundo falando de quem veio a tal resposta!



Thursday, August 30, 2007

APOLOGIA DA GRANDE PÁTRIA LATINO-AMERICANA

Domingo passado, no programa Fantástico da TV Globo, exibiu-se o último capítulo de Te Quiero América, que estreou no último dia 15 de julho. A série, protagonizada pelos atores Denise Fraga e João Miguel, com roteiro de Maurício Arruda e Carolina Kotscho e com direção de Luiz Villaça, pretenderia despertar o interesse do telespectador pela América do Sul. Segundo Villaça revelou em entrevista concedida ao site TV Tribuna, “o mundo está olhando para a América do Sul e o Brasil também quer dar mais atenção a esses países”.

Uma equipe de dez pessoas do Te Quiero América viajou, durante 45 dias, por nove países da América do Sul, passando cinco dias em cada um, nos quais contava, inclusive, com produtores locais para montar e gravar cada um dos episódios. Misturando ficção e realidade, a série usou como pano de fundo uma estória de amor entre Maria (Denise Fraga) e Francisco (João Miguel) para, na realidade, fazer a apologia da visão retrógrado-socialista dos discursos sobre a América Latina bem como para alimentar, em suaves doses homeopáticas, a receptividade dos brasileiros à idéia da Grande Pátria Latino-americana. Não sei por que, a coisa toda me lembra aquele patrocínio do ditador Hugo Chavez a uma escola de samba do Rio de Janeiro que desfilou o tema da Grande Pátria de Bolívar...

Maria e Francisco – os personagens – passam por lugares que geralmente não fazem parte do itinerário da maioria dos turistas que viajam pela América do Sul. Lugares estes nos quais, apesar de suas peculiaridades (eufemismo para falta de atrativos, miséria e desconforto), na verdade, ninguém investiria um centavo que fosse, do próprio e suado dinheirinho, para conhecer em suas férias. Só este “detalhe” desqualificaria Te Quiero América como sendo uma série que, como disse o diretor Villaça, fizesse com que os brasileiros ficassem com “sede de América do Sul”.

A coisa mais interessante da série foi, sem dúvida, a mini novela que tratou dos encontros e dos desencontros dos dois personagens. Feios e mal produzidos (propositalmente, é claro), eles, nesse aspecto, trouxeram o romance para o alcance dos sonhos de qualquer mortal. Romance este que era intercalado por depoimentos de pessoas locais comuns, que contavam suas estórias e falavam um pouco sobre os costumes de suas terras. Até aí, em relação a esta segunda característica da série, nada que já não tenha sido feito por Regina Casé num daqueles vários programas que costuma apresentar sobre as glórias de se viver nas periferias – desde que não seja ela própria e nem ninguém de sua família, é claro.

Na realidade, Te Quiero América não passou de mais uma daquelas produções que insistem em associar grandeza humana necessariamente à pobreza, à sabedoria popular dissociada do conhecimento intelectual produzido pelos estudos. O mais interessante, entretanto, é que todos os programas desse gênero, acabam por se apropriar do cenário da miséria alheia para proferir discursos que somente a intelectualidade “classicista”, geralmente movida pelos mais irreveláveis sentimentos de inveja e de inferioridade, construiu ao longo da história da humanidade.

No final de cada episódio, portanto, lá estava a marca ideológica da série – citações retiradas de obras de escritores latinos buscavam acender a chama da suposta revolta do colono que existiria lá no fundo da alma de cada cidadão latino-americano:

“Temos tolerado durante tanto tempo um sentimento de inferioridade, mas sairemos dele, como saem todos os povos, quando chega sua hora. Não me julgue demasiado otimista; conheço ao meu país e a muitos outros que o rodeiam. Mas há sinais, há sinais...” - Julio Conazar

“Com todos os seus mísseis, e as suas enciclopédias, e a sua guerra das estrelas, e a sua fúria opulenta, com todos os seus triunfos, o Norte é quem ordena. Mas, aqui embaixo, bem embaixo, perto das raízes, é onde a memória nenhuma recordação omite. E há aqueles que desmorrem, e há aqueles que desvivem, e assim juntos eles conseguem o que era impossível: que todo mundo saiba que o Sul também existe”. - Mário Benedetti

O mais admirável é a insistência em tentar impingir ao Brasil, de colonização portuguesa – país que abrigou reis e príncipes da Coroa, por tantos anos –, as mesmas condições pelas quais passaram aqueles países que foram colonizados pelos espanhóis. Além de tantas diferenças que temos em relação aos nossos vizinhos, não desejamos, nós brasileiros, a grande pátria latino-americana; simplesmente porque já temos em nosso país a nossa grande pátria continental.

Desde o primeiro episódio, a série revelou sua linha ideológica. Quando Maria e Francisco se encontram pela primeira vez, a moça questiona: “Você é brasileiro, né?”. Francisco responde: “Americano... do Sul”.

Nos sonhos que alguns de nós possamos alimentar – e somente em sonhos, para quem conhece a natureza humana – é claro que seria maravilhoso se toda a humanidade pudesse viver irmanada, em paz e harmonia, livre para ir e vir, para criar. Nesse aspecto, entretanto, o sonho da Grande Pátria Latino-Americana não investe na irmandade de todos os homens da Terra, mas na união dos povos latinos contra o “Império do Norte” – mais especificamente os EUA. Ou seja, “somos todos irmãos, mas nem de todos”. Poderíamos chamar a isso de “virtuosidade seletiva”? Ora, tenham a santa paciência!

A certa altura, Maria e Francisco se reencontram no Paraguai num vilarejo chamado La Rosada, onde existem ruínas da destruição que houve durante a Guerra do Paraguai - entre este país e Brasil, Argentina e Uruguai. Foi o gancho para falar do sofrimento dos paraguaios e de como aquele país era desenvolvido antes da guerra. Maria e Francisco se separam e ela chega a um lugarejo onde existe a produção artesanal de biscoitos paraguaios típicos. Maria descobre que está grávida de Francisco e aproveita para falar da “força da mulher paraguaia – que, com o extermínio dos homens na guerra (do Paraguai?), tiveram que aprender a se virar sozinhas... Hoje, quase todas elas são mães solteiras...

Bem, alguém deveria informar à produção do Te Quiero América que a Guerra do Paraguai acabou, logo ali, em 1870! De modo que a “mãe-solteirisse” de hoje, deve ter alguma outra razão. Outro detalhe que o programa esqueceu de mencionar é que foi Solano Lopez, o líder do Paraguai à época do conflito, que invadiu o Uruguai para supostamente defender aquele país de um conflito que estava se iniciando entre este e o Brasil. Esse e ainda outros esquecimentos podem, “sem querer”, deturpar a história. No caso da Guerra do Paraguai, por exemplo, fica parecendo que os brasileiros acordaram uma bela manhã e resolveram que iriam massacrar o país e o povo paraguaios – assim, do nada. Não fica bem para o Fantástico prestar um desserviço desses aos brasileiros.

Seguindo viagem, a série deu uma passadinha pela cidade boliviana La Higuera – onde morreu Che Guevara e onde o guerrilheiro seria tido como santo. Não foi relatado, porém, nenhum milagre. Mas, Maria aproveita a visita ao lugar sobre o qual o corpo de Guevara foi colocado depois de morto, para fazer uma reflexão sobre o quanto sua vida havia mudado por causa “de um cara com uma mochila nas costas”. Maria, no caso, estava se referindo a Francisco e não a Che em sua peregrinação de motocicleta pela América do Sul, antes de se tornar um dos ícones da Revolução Cubana. Também não houve menção aos assassinatos que o “santo” cometeu.



Por fim, Maria e Francisco chegam à Venezuela, bem no dia das comemorações da Independência daquele país. Numa das arquibancadas armadas para abrigar as pessoas que fossem assistir aos desfiles militares, o casal conversa com um vendedor que fala maravilhas de Chavez. Mais tarde, Maria vai a um salão de beleza onde se encontra com uma atriz que trabalhava da RCTV - cuja concessão não foi renovada por Hugo Chavez. A mulher falou da ditadura e da miséria dos venezuelanos. Mas, não deixou de mencionar que “a princípio, Lula acreditou (em Chavez), mas agora Lula se deu conta de que ele é um farsante”.

Será que a “dona atriz” não ouviu falar dos cubanos que foram deportados do Brasil para Cuba num avião de Hugo Chavez? Será que nunca ouviu falar de Foro de São Paulo? Que coisa, hein... Mas, a série fez o dever de casa: agora, o povão todo vai ficar pensando que Lula brigou com Chavez...

No final, um recadinho. Francisco e Maria chegam a Isla Margarita (balneário turístico da Venezuela), onde ela sente as primeiras contrações do parto. “E agora, nosso filho vai ser brasileiro ou venezuelano?” pergunta Maria. Ao que Francisco responde, exatamente como respondeu à primeira pergunta feita por Maria a ele, quando se conheceram: “Vai ser Americano... do Sul”. Os dois fazem menção de continuar sua peregrinação em direção à Cuba...

Coincidentemente ou não, e segundo o jornal Folha de S.Paulo, o Fantástico terminou o mês com apenas 27 pontos - a pior média de audiência do ano. Não se sabe se por causa disso, a série foi encurtada de 11 para 7 episódios. Tomara que o futuro dispense os brasileiros de ter que assistir a apologia do socialismo cubano...





Falando nas séries exibidas pelo Fantástico, há o que se comentar sobre "O Mundo de Valentina", que exibia episódios onde os pais de Valentina, um bebezinho que ainda estava na barriguinha de sua mãe, analisavam os problemas que a menina enfrentaria, quando adulta, se providências não fossem tomadas em relação ao lixo, à reciclagem de materiais - enfim, ao meio ambiente. A série projetou tantos problemas e tanta escassez que é bem capaz que Valentina já não desejasse nem mesmo nascer.
Christina Fontenelle
31/08/2007

TUDO DOMINADO!

Todo mundo prestando atenção no lançamento do livro oficial do governo sobre o que alguns chamam de ditadura militar, enquanto Lula e Tarso Genro davam mais um passinho para aparelhar a polícia política do Estado.
Notícia importantíssima, ficou de fora do noticiário principal das emissoras de rádio e de TV, com o destaque que mereceria: o fato de que Lula havia mudado a direção da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O até ontem diretor-geral da Polícia Federal (PF), Paulo Lacerda, assumirá a direção-geral da (Abin). Para o lugar dele, na PF, irá o secretário nacional de segurança pública do ministério da justiça, Luiz Fernando Corrêa, cuja nomeação era defendida pelo conterrâneo Tarso Genro. O novo diretor-geral da PF é ligado ao PT e foi indicado para a secretaria nacional de segurança pública pelo ex-deputado José Dirceu (PT-SP). Corrêa tem o apoio das bases corporativas da PF, mas não conta com o apoio da maioria dos delegados.

Para quem não se recorda, Corrêa teve papel destacado na localização e na captura dos dois boxeadores cubanos, Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que tentaram escapar do "paraíso cubano", fugindo do alcance da delegação cubana, durante os Jogo Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Os dois acabaram sendo deportados pelo governo do Brasil, de volta para Cuba, em tempo récorde. Aliás, o novo diretor-geral da PF trabalhou como coordenador da segurança dos Jogos Pan-Americanos.

Para o lugar de Corrêa, é cotado o nome do atual secretário nacional de justiça, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ); e, para o lugar deste na secretaria, o nome mais forte seria o do ex-deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF).

Na Abin, o até então diretor-geral, Márcio Buzzanelli, foi comunicado de que estava fora da agência, pelo chefe do gabinete da segurança institucional (GSI), general Jorge Armando Félix. O novo diretor da agência, Paulo Lacerda, acabou aceitando
o cargo que, por toda a vida, sempre dissera querer distância. Como, ao longo da carreira, ele sempre dizia que tudo estava errado na Abin, é provável que a agência passe por severas reformulações.

A saída de Lacerda desencadeará também uma reformulação interna na PF, abrangendo mudança no modo de atuação e alternância do grupo que comandou o órgão nos últimos anos. Ao conversar com Lacerda, Lula lembrou que uma recente pesquisa de opinião apontava a PF como o órgão que a sociedade acreditava que efetivamente combatesse a corrupção. Infelizmente, a PF só falhou em descobrir de onde veio o dinheiro do "mensalão" e também de onde teria vindo o montante que seria usado para comprar o dossiê tucano, pelos alopradinhos do PT, durante a campanha presidencial do ano passado.

O agora ex-diretor da Abin, Márcio Paulo Buzanelli dizia que era chegada a hora de se pensar na exploração das jazidas minerais em terras indígenas, já que a cobiça internacional ocupa a região sorrateiramente, através de organizações não-governamentais disfarçadas de assistencialistas. Ao lado do secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, general-de-Exército Maynard Marques de Santa Rosa e do coordenador de Operações Especiais de Fronteiras da Polícia Federal, Mauro Spósito, Buzanelli traçou um perfil de problemas crônicos que tornam a região frágil e suscetível a crimes internacionais (biopirataria, tráfico de drogas e de armas, grilagem de terras), aos parlamentares da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, reunidos em audiência pública na Câmara dos Deputados, em março deste ano.
O Ministério da Defesa estima que cerca de 100 mil ONGs atuem na Amazônia, embora apenas 320 sejam cadastradas e segundo o general Santa Rosa, é possível que muitas delas tenham motivações ocultas e que atendam aos interesses do capital internacional.

Christina Fontenelle
30/08/2007

SE REAGIR, VAI TER!

“O Comandante das FFAA sou eu”. Assim o ministro da defesa Nelson Jobim respondeu aos jornalistas que lhe perguntavam sobre a ausência dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, à cerimônia oficial, no Palácio do Planalto, para o lançamento do livro/relatório “Direito à Memória e à Verdade", para qual eles também haviam sido convidados.

Em discurso, alto e bom tom, diante do microfone, Nelson Jobim disse que ninguém das FFAA se atreveria a reagir negativamente em relação ao “livro”, e avisou: “e se reagir, vai ter resposta”. Bem, não é sem razão que o ministro “se ache” – afinal, não foi o próprio que outro dia se fantasiou, com a conivência do comando militar, diga-se de passagem, de general, com direito a nome na farda e insígnias de general e tudo o mais?! Pois é...

O ministro ameaçou qualquer militar que se atreva a dizer que o livro do governo não fale a verdade. Democracia? Só para os terroristas. Os militares que busuntem a tal obra com azeite e a enfiem goela abaixo.



Ao usar o uniforme de general, o ministro demonstrou não ter muita intimidade com as leis militares. Mas, em já tendo estado à frente da Justiça, era de se esperar que conhecesse a Constituição, afinal, ele mesmo confessou ter nela introduzido uma ou duas peças "não contablizadas" (para ficar moderno!). Segundo esta Constituição, o comandante em chefe das Forças Armadas é o Presidente da República. Ou será que já introdiziram alguma peça que não tenha chegado ao conhecimento da população?

Além disso, a LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999, no seu capítulo I, atigo 2°, estabelece que:

O Presidente da República, na condição de Comandante Supremo das Forças Armadas, é assessorado:
I - no que concerne ao emprego de meios militares, pelo Conselho Militar de Defesa (composto pelos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior de Defesa (#)) (§ 2º - o Ministro de Estado da Defesa integrará o Conselho Militar de Defesa na condição de seu Presidente); e
II - no que concerne aos demais assuntos pertinentes à área militar, pelo Ministro de Estado da Defesa.
(#) O Estado-Maior de Defesa terá como Chefe um oficial-general do último posto, da ativa, em sistema de rodízio entre as três Forças, nomeado pelo Presidente da República, ouvido o Ministro de Estado da Defesa.
Art 3º As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias.
Art 9º O Ministro de Estado da Defesa exerce a direção superior das Forças Armadas,
assessorado pelo Conselho Militar de Defesa, órgão permanente de assessoramento, pelo Estado-Maior de Defesa, pelas Secretarias e demais órgãos, conforme definido em lei.

Ou seja, o ministro da defesa coordena as ações militares (para o que deveria entender muitíssimo bem de todo e qualquer assunto, técnico e/ou estratégico, referente ao setor), mas não tem o poder absoluto sobre a Força e muito menos o de punir um militar e nem mesmo de demitir o comandante de qualquer uma das três Forças.

Pergunta-se, então ao ministro vociferador: se algum militar se manifestar contra o livro do governo sobre o que chama de ditadura militar, terá que responder o quê e a quem?

Se o livro estivesse a retratar a verdade sobre o que a esquerda chama de “época da ditadura”, realmente não haveria muito o que dizer e nem porque haver nenhuma manifestação contra a “obra” por parte dos militares de hoje. Acontece que não é esse o caso. Trata-se do reconhecimento governamental sobre uma verdade histórica que simplesmente não existe. É o governo federal colocando sua assinatura (e toda a população pagando os custos) num documento cheio de inverdades sobre a recente História do Brasil.

Eu não diria que os militares que estiveram no governo tenham agido com falta de inteligência, ao combater os terroristas que aqui quiseram implantar o comunismo - o que eles não tiveram foi esperteza. Eu explico. É que, como eu já tive oportunidade de falar algumas vezes, a inteligência está necessariamente agregada à bondade e ao mínimo senso de justiça. O mesmo não acontece com a esperteza. Esta, quase sempre, faz parte da personalidade de indivíduos que têm plena consciência da própria burrice e da própria incompetência. É justamente esta consciência que os faz perseguir com tanto empenho as mais diversas maneiras de parecer inteligentes – surge, então, a esperteza. Na disputa entre o bem e o mal, quando se trata de confronto exclusivamente físico, é quase impossível que o primeiro saia vitorioso se não adotar os mesmos meios (e não as mesmas formas) do segundo.

Ou seja, aos militares, em síntese, sobrou inteligência, mas faltou o emprego dos métodos capazes de neutralizar a esperteza – ou a própria consciência de que ela existisse de forma antagônica à inteligência. Não vou entrar em mais detalhes porque a quem essa argumentação se dirige não faltam instrumentos mentais de decodificação do que está sendo dito. Aos inimigos foi dado o crédito da inteligência e não o da esperteza. Se os vitoriosos tivessem sido os espertos, não teria sobrado o mínimo resquício de inteligência sobre as terras do Brasil. Mas, a História se encarregará de instruir os futuros vitoriosos.

Eu não vou nem comentar sobre os comentários do excelentíssimo senhor presidente da república, tanto no seu discurso (que desta vez estava prudentemente escrito) como na breve entrevista que deu ao deixar a cerimônia, na qual disse que os arquivos da ditadura seriam, aos poucos, todos abertos. Conforme forem eliminando o que não lhes convenha, os terroristas de ontem, certamente, irão liberar os tais arquivos - quem sabe essa não venha a ser a homenagem da vez, aos militares, em 2008, perto das comemorações da Independência?

Vai outra medalhinha aí pro ministro?


Christina Fontenelle

29/08/2007

REPERCUSSÃO DO LIVRO E DAS PALAVRAS DE JOBIM

A História revisitada

Jarbas Passarinho (04Set2007)
Foi ministro de Estado, governador e senador

Maculay, autor da História da Inglaterra, desgostava Winston Churchill, que dele dizia: “Esse historiador, apesar do estilo cativante e de sua inaudita suficiência, deixava-se às vezes empolgar pela imaginação, que ele julgava superior à verdade, e denegria ou glorificava os grandes homens, coletando documentos segundo as necessidades da narrativa”.

Esse julgamento, no que toca à seletiva coleta de documentos, me assaltou ao ler o noticiário sobre o livro Direito à memória e à verdade, lançado com a solidariedade e a pompa que lhe conferiram a presença do presidente da República, fotografado ao lado da ministra Dilma Roussef, que aos 19 anos de idade foi co-fundadora da organização marxista-leninista Vanguarda Armada Revolucionária (Var-Palmares), e do ministro Tarso Genro. Lembrei-me da foto que ilustra o livro clássico A people tragedy, de Orlando Figes mostrando Lênin, Trotsky e Alexandra Kollontai, a corajosa revolucionária bolchevique, planejando a insurreição armada. Claro que não comparo ninguém deste governo com os conspiradores de 1917.
Não tenho o livro. Li resenha e opiniões naturalmente contraditórias. Os autores louvam-no “como o resgate da memória, da verdade e portanto da justiça”, mas o julgamento foi escrito iniludivelmente com a pena do ressentimento. Os contrários dizem-no prenhe de parcialidade, pois que só conta um lado da verdade. À maneira de Maculay, coleta dados que, para os não bem informados, induzem a macular a honra do Exército brasileiro. Não foi editado pelo Diário Oficial, mas é como se fosse, quando é considerado um “documento histórico” e protegido pela ameaça vigorosa de repelir quem ouse discordar do seu objetivo, claramente semelhante ao de Márcio Moreira Alves, em setembro de 1968, de igualar o Exército “a um valhacouto de bandidos”. O que se tomou por cinzas do esquecimento, são brasas reativadas na sementeira do ódio represado. Todas as facções da guerrilha foram comunistas que tomaram a iniciativa da luta armada e do terrorismo.

Natural que o livro, para cumprir sua finalidade, não pode confessar os atentados terroristas que mataram inocentes no aeroporto de Recife, o esfacelamento, por explosão de carro-bomba, de um soldado sentinela do Quartel do Exército em São Paulo, a morte precedida de fatiamento a facão do menino de 17 anos de idade, na presença dos pais, porque revelara onde se encontravam os guerrilheiros do Araguaia, o assassinato do oficial americano, ao sair de casa presente sua esposa e o filho de 9 anos, supondo-o agente da CIA, do major alemão aluno da Escola de Estado Maior do Exército, “por engano”, e do marinheiro de um navio inglês por “representar o imperialismo”.

Em 1979, líder do governo Figueiredo, defendi na tribuna a anistia, que se estendeu aos crimes conexos que não respeitaram a Convenção de Genebra. O governo, pois, reconheceu a existência simétrica dos excessos inevitáveis posto que não justificados, da insurreição como da contra-insurreição e os anistiou reciprocamente. Agora, em nome da verdade, se pretende escamotear a outra face dela. Não foi à toa que há dois milênios Pilatos perguntou o que era a verdade à massa que condenou Jesus e preferiu Barrabás.

O presidente João Figueiredo julgou que a anistia seria esquecimento mútuo para a reconciliação nacional. Só os militares a cumprem. O ministro Nelson Jobim, da Defesa, acha que “estamos em processo efetivo de conciliação”. Os trabalhos da Constituinte de 1978/88 fizeram-nos amigos em campos opostos. Acho que um livro, que à maneira de Maculay, coleta fatos que só mostram um lado do que ocorreu, não contribui para a conciliação. Ao revés, nega o revanchismo mas o pratica, amparado pela autoridade governamental que o diz “documento histórico”.

Concordo com os que defendem direito de os familiares sepultarem seus mortos, mas vejo que o autor ou autores do livro, fingindo fazerem o elogio de Antígona, se serviram da dor alheia para semear a difamação. As palavras da viúva de Herzog — que merece nosso respeito — são uma prova do verdadeiro objetivo do livro. Sofrida e inconformada disse: “Essa página da história não pode ser virada”. Pergunto-me, porém, o que diriam as esposas, os pais e os filhos que perderam seres amados mortos pelos atentados terroristas.

O ridículo dessa gente não conhece limites
Reinaldo Azevedo
Setembro 04, 2007
Um texto de Marcos Nobre, articulista da Folha, me deixou cheio de energia já nesta manhã, fim da noite para mim. Por isso decidi dialogar com ele. Vocês sabem: aqueles meus diálogos em vermelho e azul, que não requerem a concordância do interlocutor. É um diálogo de textos. Vamos lá? Ele vai em vermelho, e eu, em azul.

QUANDO SE mistura política e militarismo, a democracia costuma balançar. Foi o que se viu na nota do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. O texto considera que colocar em questão a Lei da Anistia importaria em "retrocesso à paz e à harmonia nacionais, já alcançadas".
Nobre é filósofo, chegado a dissecar o sentido das palavras. Sabe que a sua primeira frase é uma generalidade tola, no conceito e na aplicação. A história das democracias se confunde com a história dos militares. Desde a Grécia. Como verdade genérica, é bobagem. Como verdade particular, é mentirosa. Os militares brasileiros emitiram uma nota, e a democracia está onde estava.

O lapso gramatical ("retroceder a" significa "voltar a") não é importante por si mesmo, mas por levantar dúvidas sobre a posição que o Exército entende ter na democracia brasileira. Afinal, por que o simples "colocar em questão" de uma lei destruiria "a paz e a harmonia nacionais"? ***
Casa de ferreiro, espeto de pau, se diz lá em Dois Córregos. Nobre tenta ver num erro de regência um ato falho. Besteira. Até porque a terceira palavra de seu texto traz um erro de concordância. O certo é “quando se MISTURAM política e militarismo”. O que o erro dele significa? A exemplo daquele dos militares, nada de especial. Só ignorância das regras. Um erro de gramática, às vezes, é só um erro de gramática.

A criação do Ministério da Defesa, sob o governo FHC, foi um avanço importante. Mas, até agora, apenas no papel. O ministro Nelson Jobim, como todos os anteriores, não tem poder nem mesmo sobre a Anac. Quando diz "o comandante sou eu", está apenas fazendo uma bravata.

Avanço só no papel não é, então, importante. Diabos! O que está acontecendo com os nossos filósofos? Nobilíssimo também ignora o funcionamento da máquina pública, apesar de sua celeridade judiciosa sobre o assunto. O que a Anac — AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL — tem a ver com os militares? Mais: ela foi criada pelo governo Lula. Até o governo FHC, havia o DAC — este, sim, comandado por um militar. Os titulares da Anac são indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado. Subordiná-la à Defesa é matéria de emenda constitucional.

O confronto em torno do livro-relatório oficial "Direito à Memória e à Verdade" foi ele mesmo uma sucessão de bravatas. O ministro diz que "não haverá indivíduo que possa reagir", o Exército reage e o ministro recua, posicionando-se contra a revisão da Lei da Anistia.
Nada de importante aqui a não ser a óbvia intenção dos apologistas do livro de rever a Lei de Anistia. Fica evidente que o dito-cujo era só um pretexto. Querem porque querem fazer a história recuar 30 anos — mas para punir apenas um dos lados, é claro.

Para arrematar, o ex-presidente do STF disse que esse era um "problema do Judiciário". As vítimas da ditadura de 1964 e seus descendentes recorreram ao Poder Judiciário como instância reparadora porque não conseguiram por outro modo que integrantes das Forças Armadas viessem enfrentar no debate público as acusações que lhes são dirigidas. Mas nem mesmo aí conseguem esse objetivo elementar de qualquer democracia porque o recurso aos tribunais militares está sempre à mão para bloquear a discussão pública.

Militar não tem de “enfrentar debate público” nenhum, rapaz! Tem de se ater à sua missão constitucional — e ser levado ao tribunal depois de anistiado não está, definitivamente, entre as suas obrigações. Claramente, ele não sabe do que trata. A que recurso a “tribunais militares” ele se refere? Por qual caminho essa questão transitaria por um tribunal militar?

A nota do Alto Comando afirma que, ao longo da história, "temos sido o mesmo Exército de Caxias". Mas não explica como um duque inteiramente comprometido com a monarquia em 1865 pode expressar o mesmo Exército de Deodoro e Floriano na proclamação da República ou de Góes Monteiro, sustentáculo da ditadura do Estado Novo. Ou de Lott, que, em 1955, garantiu a posse de JK, ou dos generais golpistas de 1964. Ao se entender assim, o Alto Comando se recusa a refletir em público sobre a sua própria história e sobre os diferentes papéis que desempenhou ao longo do tempo.

Na sua salada exemplar, nega o seu próprio ponto de vista. Não seria difícil de provar que o Marechal Lott deu um “golpe” em 1955 — mas, claro, um golpe considerado “do bem”. Os vários exemplos que estão acima indicam que os militares sempre tiveram participação ativa na vida política brasileira. Faz parte da construção da nossa história. Por mais que seja grande a tentação, não dá para voltar a fita. Cumpre não criar situações artificiais de confronto que possam chamá-los de volta à cena, ainda que por meio só da retórica.

A nota diz que "os fatos históricos têm diferentes interpretações, dependendo da ótica de seus protagonistas". Falta agora que o Exército venha a público dizer qual é a sua, se é que há mesmo uma única interpretação no interior da corporação. Enquanto as Forças Armadas se recusarem ao diálogo franco e aberto, não há perspectiva de alcançar a "paz e a harmonia" que também desejam.

Os militares já disseram, sim, qual é a sua. Aliás, Nobilíssimo, eles o fizeram de forma dramaticamente evidente. O que quer o nosso filósofo? Ver general batendo boca na ágora? Mas isso é tudo o que eu não quero e, suponho, o que qualquer democrata também não quer.

Agora fica evidente: desde o primeiro momento, esse livro — que, ademais, não acrescenta uma vírgula ao esclarecimento do caso — era só um cavalo-de-batalha da tese revanchista. O estado brasileiro já assumiu a responsabilidade pelos excessos do regime militar — e, diga-se, assumiu-os também em excesso. Criou-se no país a indústria da reparação. Nesse particular, o “socialismo” dos valentes foi bem-sucedido. Todos já pagamos R$ 3,5 bilhões em indenizações, e, todo mês, arcamos com outros R$ 28 milhões em pensões.

Considerando que o governo não fabrica dinheiro, essa grana sai de algum lugar: dos impostos que pagamos. Uns decidiram fazer guerrilha urbana; outros foram fazê-la no meio do mato; houve quem optasse pela ação puramente terrorista. Mal sabiam que o socialismo não viria, mas que a ação correspondia a uma espécie de investimento: o estado burguês pagaria um seguro. Já disse o que penso: é preciso indenizar familiares de pessoas que morreram nas dependências do estado e indivíduos que foram torturados. E só eles. Acontece que as tais reparações já atingiram 17 mil pessoas. E há outras 30 mil reivindicações. É uma piada.

Mas a fajutice intelectual e moral parece não ter mesmo limites. Vende-se agora que se tratou de uma luta entre os combatentes da liberdade e os homens do mal. Esta não é uma historia do Lobo Mau, apesar dos muitos Chapeuzinhos Vermelhos. Alguns petralhas mandam e-mails irados me indagando — e ofendendo junto — como posso afirmar que os comunistas, se tivessem vencido, matariam muito mais. Claro que posso. É uma questão de experiência história. Vejam o que eles fizeram nos países onde venceram. Por que seria diferente no Brasil? Só porque nós falamos português e dançamos samba? Aliás, em 1935, os comunistas deram uma pequena amostra de seus métodos. Mataram 28 soldados inocentes numa única madrugada. E sem luta: alguns estavam dormindo. Isso, que é verdade e não mito, foi transformado pela esquerda em “propaganda direitista”. Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, dois articuladores dos assassinatos, entram para a galeria dos heróis. Os métodos de santificação do crime continuaram e continuam os mesmos.

O jovem idealista José Dirceu já confessou, não é? O Alain Delon da PUC andava com o trabuco. Para fortalecer a democracia? O PC do B se embrenhou na mata pra quê? Por eleições livres e diretas? Lamarca e Marighella queriam o quê? Um homem, um voto mais alternância de poder? Por que é preciso submeter os comunistas a uma idealização? Por que é preciso lavar a sua reputação, livrando-os da própria história? Eu tenho uma resposta! O esforço nem busca tanto mudar o passado e apagar os crimes idos; trata-se só de uma mistificação — cavernosa, mórbida, macabra — para justificar os crimes que a esquerda comete no presente. Pensando bem, por que Marcos Nobre iria escrever sobre o discurso de Lula, que pediu a defesa dos mensaleiros?

PS: Vamos lá, Brasil, rumo à modernidade: vamos rever a Lei de Anistia e reestatizar a Vale do Rio Doce. Quem sabe a gente ainda decida proclamar a monarquia e indenizar os descendentes dos senhores de escravos, que foram expropriados de seu “capital”. O ridículo dessa gente não tem limites.

Para o jornal Zero Hora ler

Sou assinante há 10 anos e me chamo Carlos Alberto Reis Lima, estando plenamente identificado no cadastro do jornal

A imprensa brasileira toda, sem exceção – as raras exceções ficam por conta de alguns articulistas esparsos – transformou-se num imenso právda nacional. Na TV, nem as exceções esparsas existem porque são rapidamente demitidas. Os intelectuais “orgânicos” foram tão bem sucedidos aqui que conseguiram cumprir à risca uma das recomendações de Gramsci: não tomem quartéis, tomem redações de jornal.(excerto de Empulhação Monstruosa, de Heitor de Paola em http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6018&language=pt)


Para o seu filho ler

Numa ditadura, quem manda no país não é eleito e nem permite que os meios de comunicação contem a verdade sobre o que acontece. Os ditadores usam a força e a violência para fazer que todos aceitem suas regras. O Brasil também teve ditaduras. A última acabou há mais de 20 anos, e algumas pessoas que combateram aquele governo ainda acham importante lembrar as histórias de quem sofreu na época. Por isso, lançaram mais um livro sobre como as pessoas eram torturadas na ditadura.

Os militares que governaram o Brasil de 1964 e 1985 acham que o passado já foi explicado. Dizem que, na época, queriam evitar que o Brasil se tornasse comunista, um sistema onde o governo não é eleito e é dono de quase tudo. Hoje, os militares fazem parte da democracia, regime no qual se elege o presidente, os deputados, os vereadores, os prefeitos e se pode protestar quando não se está contente. (da sucursal de Brasília, em Zero Hora de 30/ 08/2007, pg. 8, a propósito do lançamento do livro mentiroso e parcial Direito à Memória e à Verdade.)

Se depender de Zero Hora meu filho vai aprender só um tipo de história: aquela que, de qualquer modo, conta meias verdades e mentiras inteiras, procurando enfiar nas cabeças de jovens idéias socialistas e versões revolucionárias da “ditadura militar”. Zero Hora, com relevantes serviços prestados à memória do líder comunista Leonel Brizola, bate sempre na mesma tecla: que toda ditadura é de direita e que a esquerda é impecante.

Vejam a frase como começa a “lição de história”: Numa ditadura, quem manda no país não é eleito e nem permite que os meios de comunicação contem a verdade sobre o que acontece. Ora, sob esse critério falso e temerário Hugo Chàvez e Adolf Hitler não seriam ditadores nem tiranos; não apoiariam torturas e mortes nem censurariam a imprensa. O próprio governo Lula, que tem simpatias por ditadores como Stalin, Lênin, Fidel Castro (este eleito pelo povo!) se pudesse, já teria fechado a imprensa. Mas Lula é esperto, prefere controlá-la! Zero Hora e seu jornalismo simpático ao socialismo não perdem por esperar, pelo menos até 5 de outubro, data marcada pelos socialistas para o fim das concessões da Rede Globo de Televisão, e sinal certo que a ditadura petista contra a imprensa chegou ao estágio da Venezuela.

Vejam outra pérola: Os militares que governaram o Brasil de 1964 e 1985 acham que o passado já foi explicado. Os militares que governaram o Brasil já morreram, e os que ainda vivem e comandam alguma tropa ou escritório já são todos petistas. Um dos que governaram, Ernesto Geisel, contribuiu materialmente para que tropas cubanas dizimassem milhares de angolanos. Os demais, hoje, em horas de folga de seus comandos são obrigados a distribuir condecorações a torto e à esquerda a ex-terroristas, hoje mensaleiros, ladrões e ineptos. Além disso, quem quer mudar o passado, apagá-lo, ou esquecê-lo, se for possível, não são os que denuncaim os comunistas, são estes mesmos. Sempre fizeram isso. Não hesitarão em apagar da História a própria Zero Hora quando acharem isso conveniente.

O texto faccioso de Zero Hora, feito para o meu filho ler, ainda insiste na tese da democracia atual. Hoje, os militares fazem parte da democracia, regime no qual se elege o presidente, os deputados, os vereadores, os prefeitos e se pode protestar quando não se está contente. Uma democracia que deixa de existir quando tropas de choque do PT e outros partidos comunistas depredam e destroem equipamentos de manifestantes ordeiros, como aconteceu recentemente em Porto Alegre. Talvez a liberdade de protestar a que Zero Hora se refira seja a do MLST, chefiada pelo amigo pessoal de Lula, Bruno Maranhão que, com toda a liberdade depredou a Câmara dos Mensaleiros. Zero Hora comete o “erro” infantil de reduzir a democracia à periodicidade de eleições que já foram mais livres.

Fundamentalmente o erro tão repetido que custa crer que seja involuntário, mas sim trabalho do agitpprop, e que inculca no povo a idéia que somente existe democracia no socialismo – aliás, a mesma idéia central do 3o Congresso do PT –, é matéria constante de Zero Hora, como provam em passado muito recente páginas e páginas de elogios e propaganda ao Orçamento Participativo, a antítese da democracia representativa, a única constitucional. Até para promover a Copa do Mundo em Porto Alegre o jornal apela para a propaganda socialista do Fórum Social Mundial como meio de bajular autoridades esportivas internacionais, conforme edição de 30/08/2007. Perdeu uma grande oportunidade de lembrar ao povo que Porto Alegre já foi sede de uma Copa do Mundo, a de 50. A propaganda esquerdista está presente nas colunas, nos comentários, nas críticas, nos editoriais. A Zero Hora não inventou a esquerda e o socialismo, é óbvio, mas os difundiu, porque acredita neles e tudo faz para abafar idéias contrárias. Por que Zero Hora não faz uma matéria com o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que tem muito a contar sobre a ditadura militar que não é a versão do quadrilheiro Genoíno e do guerrilheiro auto-intitulado pistoleiro Dirceu? Desafio Zero Hora a publicar esta matéria em suas páginas.

Em especial, desafio Zero Hora a publicar texto meu, sobre esse assunto ou de outrem que eu recomendar, sem edições e cortes, sobre o Foro de São Paulo!

UM ESTADO VINGATIVO

Marli Nogueira
Juíza do Trabalho
Brasília.


"A única exceção à regra de que uma sociedade livre não deve ser submetida a uma finalidade exclusiva é constituída pela guerra e por outras calamidades temporárias, ocasiões em que a subordinação de quase tudo à necessidade imediata e premente é o preço que temos de pagar pela preservação, a longo prazo, da nossa liberdade." (Friedrich Hayek)

O governo petista tem dado mostras do tipo de Estado que entende ser o melhor para os cidadãos: um Estado corrupto, corporativo, aparelhado com os amiguinhos do poder, que não faz a sua parte com os impostos que recebe e, pior do que tudo isso, um Estado vingativo e desagregador.

A recente publicação do livro "Direito à Memória e à Verdade", em que a Comissão de Mortos e Desaparecidos deseja mostrar as "crueldades da ditadura", é um bom exemplo desse desejo de vingança irrefreável que costuma aparecer a cada vez que o governo vai mal ou a cada vez que se aproxima uma data significativa para os militares. No primeiro caso, temos, entre outros dissabores para o partido do governo, o julgamento do processo contra os "40 ladrões" perante o Supremo Tribunal Federal, e que redundou no acatamento da denúncia do Procurador-Geral da República, fazendo com que todos os nominados se tornassem réus. Como a maioria deles é formada por integrantes do Partido dos Trabalhadores - ou, pelo menos, a ele se encontravam ligados de uma ou de outra maneira -, evidente que o PT não iria perder uma oportunidade de desviar a atenção do público para tentar fazer crer que há gente pior do que eles. No segundo caso, temos a proximidade das comemorações do Dia da Independência, quando a data deveria unir ainda mais os brasileiros, civis e militares, jovens e adultos, mas acaba por servir para provocar a cizânia entre os cidadãos.

O curioso é que não se vê o governo agir com a mesma sanha vingativa contra aqueles que realmente merecem a vingança da sociedade. Ao contrário, bandidos e vigaristas de toda espécie andam soltos pelas ruas, quando não freqüentam os próprios palácios governamentais. Se o desejo de vingança se voltasse contra essa gente, por certo que a sociedade brasileira aplaudiria de pé a atitude do governo. Mas voltando-se ela contra pessoas que, quer os esquerdopatas queiram, quer não, livraram o país do comunismo (regime com que muitos mentecaptos ainda sonham), tal atitude revela apenas o intento de forçar um ódio dos cidadãos contra as Forças Armadas, única instituição que lhes poderá socorrer caso isso se torne necessário.

Ora, um bom governo agiria justamente em sentido contrário, esquecendo as desavenças pretéritas (não foi para isso que se editou a Lei da Anistia?) e dirigindo os olhos para a construção de um futuro de paz e prosperidade, que só pode vingar em um ambiente de união, de comunhão de ideais e de conjugação de esforços. Não há de ser, portanto, jogando irmãos contra irmãos que o governo poderá fazer do Brasil uma nação de excelência, ou, no mínimo, uma nação decente.

O tratamento que o governo dispensa às Forças Armadas faz com que pensemos que, para os petistas, essa instituição não pertence ao país. Mas eles não devem se esquecer de que serão precisamente as Forças Armadas quem irá lhes dar suporte em caso de necessidade. Não devem se esquecer, ainda, de que essa necessidade é absolutamente imprevisível, dependendo sempre dos ventos da ocasião, para os quais não há previsão meteorológica e nem medição apropriada de sua intensidade.

Aliás, são justamente as Forças Armadas que desenvolvem as principais ações sociais tão caras aos petistas, como a entrega de gêneros alimentícios às famílias mais pobres, o auxílio às populações ribeirinhas da Amazônia, a assistência médico-hospitalar nos mais escondidos rincões do país. Por que, então, afrontá-las de forma tão desprezível?

Essa gente precisa entender, de uma vez por todas, que no período que se tornou conhecido como "ditadura militar" enfrentamos uma guerra, sim. E essa guerra não poderia ser resolvida de outra maneira senão a adotada pelos militares da época. Ou será que a ingenuidade é tão grande a ponto de imaginar que bastava perguntar aos guerrilheiros onde ficava o "aparelho" ou quando seria o seu próximo assalto a banco, o seu próximo assassinato, o seu próximo "justiçamento" ou o seu próximo seqüestro para que eles tudo revelassem, sem resistência alguma?

Quando um país vive uma guerra a sociedade inteira há de se submeter a um regime excepcional, justamente para que essa guerra possa ser debelada o mais rápido e com a maior eficiência possível. E, no nosso caso, tal submissão se fez praticamente sem que a sociedade sentisse os seus efeitos. Aquela guerra foi, graças a Deus, debelada sem grande derramamento de sangue, ao contrário do que ocorreu em vários outros países da América Latina. Mais do que isso, aquela guerra nos assegurou a liberdade, princípio básico que deve nortear qualquer Estado, mas que os guerrilheiros-comunistas estavam a ponto de destruir. E uma guerra dessas não se ganha de graça.

Mas, ao que se saiba, não estamos mais em guerra. E se não estamos mais em guerra, por que motivo sujeitar a sociedade ao apetite vingativo do governo e de toda a esquerda que o apóia? Que benefício essa atitude trará ao país?

Considerando-se que a imensa maioria dos militares que participaram de ações repressivas durante o período da luta armada - luta, diga-se de passagem, instalada pelos próprios comunistas (muitos dos quais hoje estão no poder) na tentativa de implantar, à força, um regime nos moldes do então vigente em Cuba ou na União Soviética -, está hoje morta ou, no máximo, já fora das casernas, é de se perguntar: que interesses oculta a esquerda com a publicação daquele livro? Será que é para depois vingar-se diretamente dos poucos militares que ainda sobram daqueles tempos e atirá-los ao opróbrio e às prisões? Por que essa mesma esquerda não condena também os horrores praticados na ilha cubana, preferindo, ao invés, louvar seu já decrépito comandante, a ponto de entregar-lhe o destino (sabe-se lá qual será ele) de dois atletas que só ansiavam por liberdade? Que critério é esse que os esquerdopatas utilizam para separar as "boas" e as "más" revoluções? Que autoridade têm eles para ditar-nos o que é bom e o que é ruim?

Esse ímpeto vingativo da nossa esquerda nos remete, inevitavelmente, a uma imperiosa indagação: ao descobrir o desvio de fundos da cidade paulista de Santo André para os cofres do PT e tencionando impedir a continuidade da ação, será que Celso Daniel não teria sido também alvo de uma terrível vingança?

A coisa mais fácil do mundo é despertar sentimentos negativos, como o ódio, a inveja, a vingança ou qualquer outro tipo de paixão. Difícil, mesmo, é fazer brotar a temperança, a confiança e a auto-estima do povo. Mas esse é um desafio que o PT, decididamente, não tem a menor competência para enfrentar.
Apenas para lembrar que ,TAMBÉM, nos manifestamos um dia.........

Aecio Kauffmann Colombo da Silva
Cel. Ref.Cav.
Coordenador do Grupo Farroupilha
Porto Alegre, 21 de outubro de 1994

Com tantos dedos a digitarem no vazio e a explodirem o teclado com tantas aleivosias e diatribes, quero relembrar que o “papel aceita qualquer coisa”, mas a vida só aceita ações.

Todas as armas são legítimas, quando se trata da salvação nacional e todo o cidadão é, em essência, um soldado, quando se trata de defender a Pátria.

Pensamos que uma grande parte das coisas que, hoje, estão por aí, se apresentando com o nome de patriotismo não são senão hipocrisias e estreitezas de espírito, disfarçadas em preocupação nacional, em conceito nacional e ódio nacional.

Cremos, também, que há manifestações em demasia, em que, aqui e ali alguns se jactam, levantam bramidos, entoam canções, gesticulam gritam desesperadamente, agitam as bandeiras que deviam estar enterrados há muito tempo.

Acreditamos ainda que, nisto tudo, reside, como patriotismo, uma das maiores desgraças que podem cair sobre o povo, mas antes de tudo, pensamos que, quando o caráter nacional deixa de ser elevado, o país está à beira da ruína; que quando se deixa de prezar e praticar a virtude, o homem se a minúscula e que, quando se chega ao tempo em que, no país, a riqueza está tão corrompida, o prazer está tão depravado, a justiça lenta, omissa e distante e o povo tão descrente e apático que a honestidade e a dignidade parecem coisas de um passado muito distante , só restam então duas alternativas: renunciar à luta ou buscar, no meio trevos da falta de expectativas, homens honrados e em cujas almas ainda não secou a fonte de idealismo. Homens que não estejam dispostos a morrer, pouco a pouco, sob o peso da humilhação de sentir que há possibilidades de vitória para tanta ignomínia e formar com eles uma cruzada, cujo lema seja o DEVER E A HONRA, para tentar o remédio forte da revolta - mesmo que armada - onde a morte seja mais honrosa.

O resto é conversa fiada.
Disciplinados, mas não mortos

Por Reinaldo Azevedo
Era evidente que o livro Direito à Memória e à Verdade, publicado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos e lançado em meio a proselitismo filo-revanchista no Palácio do Planalto, iria gerar uma reação dos militares. Mormente porque o ministro da Defesa, Nelson Jobim, resolveu ir um pouco além de suas sandálias, dando um cala-boca preventivo nas três Forças. Pra quê? Com que objetivo? Ganhou o quê? Se bem se lembram, ao se referir à obra, ele afirmou: “Não haverá indivíduo que possa reagir. E, se houver, terá resposta”. Pois é. Os “indivíduos” reagiram. Não um. Mas todos os 15 generais quatro-estrelas, que se reuniram, liderados por Enzo Martins Peri, comandante do Exército, para divulgar uma nota. De repúdio ao livro? Não exatamente. Mas de claro repúdio à tese estúpida que prega a revisão da Lei de Anistia.
E agora? Que resposta Jobim pode dar? Nenhuma. Até porque não tem autoridade funcional para punir ninguém. O máximo que pode fazer e pedir a Lula que mude este ou aquele comandantes. Só. Mais: a nota do Exército é irrespondível e está absolutamente correta: “A Lei da Anistia, por ser parâmetro de conciliação, produziu a indispensável concórdia de toda a sociedade (...). Colocá-la em questão importa em retrocesso à paz e à harmonia nacionais". É isso aí. Quem há de negar? Que a comissão tente chegar a corpos eventualmente desaparecidos e que se cobrem eventuais documentos que possam localizá-los, bem. Investir, no entanto, no confronto, querendo mandar para o banco dos réus pessoas que foram anistiadas há quase 30 anos é inaceitável. E é isso o que muita gente vem pregando — inclusive dentro da secretaria.
E o fato é o seguinte: não haverá a revisão da Anistia para apenas um dos lados do confronto. E ponto final. Ao menos não haverá sem, está posto, uma crise militar. Quem está disposto a encará-la a esta altura do campeonato? Alguns tolos estão brincando com o perigo, achando que o Brasil é a Argentina. Não é. Os militares deixaram o poder naquele país enxovalhados pela população. E com 30 mil mortos nas cortas. Como faz questão de lembrar a nota do general Enzo Martins Peri, não é absolutamente o caso dos militares brasileiros. Ele destacou que o Exército tem “elevados índices de confiança e credibilidade junto ao povo brasileiro”. E é verdade. Escreveu também que a Força sempre se pautou pelos ““valores da hierarquia, disciplina e lealdade”. Nem sempre, é bom que se diga. Mas assim tem sido desde a redemocratização do país.
A reunião do Alto Comando foi extraordinária e teve o fito exclusivo de debater o assunto. Reitero: a questão não é o livro, mas a tentativa de rasgar a Lei da Anistia para apenas um dos lados do conflito. Muitos leitores mandaram comentários afirmando que, quando escrevo “dois lados”, estou igualando torturadores que agiam sob a proteção do estado a ações de indivíduos. Nada disso! O estado brasileiro já foi responsabilizado pelos crimes que cometeu — tanto que há uma comissão que cuida do assunto e concede indenizações e pensões. É tão generosa nos critérios, que atende até a alguns malandros e beneficia desertores — o que acho inaceitável. Portanto, a culpa oficial já foi identificada e tem conseqüências legais. Quando se fala em revisão da Lei de Anistia, aí o propósito e individualizar punições — ainda que sejam apenas morais. A ser assim, quem matou na guerrilha ou em assaltos também tem de pagar o pato — ou há alguma dignidade nesses assassinatos, ausente naqueles outros?
É preciso um tanto de estupidez e outro tanto de má-fé para confundir anistia com impunidade. Por que os que agora pedem a revisão não protestaram contra a lei em 1979? É fácil saber: estavam cumprindo uma etapa “da luta”, não é mesmo? A reunião não foi das mais amenas, embora a nota tenha sido — foi previamente submetida a Jobim, que teve de engoli-la. Enzo atuou para acalmar os generais, que estavam dispostos a um texto bem mais duro. Um deles disse a frase que está lá no título: os militares estão “disciplinados, mas não mortos”.Chega! Essa ridicularia já foi além da conta. Há gente querendo tirar cadáveres do armário, inclusive ideológicos, para assombrar os vivos.

QUAL A RESPOSTA, MINISTRO?
Aristarcho Pessôa Cavalcanti de Albuquerque Neto
Coronel da Arma de Infantaria, Pára-quedista, da Reserva do Exército de Caxias
João Pessoa, 30 Ago 2007
A respeito das declarações do atual ministro da Defesa, sobre o tal livro lançado ontem na própria Presidência da República, e suas ameaças.

Quem é o ministro?

Aquele que deveria ser um dos maiores defensores das leis do país, do qual chegou a presidir a maior corte de justiça, demonstra o desconhecimento de suas próprias atribuições legais e das limitações de seu autoritarismo e vocação ditatorial, tão bem manifestados desde quando acrescentou dispositivos à Constituição que se elaborava, relator que era, sem conhecimento e sem aprovação da Constituinte.

Não são estrelas de pano nem fantasias camufladas que provocam nosso respeito de militares. Respeitamos as nossas estrelas, e as dos militares que nos chefiam, porque temos com elas a intimidade de quem soube como, pôde e agiu para conquistá-las - legalmente e com tantos anos de intensos e extensos estudos e sua aplicação, "vendo, tratando e pelejando". Não estamos militares, somos.

A nossa diferença é que só chegamos aos cargos e às posições perfeitamente habilitados e neles só permanecemos se demonstramos competência para exercê-los. Outra diferença é que sabemos que só comanda aquele que lidera, e o senhor ministro demonstra, a cada pronunciamento, que desconhece os mais elementares princípios de chefia e liderança e que se deixa dominar pela força da própria vaidade pessoal. Para nos liderar, e não se surpreender conosco, necessário nos conhecer. E se fazer respeitar.

Agora sabemos que temos um titular da Pasta da Defesa que, ignorante de suas atribuições, tão bem explícitas nos artigos da Lei Complementar 97 de 1999, chega ao ponto de se atribuir as do Presidente da República, este sim o Chefe das Forças Armadas do País. Talvez porque se ache no direito de iniciar campanha para sucedê-lo ou de tomar o seu lugar. Vaidade desmedida, prepotência e despreparo para o cargo, receita segura para decisões inoportunas, inadequadas, inconvenientes e desastrosas. O senhor ministro seria a pessoa menos capacitada para exercer o complexo comando de Forças Armadas em operações. E parece não saber também como administrar sua Pasta em tempo de paz. Perdem com isso todos os brasileiros.

Quanto ao livro, discordamos, sim, da obra e do seu lançamento; porque cultuamos e praticamos a Verdade; porque o livro é requintada obra de agressão imoral e hipócrita à História do Brasil, lançado festivamente em mais uma tentativa de desviar as atenções dos escândalos que atingem diretamente o governo, e que enchem de vergonha os cidadãos de bem; porque procura dar embasamento às ações de beneficiamento a terroristas com dinheiro público, por uma comissão suspeita, sem controle e omissa nos verdadeiros casos de atentado aos direitos humanos que ocorrem no dia a dia; porque continuamos contrários à ideologia e às ações daqueles citados como vítimas e heróis no tal documento e dos que os patrocinam; porque conhecemos as leis; e porque não perdemos a memória da verdadeira história que o atual governo tanto hesita em tornar pública. E, pior para seus autores e para a imagem do Brasil, o livro apresenta, como pode revelar a mais superficial leitura, fatos citados sem comprovação, incoerências entre datas, locais e número de pessoas envolvidas, e ainda desconhece os relatos já publicados dos próprios comunistas militantes e ex-militantes.

Para que não restem dúvidas, como bem lembrado pelo Grupo Guararapes, basta ler alguns livros, embora não tenhamos esperança de que o atual presidente o faça, por ojeriza às letras, ou mesmo o senhor ministro, por falta de humildade:

- "O CHEFE", do jornalista IVO PATARRA - história dos 403 dias de escândalos e de corrupção;

- "A VERDADE SUFOCADA", do Coronel USTRA onde encontramos, de fato, o que as esquerdas não querem que o Brasil conheça;

- "A GRANDE MENTIRA" , do General Agnaldo Del Nero Augusto, onde o autor analisa e desnuda escrupulosamente as três tentaivas de tomada do poder pelos comunistas, sempre caracterizadas pela ceifa covarde de vidas e pelo total desprezo pela dignidade humana;

- "COMBATE NAS TREVAS",de JACOB GORENDER onde, o autor e líder comunista escreveu: "A ESQUERDA BRASILEIRA, DE INSPIRAÇÃO MARXISTA, PEGOU DUAS VEZES EM ARMAS. EM 1935 E 1968 – 74" . "Organizações de esquerda praticaram atos aqui expostos sem subterfúgios: atentados a bombas e armas de fogo, assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas e de aviões, matança de vigilantes, policiais e elementos das Forças Armadas, justiçamento de inimigos, guerrilha urbana e rural". (pg. 248 e 235 do livro citado).

Calados ou não, discordamos, não porque o livro nos atinja; quanto a isso, nossa disposição para o permanente cumprimento do dever inclui a serenidade ao sermos incompreendidos e até atacados , mesmo pelo ministro que deveria nos defender - se, de fato, nos comandasse.

Militares não se calam por covardia nem por acatamento a ordens ilegais ou absurdas. As lides castrenses criam e reforçam a imunidade ao medo e á intimidação. Militares se calam por disciplina nobre e consciente, ou se manifestam por decidirem fazê-lo, sempre após estudo de situação. E nossas decisões, e de nossos chefes, visam sempre o cumprimento de nosso eterno juramento - dedicar a vida à Pátria Brasileira. Para nós militares, toda decisão é encadeada com a anterior e com a próxima. Mas somos responsavelmente sabedores de que nossas reações, nossa coragem e determinação e até nossa ferocidade se guardam para os mais subidos interesses da sociedade, como detentores e administradores do braço armado do Poder Nacional.

Mas, enquanto os militares da ativa só podem manifestar-se através de seus chefes, os militares da reserva, embora ainda mobilizáveis, possuem a faculdade legal de expressar sua opiniões e de tomar posições a respeito do que lhes interesse. E são a maioria dos militares. E ainda são componentes ativos da Grande Barreira.

Então, qual é a lei que autoriza uns e desautoriza outros?

E, enfim, qual a resposta?

Nós militares já temos a nossa. Nossa resposta está no preparo, na atitude, no trabalho, na honestidade, na exação no cumprimento dos deveres e no trato do patrimônio público, na consciência de que somos de fato reserva moral e intelectual da Nação; na capacidade permanente de agirmos, e combatermos; na Honra de Soldado, que o senhor ministro pretendeu atingir sem estar preparado para entendê-la. Enfim, nossa resposta se ampara na mais simples comparação moral e econômica entre os governos militares e o atual.

E qual a resposta do ministro?

O Brasil é um país onde,
os criminosos são protegidos,
os terroristas são homenageados
e a lei, ora...
a lei é somente um incômodo.
(autor desconhecido)
Um pigmeu no Ministério Trambolho da Defesa do Brasil

Do Observatório de Inteligência
Brasil Acima de Tudo: http://brasilacimadetudo.lpchat.com/
Por Orion Alencastro
01 de setembro de 2007


Como todos nossos leitores já perceberam, batizamos o Ministério da Defesa o grande trambolho imposto pela administração FHC para facilitar interesses alienígenas em torno do patrimônio nacional, cujo território há 500 anos tomamos conta, agora acrescido da zona econômica exclusiva cobrindo 4,5 milhões de m2, a denominada e rica “Amazônia Azul”. A Inglaterra levou 45 anos para instituir o seu Ministério da Defesa e FHC, à luz do deletério Diálogo Interamericano, agachou-se às pretensões de Bill Clynton e criou o trambolho, afastando o assessoramento discreto e direto das forças armadas nas candentes questões de segurança, defesa e soberania nacionais. Jobim subestima inteligência externa Estranhamente, Nelson Jobim, ex-parlamentar relator da Constituinte, ex-ministro da Justiça de FHC, ex-Presidente do STF e ex-candidato a candidato de vice do presidente metalúrgico em 2006, aceita e assume intempestivamente o Ministério da Defesa, após dois graves acidentes aviatórios que abalaram o país.
Distraiu-se com as questões da INFRAERO e da ANAC, ganhou espaço na mídia e passou a usar salto alto, além dos seus duvidosos 1,90m de quando tinha meio século de vida. Narcisista, imprudente, autoritário e revelador de dissonância cognitiva, acaba de estarrecer em manifestação pública seus colegas no exterior pelos noticiários internacionais, boletins de adidos militares e de embaixadas. Isto porque os Ministérios congêneres possuem amplo conhecimento e respeitosa avaliação sobre a formação, a doutrina, a postura democrática e constitucional do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, com inúmeros oficiais-alunos no exterior, em missões de paz e adidos em nossas embaixadas.
Disse o ministro Jobim que “Não haverá individuo que possa a isto reagir e, se houver, terá resposta”, por ocasião do lançamento do livro “Direito à Memória e à Verdade”, em ameaça desnecessária aos recolhidos militares que honram o seu juramento à bandeira da Pátria, em contraste com a hipócrita louvação aos falsos heróis que lutaram pela implantação da tirania comunista.
Ministro pigmeu e a Lei de Anistia
Na qualidade de reservistas de 3a. categoria do Exércíto Brasileiro, repudiamos as palavras do ministro, reveladoras de uma mente de pigmeu que não amadureceu e nem aprendeu a pensar com grandeza nas lides partidárias, acadêmicas, advocatícias e da suprema corte. Também não aprendeu a manter-se com superior humildade no elevadíssimo cargo responsável pela manutenção da paz social da Pátria.
Cheiro de trama contra a Lei de Anistia
Deveria ter permanecido silente. Mas o salto alto para a perspectiva de ser um vice no terceiro mandato da continuação da administração Luiz Inácio “Populista” da Silva tem que ser calçado em proveito de sua figura de destaque, notadamente por ser um mago para a pretendida Constituinte . As suspeitas são de conspiração subterrânea no Palácio do Planalto para solapar e enterrar a Lei de Anistia, provocando a cizânia nacional, expectativa esta dos aproveitadores internos da democracia, da força nacional de guerrilha rural e urbana e do Foro de São Paulo.

A sociedade de civis e seus familiares, conhecedores das Forças Armadas, são solidários com os cidadãos de fardas e entendem que os errados e infelizes foram contemplados com um compêndio venenoso da degenerescência e da esquerda irremediável, sempre apaixonada por cadáveres e mártires da estupidez ideológica.Brasil favorece a cultura do terrorismo.
Que vergonha! No momento em que incontáveis governos buscam garantir a segurança dos seus cidadãos face a sanha do terrorismo internacional, o aprendiz de ditador Luiz Inácio afronta a diplomacia e seus governos, prestigiando a cultura do terrorismo. Isto causa júbilo nas organizações terroristas internacionais, já acampadas no Brasil e em Brasília, com seus paióis de armas em distintos pontos do país, no faro dos cães de caça da inteligência estrangeira. Jobim deve ficar esperto para a seriedade da sua missão, pois há um prego aguardando a curto prazo o seu retrato na galeria de ex-ministros do Ministério Trambolho da Defesa.
"O problema do Brasil não é de homens nem de recursos. É da Constituição de l988. Ela tornou o Brasil rigorosamente ingovernável. Pior: nas mãos de um aparelho político permissivo que manipula um sistema administrativo ultrapassado" - Thomas Skidmore.
(OI/Brasil acima de tudo)

Exército fica insatisfeito com ‘ameaça’ de Jobim

31 de agosto de 2007
Nem Luiz Inácio e nem Jobim entenderam a mensagem do Cte do Exército Brasileiro Enzo Peri, no Dia do Soldado. O EB não mudou e Caxias ainda é seu patrono, o Pacificador. A Pátria jamais será traída pelas FFAA.
Por Tania Monteiro, ESP

Ao retornar hoje de viagem à Argentina, o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, terá de dedicar o dia a administrar a insatisfação dos subordinados e evitar qualquer manifestação contra o que está sendo chamado de “ameaça desnecessária” feita pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Anteontem, na solenidade de lançamento do livro Direito à Memória e à Verdade, obra criticada pelos militares, Jobim afirmou: “Não haverá indivíduo que possa a isto reagir e, se houver, terá resposta.”
A insatisfação já era grande com o próprio livro-relatório, lançado no Palácio do Planalto para enterrar as versões dadas pelo regime militar (1964-1985) para o desaparecimento de presos políticos. Traz mais de 400 casos e reconhece oficialmente, pela primeira vez no País, que as forças da repressão cometeram crimes como torturas. Para os militares, o livro só conta um lado da história. Um oficial relatou que eles ficaram “absolutamente perplexos” e “revoltados” com a afirmação de Jobim, durante o seu discurso.
O assunto dominou as conversas em várias unidades militares do País, tanto do pessoal do Exército, como da Marinha e Aeronáutica. A Força que mais se considerou atingida foi o Exército, avaliando que nem o discurso do secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, foi ofensivo como o de Jobim. Um oficial-general ouvido pelo Estado disse que os militares estavam sendo “atingidos dentro da trincheira”. E afirmou não entender o motivo da “ameaça gratuita”.
Apesar da revolta, todos garantiram que vão aguardar a chegada do comandante Peri, quando receberão as devidas instruções de como devem se comportar - se respondem ou não a Jobim. O ministro explicava ontem que não fez ameaça às Forças Armadas, mas a “indivíduos” que poderiam se manifestar contra a intenção do governo de fazer o lançamento do livro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comentou o assunto: “Foi uma bela solenidade. Militares precisam entender de uma vez por todas que os militares de hoje não são os mesmos de ontem, os homens também não. A anistia veio para todo mundo.” E finalizou: “O tempo é outro e a história é a história. As famílias têm o direito de reivindicar o enterro de seu mortos.”
Defender as Instituições Militares é um dever patriótico.

Márcio Matos Viana Pereira
Coronel Reformado do Exército Brasileiro.

Não é hora de calar! A Pátria exige de nós militares, a coragem moral e cívica de defender as suas Instituições Militares. È imperioso dar um basta nos constantes vilipêndios, nos ultrajes e provocações resultantes de um revanchismo descabido e impatriótico.

Não é hora de conformismo, nem de omissão! Em nome da disciplina as Forças Armadas aceitam tudo silenciosamente. Esse imobilismo se afigura como um consentimento ou concordância com esse estado de coisa, motivado ou por indiferença para com o futuro das Instituições Militares, ou por conveniência ditada por um carreirismo inescrupuloso.

A criação do Ministério da Defesa foi decidida para enfraquecer e dividir as Forças Armadas, as quais funcionavam muito bem sob a coordenação do EMFA. Acabaram os Ministérios Militares, subordinando as três Forças ao Ministério da Defesa, cujos Ministros sempre foram escolhidos entre civis com relativa influência política, porém, com conhecimentos militares nulos. Tais ministros, jamais comungaram dos anseios e ideais das Forças Armadas, além de nada entenderem de estratégia e doutrina militares, não tendo visão, nem conhecimentos exigidos para formular uma política de estratégia nacional, que objetive, por exemplo, a integração e defesa da Amazônia, de suas jazidas, de sua bacia hidrográfica e de sua biodiversidade.

Não conheço nenhum dos Comandantes das três Forças Armadas. Quanta esperança tive, ao ler a biografia do atual Comandante do Exército! Julguei, à priori, que, finalmente, os ultrajes seriam repelidos à altura. Infelizmente, porém, os fatos logo sepultaram a esperança acalentada, pois, imediatamente após a sua posse, ocorreu o maior de todos os escárnios, a suprema afronta, a promoção a Coronel de Lamarca e a milionária indenização concedida aos familiares desse criminoso, cujos crimes hediondos os brasileiros conhecem. Tamanho agravo não mereceu do Comandante do Exército a menor reação. A provocação acintosamente praticada e a resposta em forma de silêncio deixaram muito mal o Exército, cujo passado, de atitudes desassombradas, não se coaduna com o presente de atitude débil, vacilante e ignominiosa.

A nomeação do Senhor Jobim para o Ministério da Defesa foi mais uma demonstração de que o Governo, petista e corrupto do Presidente Lula, resolvera prosseguir na prática iniciada pelo Governo igualmente corrupto do PSDB, de FHC, de amesquinhar e asfixiar as Forças Armadas, subordinando-as a outro político, também estranho ao meio e aparentemente não adepto dos valores que se coadunam com a ética e o pundonor militar.

Logo na solenidade de sua posse, o Ministro Jobim, numa demonstração inequívoca de autoritarismo e de grosseria, foi deselegante com o seu antecessor que, presente à mesma, foi literalmente humilhado. Dirigiu-se também aos três Chefes Militares presentes, de maneira arrogante, blasonando, ao comparar a Pasta que assumia a uma orquestra, ser ele o único regente, esquecido de que, se a estratégia da política da Defesa Nacional fosse expressa em partituras, não teria capacidade para formulá-la, ainda que possa entender de clavas ou notas musicais.

Parece-me haver a natureza apregoado uma peça no Senhor Jobim, pois, o que lhe privilegiou em físico, restringiu-lhe em bom senso. A sua decisão de fardar-se de General de Exército, além de ridícula, foi uma demonstração pública de transgressão da lei, atitude que, como ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), jamais deveria haver tomado.

A farda, para os integrantes das Forças Armadas, é um símbolo da honra militar e tem tanto significado, que se nos afigura como outra pele a revestir-nos o corpo, acalentando de orgulho os nossos espíritos, em parte decepcionados, findo o ciclo revolucionário, pela inexistência de exemplos dignificantes. Envergada, entretanto, pelo Ministro Jobim, ela desfigurou-se, aviltada, posto que vazia de mística e de significado. O que deveria ser um uniforme do Exército, era apenas uma fantasia e aquele que deveria figurar como um imponente General, não foi além de uma caricata figura de um ambicioso político à cata de ribalta, visibilidade e projeção, no afã de se viabilizar candidato à Presidência da República.

Sendo o Ministro Jobim réu confesso de haver violado a Constituição Federal, inserindo por conta própria tópicos que não deveriam constar no seu texto, carece de credibilidade para tomar ciência de assuntos, protegidos por grau de sigilo, inerentes à Defesa Nacional.

No Brasil, corrompido por uma crise moral sem precedentes, que faz o brasileiro viver um dos mais amargos instantes de sua história, urge que as Forças Armadas não se deixem contaminar.

Comparecendo o Ministro Jobim à Academia Militar de Agulhas Negras, quando da entrega dos espadins aos cadetes da turma “Marechal Emílio Garrastazu Médice”, justa e singela homenagem prestada pelos jovens futuros oficiais à valorosa figura de um brasileiro, insigne soldado e estadista, deliberadamente, no seu discurso, olvidou o nome do patrono da turma, numa desfeita acintosa aos cadetes e à memória do homenageado. É que a figura honorável e digna de Médice, que se agigantara moralmente no exercício do Poder, amesquinha o arrogante Ministro, coadjuvante do então presidente FHC, quando, como seu Ministro da Justiça, se notabilizou apenas na elaboração de uma notória iniqüidade, nefasta ao Tesouro Nacional, espoliado, para beneficiar algozes da Revolução de 64

Hoje, o presidente Lula, considerado pelos brasileiros éticos e pelo ex-deputado Robert Jefferson como o Ali Babá do escândalo do mensalão, lança no Planalto um livro, escrito por ex-terroristas, repetindo as mesmas acusações contra os militares, com o objetivo, certamente, de não deixar se extinguir a sinecura que tem enchido os seus fétidos bolsos, com o suado dinheiro espoliado dos brasileiros sofridos

Caberia aos comandantes das Forças Armadas exporem essa verdade ao Brasil, com clareza e coragem, porém não o fizeram, porque o mutismo e o conformismo passaram a ser a tônica do procedimento de Chefes que deveriam ser líderes de suas Forças, todas elas integradas, na sua maioria quase absoluta, por homens idealistas, abnegados e disciplinados que, por serem altivos, repudiam a omissão, mas, por estarem no serviço ativo, são obrigados a silenciar.

Felizmente para o Brasil, pelo menos no seio das Forças Armadas, valores como patriotismo, dignidade, honra, coragem, verdade, desprendimento, abnegação e ética ainda não feneceram, pois a tropa, em razão de ser instruída com ardor e entusiasmo, é sempre flamante de brasilidade.



1. MEMÓRIAS DE JOBIM


Isto É, de 28/02/2001:

Não foi só Eduardo Jorge que ACM colocou na fogueira. Também disparou sua metralhadora giratória contra os ministros do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim e Ellen Gracie Northfleet, o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, a senadora Heloísa Helena (PT-AL), o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, e o governador de Tocantins, Siqueira Campos (PFL). Acusou Jobim e Ellen de terem barrado no STF, por razões não jurídicas, uma CPI criada pela Assembléia Legislativa da Bahia para investigar denúncias de irregularidades na Companhia Docas da Bahia. “Aqui pra nós, uma coisa dele (Nelson Jobim) particular. Uma firma beneficiada tem ligação com o escritório dele e do ministro Eliseu Padilha”, atacou. Padilha também foi alvo de outros torpedos. ACM revelou aos procuradores que vai confirmar na Justiça ter chamado o ministro de “Eliseu Quadrilha”, além de insistir nas denúncias sobre falcatruas no DNER.

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2002
Extrato da Coluna do Sebastião Nery

A sutil história de Nelson "Lobim"

No edifício Belvedère, Setor de Autarquias Sul, no começo da Asa Sul, Plano Piloto, em Brasília, um famoso escritório de advocacia, o "Escritório Ferrão", tinha gravados em bronze, na parede da entrada, durante muitos anos, três nomes Dr. Ferrão, Eliseu Padilha, Nelson Jobim.

Toda a cidade sempre soube que era o mais poderoso, influente e cacifado escritório de advocacia administrativa, de lobby, de Brasília. Problema nenhum, se não houvesse dois problemas Eliseu Padilha e Nelson Jobim acumulavam a advocacia lobista com os mandatos de deputados pelo PMDB do Rio Grande do Sul.

Jobim foi deputado federal de 86 a 94. Em 94, abandonou a Câmara, não se candidatou mais. O escritório não ficou sem representante. Elegeu em 94 Padilha para o lugar de Jobim. Na Câmara, o saudoso e sarcástico deputado Getulio Dias (PDT-RS) só chamava Nelson Jobim de Nelson "Lobim".

Em 95, com a eleição de Fernando Henrique, o "Escritório Ferrão" saiu das sombras lobistas para o sol do poder. Jobim foi ser ministro da Justiça. Padilha continuou lobando no escritório e na Câmara. Em maio de 97, depois de comandar o caixa-2 do PMDB para aprovar a emenda da reeleição, Fernando Henrique premiou Padilha com o Ministério dos Transportes.

Ministros, os dois, Jobim e Padilha, deixaram oficialmente o escritório. Mas ficaram lá os eflúvios, as almas e os dois nomes, gravados em sombras na parede, depois de arrancadas as letras em bronze. Jobim saiu do Ministério da Justiça para o Supremo Tribunal. Padilha saiu do Ministério dos Transportes para prestar contas ao Ministério Público, que apura os escândalos do DNER.

Sábado de madrugada, às três da manhã, três homens chegaram esbaforidos à casa do ministro Nelson Jobim, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, no Lago Sul, em Brasília. Michel Temer, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha, chamados por Jobim, foram lá perguntar o caminho das pedras.

Era mais um turvo escândalo na Justiça brasileira. O presidente do Tribunal, que, como juiz, está legalmente impedido de tomar partido de partes, em vez de chamar o guarda-noturno, mostrou aos três como deviam fazer um mandado de segurança para derrubar a liminar concedida pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Salvio Figueiredo, companheiro de Jobim no TSE, que havia anulado a fraude na convocação da convenção do PMDB.

Jobim ainda mandou os três clientes à casa de seu principal assessor, com o mandado de segurança contra a liminar do corregedor, para o assessor escrever o despacho a ser assinado por ele, Jobim, derrubando a liminar.

Como é mesmo o nome disso? Respostas para o TSE e o Supremo.

O País se escandalizou diante do despudor. O candidato Garotinho pediu a suspeição de Jobim e seu imediato afastamento da presidência do TSE. O senador Roberto Requião, da tribuna do Senado, também exigiu a saída de Jobim, "porque estamos diante de um caso da maior gravidade". "Estamos diante de um caso muito mais grave do que a violação do painel do Senado. É evidente a parcialidade da Justiça."

O senador Roberto Freire, presidente do PPS, mesmo atucanado, reagiu: "Suspeito que o ministro cometeu ato de improbidade administrativa. O TSE vai perder o respeito para conduzir as eleições."

O ministro Walter Costa Porto, do TSE, também ficou indignado: "Jamais aconteceu coisa parecida na história do Direito Eleitoral brasileiro."

O jurista Celso Bastos, da OAB de São Paulo, não se surpreendeu: "Não me lembro de nada assim antes, mas não me surpreende porque Jobim sempre foi o ministro que decide a favor do governo." (JB)

Na "Folha", Janio de Freitas "Jobim comprometeu o sentimento, tão necessário, de isenção da Justiça Eleitoral".

Rudolfo Lago e Denise Rothenburg, no "Correio Braziliense": "Jobim criou constrangimentos no Judiciário, porque pemedebistas aliados do governo contaram que ele deu orientações para os procedimentos que deviam ser adotados" (para ele, Jobim, derrubar a liminar do corregedor).
“Nelson Lobim”


Um dia, você abre os jornais e vê o presidente do Supremo, Nelson Jobim, confessando em entrevista que fraudou a redação da Constituição, incluindo coisas que não foram votadas e aprovadas na Constituinte. Outro dia, são centenas de desembargadores e juízes do Rio Grande do Sul, terra dele, que o conhecem bem, exigindo sua deposição da presidência do STF. Imaginem Sobral Pinto vivo. Ia bengalar o Nelson Jobim.

Segunda-feira, em artigo na “Folha", o diretor da “Transparência Brasil” ("organização dedicada ao combate à corrupção"), Cláudio Weber Abramo, denunciou o comportamento “acintoso, inaceitável” de Jobim:

“Há entre as ambições do presidente do Supremo e sua função um conflito de interesses cuja persistência é intolerável".Até a “Veja", escrita em inglês e traduzida para o português, grita:

“O partido da toga é um risco - As ambições políticas de Jobim, associadas a decisões polêmicas do Tribunal, criam um mal-estar que só ajuda a desmoralizar a corte. - O que há em comum entre Jobim e Pertence (Sepulveda Pertence) é a mosca azul do poder. - A safra de suspeitas quanto à lisura política do STF foi inaugurada pela atuação desabrida de Jobim".

Saído do mais guloso escritório de advocacia administrativa de Brasília (com Eduardo Ferrão, Eliseu Padilha) e chegado ao STF pelas mãos agradecidas e cúmplices de Fernando Henrique, Jobim é o permanente lobista de si mesmo, conhecido nos gabinetes do Supremo como “Nelson Lobim".
2. AMEAÇA EXPLÍCITA

Ernesto Caruso,
29/08/2007,
noite de repulsa

O presidente Lula e o ministro da Defesa Nelson Jobim perderam totalmente o rumo da conciliação imposta pela Lei da Anistia, anistia que particularmente e principalmente perdoava os crimes praticados por muitos dos que estão nesse governo. Esses criminosos que assaltaram bancos, metralharam inocentes, explodiram aeroportos, seqüestraram embaixadores, mataram militares a coronhadas e tantas outras atrocidades, foram perdoados pela sociedade; sociedade defendida pelos militares e policiais que desempenhavam as suas funções, estavam a serviço do estado e não deixaram que no Brasil se implantasse uma zona liberada, como ainda hoje, existe no país vizinho, a Colômbia. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia têm nos seus quadros os mesmos alunos colegas dos que no Brasil foram vencidos, não fuzilados, julgados, condenados e perdoados.

Agora em deslavada, covarde, falsa e arrogante vindita realizam uma cerimônia carregada de rancor, truculência não vista quando esses desgraçados foram salvos das entranhas da criminalidade, retirados do descaminho onde se encontravam e hoje estariam entrelaçados ao narcotráfico, como meio de sobrevivência a todo o custo, embrenhados nas selvas amazônicas. Se arrependimento matasse, por certo teriam agido, os defensores da democracia, do mesmo modo como os assassinos comunistas.

Deslavada porque não teve a cor da seriedade, da hombridade, nem o olhar, gestos e comportamentos éticos, da altivez do vencedor que lá não estava presente; perderam nas armas e nos propósitos. O presidente não revelou uma postura magnânima. Uma visão turva, perdida, sem convicção, cabisbaixa.

Covarde e falsa. Ao mesmo tempo que agride, diz que é página virada, ou como foi dito pelo ex-Cmt do Exército, Gen Albuquerque, em palestra no Clube Militar, se referindo à convocação do presidente, externando palavras de esquecimento do passado em busca de uma reconciliação, que na realidade nunca houve.

Arrogante, particularmente pelas palavras do ministro da Defesa, que repete a agressividade com que se manifesta publicamente, diferentemente quando é recebido com a consideração que não faz força por merecer nos eventos de cunho militar. Um sorriso não confiável. Foi longe demais, quero crer, mesmo para os que no início o viam com a esperança que fosse um defensor das Forças Armadas no governo, que é de todos como diz na farta e cara propaganda. Um país não pode ter um governo que espezinhe o seu sistema de defesa externa, como vem fazendo o governo Lula.

Ora, nessa cerimônia que tem também o objetivo de abafar os sucessivos escândalos, o relaxa e goza, o top top, a decisão do STF acolhendo o processo dos próceres do PT e do governo, como o ex-ministro José Dirceu, protegido várias vezes pelo atual ministro da Defesa, quando se encontrava na elevada Corte da Justiça, vocifera que nenhum militar vai reagir e SE REAGIR, VAI TER A RESPOSTA!!! Ameaça maior não pode existir.

E não é uma ameaça isolada, quando o presidente dias atrás diz que não desestabilizem a democracia, pois que ninguém mais do que ele detém o poder de colocar gente na rua.

O governo rompeu com a anistia e ameaça os militares de colocá-los de joelhos.

Só com muita covardia dos seus pares isso ocorrerá e não foi assim que aprendemos a defender a Pátria.

O governo que aí está solapa a cada dia as instituições consagradas e assim representa o grande perigo para a estabilidade interna, os princípios democráticos e a permanência do Brasil em patamar elevado no concerto das Nações.

3. PRENDO E ARREBENTO

Por Maria Joseíta S Brilhante Ustra
30/08
http:///Produzido por http://www.averdadesufocada.com/

Foi muito concorrida a sessão no Palácio do Planalto, para o lançamento do livro “Direito à Memória e a Verdade“. Estavam lá: a cúpula do governo, esquerdistas de todas a correntes – marxistas-leninistas, trotskistas, fidelistas, chavistas e, principalmente, os revanchistas de plantão.
Apesar de termos recebido um disquete com o livro, dois dias antes, ainda não tivemos oportunidade de lê-lo. Não pretendemos fazer nenhum juízo precipitado, mas, pelo número de vítimas anunciado nos principais jornais - bem maior que os reclamados pelos grupos de esquerda - imaginamos que o livro seja uma edição aumentada do livro de Nilmário Miranda, Dos filhos desse solo, que analisa os pedidos de indenização dos familiares dos mortos e desaparecidos. Oportunamente, analisaremos caso a caso os fatos citados no livro que a Secretaria de Direitos Humanos produziu.

Tal secretaria é dirigida por Paulo de Tarso Vannuchi, que possui status de ministro e foi o grande mentor do “livro-documentário”.

Paulo de Tarso Vannuchi foi preso político entre 1971 e 1976. Trabalhou na equipe que realizou, sob sigilo, o projeto de pesquisa “Brasil Nunca Mais”. Co-fundador do Instituto Cajamar, instituição de nível superior, voltada para a formação de lideranças políticas e populares ( MST e similares), ao lado de Lula, Paulo Freire, Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Perseu Abramo e outros.
Não vimos, infelizmente, toda a cerimônia transmitida pela Net.

Perdemos o discurso de Paulo de Tarso Vannuchi e do representante dos familiares de mortos e desaparecidos.

Foram vários os discursos, alguns amenos, sem ódio, como o da senhora Elzita Santos de Santa Cruz Oliveira, que tem um filho desaparecido desde 1974 e que espera, segundo suas palavras, encontrar os restos mortais de Fernando Santa Cruz de Oliveira, para enterrá-lo condignamente. Sou mãe e me emocionei, profundamente, ao ver uma senhora de 94 anos dizer que seu sonho é antes de morrer encontrar os despojos de seu filho e enterrá-lo. Sei que seu sonho maior, acalentado por muito tempo, era que o filho voltasse vivo para casa.

Outros discursos, como o do Presidente Lula, que, por promover uma cerimônia desse tipo, no Palácio do Planalto, me pareceu não ter muita coisa a dizer.

O que me surpreendeu nessa cerimônia foi o discurso do Ministro da Defesa, Sr Nelson Jobim - arrogante, como sempre, com poses ensaiadas, que lembram um Collor mais velho - ao afirmar que “As Forças Armadas brasileiras recebem este ato como natural “.

Que sabe o senhor Nelson Jobim dos sentimentos das Forças Armadas? Será que a ausência dos três Comandantes em chefe das Forças Armadas não significa nada? Pensa ele, ao afirmar que o “Comandante das FFAA sou eu", que pela sua agressividade, seu marketing pessoal ao usar uma farda camuflada de general de quatro estrelas, ter conseguido incutir, em tão pouco tempo, na cabeça dos militares, tão espezinhados, suas idéias? Ele não conhece nem a essência do seu cargo, uma vez que o "Comandante da Forças Armadas" não é ele e, sim, o Presidente da República.

Não. Ele não está tão seguro de que os militares receberam esse ato como absolutamente natural.

Se estivesse seguro do que disse, não teria declarado, em alto e bom tom, como faz sempre, que ninguém reagiria e que “se alguém reagir, vai ter resposta”.
Criticam tanto o regime militar. Jobim, entretanto, por suas ameaças, lembrou muito o General Figueiredo, que disse, quando Presidente da República, para quem fosse contra a abertura democrática: Eu prendo e arrebento.

Para quem não sabe ou não se lembra, o General Figueiredo foi quem assinou a Lei da Anistia.

Pelo visto, Nélson Jobim, além de ter-se apossado da condição de "Comandante", parece ter ambições maiores...
4. CINISMO NO LANÇAMENTO DO LIVRO

doc nº 97 - 2007
GRUPO GUARARAPES - Fortaleza.

Ontem, 29 de agosto de 2007, o Palácio do Planalto se engalanou para produzir uma péssima peça de teatro, onde o burlesco aflorou.

Sentado no trono, o ALI BÁBÁ, chefe da quadrilha dos 40 ladrões, denunciada pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, procurava mostrar uma satisfação, quando a sua fisionomia externava apenas a falsidade de sua presença.

Em outro lugar, um ministro leninista, comunista e gransmicista derramava lágrimas falsas. Perto dele um punhado de gente que acusava o período dos mais sérios governos que o Brasil já teve. Esqueceram que, traiçoeiramente, mataram seus amigos e inimigos, inocentes, militares, policiais, jornalistas, roubaram, seqüestraram, jogaram bombas, assaltaram em nome da “DEMOCRACIA” quando queriam implantar uma ditadura do proletário. Não se viu, presente as FORÇAS ARMADAS, no teatro burlesco. Aí o GRANDE TEATRO DO CINISMO.

No último ato aparece, o atual ministro da defesa, gritando, ameaçando prender e arrombar quem pensar diferente do governo. Não é a primeira vez que assim procede. Pensa que comandar é gritar. Ele precisa saber que se comanda pelo o exemplo e não com gritos. Este negócio de demonstração de ser macho não resolve. Há, sempre, a possibilidade de aparecer um macho e meio.

O exemplo dele é péssimo e já deveria ter sido preso e afastado da vida pública por ter falsificado a CONSTITUIÇÃO DE SEU PAÍS. O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL já deveria o ter colocado na cadeia por tal crime. SÓ NUM PAÍS DE ALI BÁBÁ E QUARENTA LADRÕES é que um cidadão falsificador da CARTA MAGMA ainda quer falar grosso. Aprenda de uma vez por todas:

NAS FORÇAS ARMADAS NÃO SE TEM MEDO DE GRITO NEM DE FALSIFICADOR DE CONSTITUIÇÃO.

MANDE COLOCAR NA SUA MESA:

“ UM CHEFE NUNCA SE ENGANA POR EXCESSO DE BONDADE”
MARECHAL FOCH.

O CHEFE NÃO PODE SER PALHAÇO. Se não sabe quem é o MARACHAL FOCH pergunte ao seu auxiliar.

5. CORPORAÇÃO COMUNISTA

Geraldo Almendra
30/agosto/2007
DIA 7 DE SETEMBRO – UMA NAÇÃO DE LUTO

Foi decretada a impunidade dos presidentes civis que permitiram nos seus desgovernos o genocídio provocado pela corrupção do poder público.

Enfim o presidente encontrou um ministro com características pessoais que estão à altura dos seus sonhos de transformar o Brasil em uma sociedade controlada pelos dirigentes do foro de SP e pela burguesia socialista formada pelo petismo, com a conivência de uma elite civil e empresarial que aceitou ser comprada para entregar o país nas mãos dos comunistas em troca da vil exploração dos pagadores de impostos.

A clara, pública e serena ameaça de retaliação a oficiais das Forças Armadas, feita pelo ministro da “Justiça” no caso de reação – “não ficarão sem respostas” – aos sistemáticos revanchismos dos governos civis contra as Forças Armadas, manifestações de ódio acumuladas agora simbolizadas pelo relatório dos perseguidos pela ditadura – que não contém páginas sobre os militares brutalmente assassinados pelos terroristas –, é uma demonstração de que o governo entende que as Forças Armadas do país não mais representam qualquer ameaça ao domínio do Estado pela Corporação Comunista em que se transformou o poder público.

Os autores do relatório contra as Forças Armadas deviam ter vergonha na cara e fazer outro denunciado os milhares de assassinatos feitos por civis contra civis pobres ou inocentes de todas as idades que tiveram suas vidas ceifadas nas ruas, nas prisões e nos guetos onde foram jogados por uma canalha pública corporativista e corrupta, com a omissão e o consentimento dos desgovernos civis.

A “democracia” da hipocrisia, das mentiras, da manipulação dos ignorantes, e das patifarias dos calhordas, de uma sociedade controlada por um Estado corrupto, prevaricador e corporativista sórdido, chegou ao seu ponto culminante, em que os podres Poderes da República freqüentam as páginas dos jornais com escândalos de corrupção e prevaricação ostensivos, mas não mais se sentem ameaçados por qualquer tipo de reação da sociedade, nem mesmo das Forças Armadas, constitucionalmente responsáveis pela manutenção da integridade moral e ética da Nação.

Para os cidadãos comuns o silêncio dos militares em relação à frase do ministro – demonstração de força absolutamente desnecessária e provocativa – de que haverá a “devida resposta” no caso de atitudes de contrariedade das Forças Armadas em relação ao relatório, representa, diante do momento em que estamos vivendo, uma derrota definitiva dos nossos sonhos de justiça social; teremos que aceitar que a partir de agora, ou nos filiamos ao petismo, e passamos a pactuar com todo tipo de relação espúrio-corporativista pública ou privada, ou temos que calar a boca e parar de criticar o desgoverno, para não sermos perseguidos por um Estado que está com todos os instrumentos necessários para controlar os cidadãos de forma absoluta através de poderes policiais filiados ao petismo. O nazismo renasce na sua mutação petista.

O ministro apenas deveria ler novamente a história do terrorismo e das guerras de guerrilha que têm ceifado a vida de milhões de pessoas no mundo, tomando um pouco mais cuidado com suas demonstrações de valentia comuno-corporativista.

Neste momento, apenas uma curiosidade nos assalta: será que a Polícia Federal por ordem do Ministro da Justiça fará algumas daquelas mega-operações dentro dos quartéis para prender os militares insatisfeitos com a Corporação Comunista? Alguém paga para ver?

Diante deste absurdo cenário de ascensão do Estado Comunista você teria coragem de usar tarja de cor preta no seu braço no dia 7 de setembro?

Este é o nosso pedido para que todos os brasileiros honestos e que tenham ainda resquícios de coragem e patriotismo mandem um recado explícito a esse desgoverno socialista corrupto, decadente e corporativista sórdido, que está transformando os poderes públicos em uma Corporação Comunista controlada pelas “gangs dos quarenta” que vão brincar de gato e rato com os Tribunais Superiores até que chegue o dia do número 3 e fiquem livres, leves e soltos definitivamente, sob a liderança, sem mais constrangimentos, do Ali-Babá que nada sabe, nada viu e nada escutou.

Se não tivermos a força da cidadania para mostrar esse símbolo de nossa revolta – tarja de cor preta no braço no país inteiro no dia 7 de setembro – com a absurda prostituição política dos podres Poderes da República, e com o descalabro da corrupção e da impunidade, estaremos, conscientemente, jogando a toalha do nosso sonho de democracia para ser pisoteada pelos pés sujos dos comunistas que estão assumindo o controle dos poderes públicos.

Como vivemos em uma “democracia petista” se não usar tarja de cor preta use o nariz de palhaço para deixar claro que você está trabalhando cinco meses por ano para sustentar os calhordas do Circo do Retirante Pinóquio. Ou melhor, use os dois.

Diante da bravata de ameaça às Forças Armadas, este é o momento da parcela da sociedade organizada demonstrar que não vendeu sua integridade aos calhordas comunistas, e dizer chega!

A Corporação Comunista não pára de crescer, sendo os poderes públicos infiltrados com milhares de brasileiros que estão aceitando servirem de cúmplices ativos ou passivos para que o socialismo decadente domine as relações sociais públicas e privadas no país.

A Corporação Comunista está ficando sem controle diante da covardia da sociedade em aceitar passivamente que o espírito de Lênin renasça em nosso país dentro do corpo de um homem que está destilando todo o seu ódio contra a democracia após mentir mais de duas décadas sobre suas reais intenções ao chegar ao poder.

A maior lição que estamos tendo com os governos civis, que já provocaram um genocídio no país com o desvio do dinheiro público destinado à segurança pública, à educação, ao saneamento básico e a construção da infra-estrutura econômica que o país precisa, é que o caldo cultural da sociedade civil, durante os governos civis, se formou pela mais calhorda mistura de degradação dos valores éticos e morais que se pode imaginar.

Nossa passividade com a tomada do poder pela Corporação Comunista do PT nos qualifica como uma sociedade prostituta, corrupta e covarde.

Pobres dos nossos filhos que terão que viver no país que estamos permitindo que seja tomado pelas “gangs dos quarenta” ou seus cúmplices ativos e passivos, que já espezinham sem o menor constrangimento as nossas Forças Armadas fazendo ameaças públicas para manter as mesmas debaixo do guarda-chuva do corporativismo público privado mais corrupto e mais sórdido.

6. ARTIFÍCIO PARA DISTORCER A HISTORIA

Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Terrorismo Nunca Mais

Por razões que não cabem aqui declinar fui, praticamente, obrigado a ler, rapidamente, na noite do dia 28 para o dia 29 de agosto, o livro Direito à Memória e à Verdade, já que na tarde do mesmo dia 29 este seria divulgado no Palácio do Planalto. Por falta de tempo, tenho que reconhecer que o li superficialmente. Mas que decepção! De novo, somente o aumento da impostura e dos artifícios para distorcer a história. Total hipocrisia ou embuste! Mesmo conhecendo bem o perfil da maioria dos comunistas – toda regra tem exceção – desta vez me enganei já que estaríamos diante de um documento elaborado com o apoio do governo brasileiro e, portanto, por ele referendado. Esperava dados mais positivos e comprovados. No entanto, depois do que li, não sei se fico pesaroso pelo Brasil ou enojado.

Trata-se de um livro oficial, já que foi elaborado pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, presidida pelo advogado Marco Antônio Rodrigues Barbosa e editado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, sob a gestão do Ministro Paulo Vannuchi. Porém, lamentavelmente, não é mais do que a publicação da obra Brasil Nunca Mais, assinada pelo cardeal Dom Evaristo Arns, hoje arcebispo emérito de São Paulo e pelo reverendo Jaime Wright. Obra que foi pesquisada nos arquivos do STM, de onde foram retiradas apenas as denúncias de maus tratos sofridos por ex-presos políticos nos “porões da ditadura”. Denúncias feitas na auditoria militar, por ocasião do julgamento, na maioria das vezes, sem comprovação e com a finalidade de se justificarem de possíveis delações. Salvo melhor juízo pareceu-me uma nova versão da obra do ex-secretário da mesma pasta Nilmário Miranda que, juntamente, com o jornalista Carlos Tibúrcio, escreveram o livro Dos filhos deste solo. Não existem grandes diferenças entre elas. As semelhanças são grandes e bem caracterizam as intenções dos autores – o revanchismo e a desmoralização das ações das Forças Legais e dos governos da Contra- Revolução.

Trata-se de uma obra escrita sem nenhum cuidado, exceto o de buscar destacar as mesmas mentiras, dentro do raciocínio de que uma mentira repetida várias vezes acaba tornando-se verdade. Apenas para exemplificar, na página 37, os autores afirmam que o Gen. de Divisão Tamoyo Pereira das Neves foi Chefe de Gabinete do Gen. Alberto Cardoso no Gabinete de Segurança Institucional o que não é verdadeiro. Na verdade o Gen. Tamoyo foi Chefe de Gabinete do Ministro do Exército Gen. de Exército Tinoco. Na página 40 aparece uma fotografia de um carro metralhado com um morto no seu interior com a legenda abaixo:”Lamarca morto em São Paulo em 1971”. Até imaginei que a Comissão não soubesse que Lamarca havia morrido no interior da Bahia. No entanto, na página 179, constatei que nela estava a versão correta a respeito da morte deste, que, possivelmente, tenha sido o maior traidor da Pátria e que hoje é tido como herói.

O livro – relatório dedica grande espaço a Guerrilha do Araguaia, onde distorções são observadas com muita freqüência. O fato de darem muita atenção ao relatório Ângelo Arroyo e afirmarem que existe o relatório do “velho Mário” – Maurício Grabois-, mas que, até a presente data, não tinham conhecimento sobre o mesmo, é inconcebível. Ora, não leram o livro Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada, no qual não só constam os três relatórios elaborados pela cúpula da guerrilha e por mim comentados, como também o outro de minha autoria : Guerrilha do Araguaia – Revanchismo – A Grande Verdade? E se leram não levaram em conta o que neles está escrito? Ou só vale para a Comissão os depoimentos de ex-militantes, ex-subversivos e ex-guerrilheiros?

Há que entender que ninguém é contra a verdade. O que sempre será combatida é a “mentira dos vencidos”. Quem foi preso e realmente sofreu, comprovadamente, maus tratos tem que ser reparado pelo Estado.

Dizem que o livro apresenta o perfil das vítimas dos “ porões da ditadura” , mas omitem nesses perfis os crimes que a maioria deles cometeu: luta armada, atentados a bomba, seqüestros, “justiçamentos”, de delegado, civis, militares estrangeiros e até de companheiros de organização. Mas sobre isso, de maneira proposital o livro não fala. Porque não relacionar também todos os mortos pelas esquerdas em seus atos de desatino?

Será que as famílias desses mortos não têm sentimentos iguais aos dos familiares dos mortos pranteados pela esquerda?

Quem pegou em armas o fez consciente do que estava fazendo, ou seja, que estava atentando contra as leis vigentes do País, com o objetivo de derrubar o governo constituído e implantar no Brasil a ditadura do proletariado. Então não sejam hipócritas. Foi uma opção. Pegaram em armas, combateram e os que morreram, pagaram o preço pelas suas opções.. Quem sempre esteve e está atualmente na Secretaria de Direitos Humanos? Quem foram e quem são seus atuais componentes? Quem é o Sr. Paulo de Tarso Vannuchi? O que ele já fez na vida? Paulo Vannuchi foi militante da ALN, uma das mais violentas organizações terroristas, foi preso político entre 1971 e 1976. Trabalhou na equipe que realizou, sob sigilo, o projeto de pesquisa “Brasil Nunca Mais”. Foi co-fundador do Instituto Cajamar, instituição de nível superior, voltada para a formação de lideranças políticas e populares ( MST e similares), juntamente com Lula, Paulo Freire, Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Perseu Abramo e outros. Não se pode esperar nada de imparcialidade!....

São raros, melhor dizendo, raríssimos, os que reconhecem o que foi realmente a luta armada. Um deles é o Sr. Daniel Aarão Reis, 55 anos, ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor do livro Ditadura Militar, Esquerda e Sociedade. Aderiu a Luta Armada, esteve preso, era considerado terrorista, foi banido, continuou militando no MR-8, no Chile até 1973. Afirma ele em entrevista: “As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitigadas. Nem para um lado nem para o outro. Não compartilho a lenda de que no fim dos anos 1960 e no início de 1970( inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial, Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentam como instrumento da resistência democrática”.

Resumindo: o livro- relatório é mais uma falácia de parte da nossa esquerda tupiniquim e o dia 29 de agosto de 2007, foi o dia do orgasmo geral das esquerdas no poder, com o total apoio do Sr. Presidente da República. Este processo da indústria das indenizações vai prosseguir por ser altamente lucrativo para aqueles que outrora ensangüentaram o País por intermédio da luta armada e agora sugam seu sangue por intermédio do lucro facilitado, usurpando o dinheiro do imposto do contribuinte. Como não poderia deixar de ser a culpa de tudo é da “ditadura militar” e o alvo principal são as Forças Armadas. A memória do livro é seletiva pois só faz parte dele o que interessa aos que aderiram a luta armada do passado. Só é verdade o que eles entendem como tal. Um apóia o outro, confirma a versão do companheiro de ideologia.. Todos comprometidos com a causa O resto é conversa para boi dormir. Até quando será assim é a pergunta que fica no ar para aqueles que não podem servir ao governo porque têm o dever de servir a Pátria.

7. AMPLA, GERAL E IRRESTRITA

Demóstenes Torres
Pocurador de Justiça e senador (DEM-GO)

Durante o regime de 1964, os militares ganharam a guerra da luta armada, mas perderam a batalha para a sabedoria convencional. Assim como na Guerra Civil Espanhola, a verdade ficou ao lado dos perdedores. Assentados no poder desde a transição democrática, eles tiveram um grande momento na Era FHC e no governo Lula chegaram ao topo da cadeia alimentar. Do alto das prerrogativas discricionárias que só um grande cargo comissionado pode conferir, decidiram partir para o exaurimento do revanchismo e revogar o espírito de reconciliação da Lei de Anistia de 1979. Amanhã, a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República lança um documento que, a pretexto de reconhecer a circunstância da morte dos desaparecidos políticos, tenta alterar o caráter amplo, geral e irrestrito que acabou por consagrar a anistia. Ao fazê-lo, pensam como os ex-integrantes do regime militar que trabalharam contra a abertura política.

De propósito, muita gente se esquece do imensurável valor histórico da anistia de 1979. O benefício – a princípio vedado a quem cometeu crime de terrorismo ou assemelhado – significou esquecimento e foi de um enorme avanço institucional, uma vez que abriu a porta do Estado brasileiro para o abrandamento da censura, permitiu o estabelecimento do multipartidarismo, precipitou o fim da Lei de Segurança Nacional e incrementou a redemocratização. Como ato político, promoveu um dos mais fantásticos encontros do Brasil com seus cidadãos exilados, banidos ou com os direitos cassados, além de ter sacramentado a liberdade. Além do irmão do Henfil, vieram Arraes, Brizola, Marcio Moreira Alves e tantos outros entre cinco mil brasileiros que não tinham o direito de viver por aqui.

De forma canhestra, o caráter de esquecimento, que foi benéfico à evolução democrática quase três décadas atrás, agora não interessa mais aos revanchistas. Argumentam que a anistia pode ser revista para punir os ex-integrantes do regime militar sob a alegação de que o ato foi outorgado por um regime espúrio e de exceção, quando, na verdade, foi um termo negociado entres os militares que comandavam a distensão e os oposicionistas alojados no antigo MDB, com a anuência do Comitê Nacional de Anistia. Aquela foi uma anistia possível que acabou por crescer e se tornar irrestrita. Os dois lados foram indistintamente anistiados. Os militares preferiram submergir até por entenderem que o tempo deles havia passado.

Os que enfrentaram a ditadura, ao contrário, ascenderam ao poder e, no governo FHC, puseram para funcionar pernicioso processo de vitimização para alimentar indústria indenizatória. Ao voltar a irrigar o ódio, a Secretaria Especial de Direitos Humanos está a patrocinar nova onda de ressarcimentos e ainda quebrar a segurança jurídica da Lei de Anistia em forma de caça às bruxas. Vejam que barafunda. Documento de uma Secretaria da Presidência da República, a ser apresentado ao País em solenidade com a presença do primeiro mandatário, vai pedir esclarecimentos às Forças Armadas sobre os mortos e desaparecidos. E quem é o comandante supremo do Exército, da Marinha e da Aeronáutica? Naturalmente que o próprio presidente Lula, que deveria repreender o subordinado por tamanha patuscada.

O pior de tudo que li a respeito do tal documento é a menção de que autoridades militares do período perderiam o benefício da anistia por estarem a incorrer em “crime continuado” em razão da ocultação dos cadáveres dos desaparecidos. Daí, poderiam ser levados às galés. Trata-se de uma burrice exegética especificamente destinada a promover demagogia revanchista e cujo valor doutrinário qualquer calouro de direito é capaz de contestar com a propriedade de bacharel. A revisão dos efeitos da Lei de Anistia tem cara de ciúme retroativo e atende aos interesses de casmurros estabelecidos que pretendem fazer da democracia instrumento eficaz de realização da vindita. A esquerda há 28 anos exigia anistia ampla, geral e irrestrita. Muito bem, temos a honra de ostentar que há quase três décadas não há mais presos políticos no Brasil. O PT não pensa assim e acha que pode rasgar a lei que abriu o caminho da liberdade. Deveriam estudar Direito Penal.

8. REVANCHISMO E MITOLOGIA ESQUERDOPATA QUEREM REVER LEI DA ANISTIA

por Reinaldo Azevedo
"Está previsto para hoje, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula, ex-preso político, e de vários ministros, o lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade", cujas páginas registram o perfil dos mortos e desaparecidos sob a ditadura militar brasileira. A obra resulta de cuidadoso trabalho da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, presidida pelo advogado Marco Antônio Rodrigues Barbosa. Editada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República nesta gestão do ministro Paulo Vannuchi, é, com certeza, o mais importante documento histórico sobre os anos de chumbo desde a publicação de "Brasil: Nunca Mais", assinado pelo cardeal d. Paulo Evaristo Arns, hoje arcebispo emérito de São Paulo, e o reverendo Jaime Wright."

Assim começa Frei Betto o seu artigo na Folha desta quarta. Opinião é como intestino: todo mundo tem. E a democracia, onde há democracia ( não é o caso da Cuba de Fidel Castro... e de Betto ), garante a sua expressão, o que é ótimo para o regime de liberdades públicas, mas nem sempre a verdade sai ganhando. Tá bom. Podemos pagar o preço de uma impostura ou outra para ter um regime democrático. Mas elas precisam ser denunciadas.

Pedem-me que comente a iniciativa da Secretaria Nacional de Direitos Humanos de publicar o tal livro, mais um, com o relato dos horrores da tortura durante o Regime Militar. É coisa do secretário Paulo Vannuchi. Um anterior, Nilmário Miranda, tem a sua própria obra a respeito: Dos Filhos Deste Solo, em parceria com o jornalista Carlos Tibúrcio. Quem sabe o próximo se dedique à mesma iniciativa... Vejam só: se há fato histórico em que a versão vitoriosa é a dos vencidos, é este. A esquerda perdeu a batalha, mas ganhou a guerra de propaganda. Escrevi um artigo sobre isso na extinta Primeira Leitura. Neste blog, tratei do assunto no dia 18 de julho do ano passado. Esta tese é minha. No caso do golpe militar de 1964, até agora, só os vencidos deram a sua versão porque amparados, olhem que coisa!, em sua suposta superioridade moral.

É o habitual

Eu vinha evitando o assunto porque já escrevi muito a respeito. Se vocês acessarem o Google e botarem lá palavras-chave como "Reinaldo Azevedo indenização pensão esquerda terrorismo", verão quantas vezes já escrevi a respeito dessa história.

Quem, comprovadamente preso, foi vítima de maus tratos tem mesmo de ser indenizado - ou alguém da família no caso de morte. Quem optou pela luta armada ou pelo terrorismo (em suma: deliberadamente, pegou em armas para derrubar o governo) fez uma escolha consciente. Se morreu na batalha, pagou o preço de uma opção.

Poderia ter matado. E alguns mataram. E também não sou sensível à falácia de que a guerrilha e o terror eram a última saída. Não eram. Ou seria preciso abolir todas as outras formas de resistência que houve. Mais: essa hipótese se sustenta em outra mentira, combinada com a anterior: a decisão de promover a luta armada seria posterior à decretação do AI-5. Foi anterior.

Ora, qual é o sentido de se fazer um novo livro sobre os mortos, carregando agora, mais do que antes, na descrição dos horrores a que teriam sido submetidos? E fazê-lo com patrocínio oficial, quando o estado brasileiro já admitiu, como ente legal, as suas culpas, pagando uma indenização bilionária?

Sim, o que Frei Betto e seus serviçais na mídia escondem é que as indenizações às "vítimas" do Regime Militar já custaram R$ 3,5 bilhões aos cofres públicos. A cada mês, as pensões somam outros R$ 28 milhões. Eles quiseram implantar o comunismo no Brasil, e nós pagamos o pato. Já foram concedidas 17 mil reparações, 13 mil foram rejeitadas, e ainda há outras 30 mil na fila.

Lula, que Frei Betto chama de "preso político" (este apoiador de Fidel Castro não tem mesmo nenhum senso de ridículo), é um dos pensionistas. No mundo inteiro, é verdade, os "vencidos" de carteirinha lutam para contar a sua versão dos fatos. Só que, no Brasil, eles decidiram passar primeiro no caixa. Parênteses: o discurso da "versão dos vencidos", com que se tenta enobrecer o livro, seria um argumento muito interessante num tribunal. Não é legítimo supor que, uma vez "vencidos", usam a sua narrativa extremada como mais uma arma contra o inimigo, agora a retórica - quiçá a imaginação?

Lei de Anistia
A Lei de Anistia é de 1979. Qual foi o seu sentido? Justamente eliminar esse discurso de "vencidos" e "vencedores" e impedir, para usar uma expressão da época, o afloramento do "revanchismo". A maioria das correntes de esquerda, diga-se de passagem, endossou essa perspectiva. E notem bem: não faltou, na linha dura militar, quem alertasse para o fato de que a lei seria apenas o primeiro passo da revanche, que viria mais cedo ou mais tarde. Tais setores argumentavam - e não sem razão - que, estivessem invertidos os papéis, e as esquerdas não lhes dariam a chance do perdão. A julgar pela experiência histórica do comunismo, viria mesmo é o paredão para os que então estavam no poder e para milhões de outros brasileiros.

O livro a ser lançado hoje cita 475 casos. O de Nilmário, 424. Não li o de agora. O outro era bastante generoso nos critérios para atribuir mortos e desaparecidos ao Regime Militar. Nem sempre a vinculação fica clara. Seja um número ou outro, Fidel Castro, o guia moral de Frei Betto, riria da brandura da ditadura brasileira. O que eu acho? Uma barbaridade, é óbvio. Com uma diferença: eu deploro as duas ditaduras; Betto, apenas uma.

Resistindo à linha dura, felizmente prosperou a corrente que propugnava em favor da abertura política, e o país pôde, então, caminhar para a conciliação e para uma transição pacífica do Regime Militar para a democracia. Reavivar agora aquelas contendas serve a quais interesses? Se o governo Lula patrocina um livro como esse, embalado por forte propaganda, poderia muito bem ter atuado, por meio da comissão que cuida do assunto, para tentar localizar corpos que ainda não tenham sido encontrados. Em vez da eficácia, busca-se, no entanto, a propaganda. E os promotores de tal iniciativa mal escondem a intenção de levar os anistiados "do outro lado" para o banco dos réus.

Escreve Frei Betto: " A nação, entretanto, tem o direito de resgatar a sua memória e corrigir aberrações jurídicas como a "anistia recíproca" do governo Figueiredo. Inútil querer impedir que as famílias pranteiem seus mortos e clamem por seus entes queridos desaparecidos. E, a exemplo do Chile e da Argentina, o princípio elementar do direito exige que crimes, sobretudo aqueles cometidos em nome do Estado, sejam investigados, e seus responsáveis, punidos, para que a impunidade não prevaleça sobre a lei nem se perpetue como tributo histórico." Há, aí, dois truques sujos no que respeita à retórica e à história. "Resgatar a memória" - e os corpos - é uma coisa. Rever a "anistia recíproca" é que é uma aberração. Andaram bem, no passado, os que assaltaram bancos, promoveram o terrorismo, a guerrilha e também mataram? Até onde chega a paixão de Frei Betto pela revisão da história? O segundo truque é equiparar a ditadura militar brasileira à argentina ou à chilena. A primeira matou 30 mil pessoas; a outra, 3 mil - com populações muito menores do que a brasileira. Naqueles países, a ditadura deixou uma chaga social; no Brasil, felizmente, não. Ah, claro: por mil habitantes, o campeão em mortes, prisões e exílios é o ditador Fidel Castro, o amigo de Frei Betto.

Matou ou não?

Indagado pela revista Playboy se já matou alguém, José Dirceu não quis responder. Deixou para o futuro, para as suas memórias. Eu, por exemplo, posso dizer: nunca matei ninguém. É bem provável que quem me lê também não. E outras tantas figuras do governo e da base aliada que participaram da luta armada e de ações terroristas? Eles têm ou não as mãos sujas de sangue? Em alguns casos, é quase fatal supor que sim. Mataram em nome do quê? De uma causa? A causa do comunismo era moralmente superior à do combate ao comunismo? Ou terão a cara-de-pau de dizer que seus assassinatos ajudaram a construir o regime democrático no Brasil?

Os "vencidos" já venceram e já contaram a história do seu jeito. Partidários óbvios de um regime facinoroso, estão por aí fazendo as vezes de combatentes da liberdade. O livro é só uma peça a mais no proselitismo vitimista, que busca ajustar contas com o passado. E que governo o promove? Um capaz de se meter numa conspirata - não com um, mas com dois ditadores (os amigos de Betto) - para devolver dois pobres pugilistas a uma tirania; a tirania que os "heróis" de si mesmos, sem qualquer apoio popular, queriam implantar no Brasil.

Finalmente...

A democracia no Brasil não morreu em 1964 porque a direita deu um golpe. Morreu porque não havia quem a defendesse, de lado nenhum. Um governante responsável não teria promovido ele próprio a subversão, como fez João Goulart, incentivado pelos nacionalistas bocós e pelos bolcheviques tupiniquis, que imaginavam que ele pudesse ser o seu Kerensky. Não podia. Era ainda mais idiota. Deu no que deu.

O Brasil não merece reabrir uma ferida porque um populista vulgar decidiu dar as mãos a meia-dúzia de "vencidos-vencedores" que não conseguem nem superar nem se livrar de suas próprias obsessões.

9. PUNIR TORTURAS, ABRIR ARQUIVOS

Aimar Baptista da Silva
Articulista, professor e coronel Ref. do EB
Santos/SP, agosto de 2006.

O artigo escrito pelo “camarada” frei Betto, com o título supra (Folha de São Paulo, 18/07/06) é um primor de canalhice e dissimulação, atributos comuns, aliás, à esmagadora maioria dos “bolcheniquins” (bolchevistas tupiniquins). Nele, o frade (é frade mesmo ou não passa de uma... falsidade ideológica?) comemora a criação, pelo “analfafa-mor”, de um... “Comitê (!) Nacional para Prevenção e Controle da Tortura no Brasil”. Fazendo uma ressalva: em vez de Controle seria preferível Combate. O dominicano passa, de reboque, um detalhe deveras importante: o seu presidente será um ex-preso e ex-torturado pela ditadura militar, primo, vejam só a coincidência, de um líder estudantil por ela torturado e assassinado (são palavras do... “fradim”!).

Em síntese, a missão do referido Comitê é colaborar com outras entidades na apuração de torturas e punição de torcionários. A mim me cheira como mais um caso de compensação para alguns “camaradas” em dificuldades financeiras ou derrotados eleitoralmente e vai por aí. Betto, porém, vai mais adiante, pretendendo conferir caráter retroativo às ações do referido Comitê (fedeu revanchismo!). Assim poderia, e esta a verdadeira intenção do irmão, investigar casos de tortura ocorridos durante o regime militar, identificando e punindo os... militares torturadores.. Intenção antiiiiiiga! Matreiramente justifica tal sugestão: seria atendido o direito da Nação de saber quem foi torturador e/ou assassino e quem não foi nem uma coisa nem outra, nem ao menos conivente com tão grave delito (palavras do frade!). E cobra do “companheiro presidente”, Luiz Inácio, como ex-preso político e atual “comandante supremo” das Forças Armadas, a ordem para a abertura dos arquivos da... repressão, a exemplo de outros países do Cone Sul E ressalva: não por revide (!), mas por questão de justiça para com as vítimas, seus familiares e até mesmo, ora vejam, as Forças Armadas.

O safado, entretanto, não revela nem a condição, nem a intenção dos torturados. Corrijo essas falhas: subversivos, terroristas, guerrilheiros, traidores, enfim, sabujos do “movimento comunista internacional”, a cujos “cartolas” pretendiam entregar o povo brasileiro de mãos e pés atados. O “Christo” apela para uma comoção popular, equivocada, ao delatar a prática sistemática da tortura no Brasil, da qual as vítimas preferenciais seriam as pessoas pobres suspeitas de delitos. E indica o caminho para acabar com ela: “a extirpação do medo de denunciar atrocidades cometidas em nome do Estado e da lei”, bem como “a sensibilização (melhor diria cooptação!) de jornalistas, advogados e juízes para a gravidade do crime”. Também omite, certamente não por desconhecimento nem esquecimento, as prescrições da chamada “Lei da Anistia”. Afinal, a contragosto dos “comunas”, dita lei tem duas mãos.

O tinhoso não tem o mínimo escrúpulo em citar Santo Agostinho e São Tomás, destacados doutores da Igreja Católica, para reforçar, a posteriori, o seu repúdio pessoal à tortura. D. Libânio refere-se, também, à reutilização dos métodos nazistas os quais julgara “aposentados”, misturando-os com as atrocidades cometidas pela Inquisição, estas, no seu dizer “inconformado”, abençoadas e justificadas por alguns papas e teólogos. Na verdade, o tema serve de pretexto para Carlos Alberto praticar sua “ginástica mental” preferida: “cair de pau” na... ditadura militar, quando (palavras do irmão, não textuais!) a tortura “comeu solta” no Brasil, numa intensidade encontrada apenas durante o regime escravagista. No fundo, no fundo, quer mostrá-las como páginas negras da nossa História. Remota e recente! Achaques comuns a todos os “comunas”!

Valendo-se dos conhecimentos do seu camarada Hélio Pellegrino, o irmão de São Domingos (o santo me perdoe tal relação!) aponta como objetivo principal da tortura a dissociação entre corpo e mente, implicando negação total e totalitária da pessoa, enquanto ser encarnado (corretíssimo, pois só pode ser “ser encarnado”: nunca se viu um “ser desencarnado” ser submetido à tortura!). Por fim, Betto (apud Pellegrino) atinge o ponto central de toda sua argumentação: “O centro da pessoa é a liberdade” (descobriu a roda!). O “camarada” frei até poderia ter razão se, como dele já disse o “camarada” Gorender, não preferisse a meia verdade, igual à meia falsidade (daí se anularem!). Assim, o “Christo” trabalha com dois pesos e três medidas: combate todo tipo de ditadura exceto a ditadura comunista à qual está visceral e irreversivelmente ligado por obra e graça do marxismo-cristão (nessa ordem!), a “boa nova”, o “evangelho vermelho” da “teologia da... libertação”.

Atrocidade por atrocidade, D. Libânio deveria, com a isenção de ânimo esperada de todo... intelectual, colocar nazismo e comunismo num mesmo plano. Aliás, o marxismo-leninismo merece ser colocado em plano superior, no “altar-mor da tortura” e o “irmão” Carlos Alberto, se for inteligente, sabe muito bem disso Afinal, o nazismo, apesar dos esforços de Hitler e sua claque, não chegou nem perto do comunismo. Os “camaradas” torcionários (soviéticos, maoístas, “polpotistas”,... e fidelistas!) foram insuperáveis nesse campo. Os métodos por eles criados e aplicados, com extremo zelo e rigor, são incomparáveis; os bolchevistas são pós-graduados no setor (desconhecerá, o “irmão”, as “técnicas” de lavagem cerebral, tão utilizadas pelos “comunas”?).. Comparando ambos os métodos a conclusão só pode ser uma: perto da... “performance” dos “camaradas”, os nazistas, apesar dos pesares, não passaram de ... vestibulandos. E, nesses mesmos termos, a ditadura militar no Brasil não chegou a ultrapassar a primeira infância. Apesar das estatísticas deliberadamente confusas, exageradas e tendenciosas apresentadas pelos bolcheniquins (os fins justificam os meios, “né”?) e de umas quantas “ressurreições”!

Como todo e qualquer “comuna”, dos “cartolas” aos “pés-de-chinelo”, Betto não tem a mínima dificuldade em mentir, omitindo ou distorcendo a realidade. Com incríveis facilidade e desfaçatez, explica o inexplicável, justifica o injustificável, até mesmo quando, com mestria e sem paradoxo, diga-se de passagem, os omite. Tudo conforme os desígnios do marxismo... cristão e/ou as determinações e interesses de seus superiores no “apparat” bolcheniquim. Nesse “jogo” o irmão é ficha pequena: não passa de um “papagaio de pirata”, uma “estação repetidora”, um “estafeta” das palavras de ordem dos “camaradas” do Comitê Central e/ou da Cúria “progressista”. E por não poder raciocinar, opinar e agir com independência perdeu o seu centro, ou seja, a sua liberdade. Transformou-se, assim, num dos arautos da opacidade, da mentira, da falta de ética,..., enfim, da canalhice político-ideológica dos bolchevistas em geral e dos bolcheniquins em particular. A prova disso está na entrevista concedida à revista VEJA (“Deus, Lula e Fidel”, 18/12/2002): “Durante doze anos, assessorei vários governos socialistas em suas relações com a Igreja, na qualidade de um religioso bem informado sobre o mundo do marxismo e convencido da possibilidade de haver uma relação harmoniosa entre a Igreja e o Estado (comunista!)”.

É verdade: o (ex?) diretor da revista América Libre sempre foi o principal interlocutor entre o... “Patriarca da Pátria Grande” (Fidel Castro, segundo Casaldáliga), o Fórum de São Paulo e a Teologia da Libertação. Mantendo, aliás, a tradição dessa assessoria originada no final dos anos 60, quando ele e outros irmãos dominicanos (alguns deles estrangeiros!) estavam estreitamente ligados à “Ação Libertadora Nacional” (ALN), grupo comuno-terrorista do guerrilheiro Carlos Marighella. Presos, nessa época, pela... “ditadura” os “camaradas frades” foram cristãmente defendidos, por Paulo Evaristo, Cardeal Arns (indulgência plenária?).

Ora, como não fazia, nem nunca fez, parte do “staff” do Vaticano, o “irmão” estava mesmo era a serviço dos “camaradas” governantes de alguns paraísos vermelhos, como o já citado Fidel. E essa “relação harmoniosa” (melhor seria perigosa... para a Igreja!), ansiada pelo frei, constituía-se, e ainda se constitui, por si mesma, numa mentira descomunal, especialmente se levarmos em conta uma das máximas fundamentais do marxismo-leninismo: “A religião é o suspiro da criatura oprimida pela infelicidade, a alma de um mundo sem coração, o espírito de uma época sem espírito. É o ópio do povo (das Opium des Volks)”. Vaidoso em bem entender o mundo do marxismo, (bem diz o brocardo: “o marxismo é o ópio dos intelectuais”!), o dominicano certamente desconhece as palavras de Paulo VI (Encíclica Ecclesiam Suam) “condenando os sistemas ideológicos negadores de Deus e opressores da Igreja, sistemas muitas vezes identificados com regimes econômicos, sociais e políticos, e entre eles, em especial, o comunismo ateu”: E pulveriza os irmãos “camaradas”: “Só quem é de todo fiel à doutrina de Cristo, pode ser apóstolo eficaz. E só quem vive em plenitude a vocação cristã pode imunizar-se da contaminação provocada pelo contato com o erro (comunista!)”.

A carapuça serve perfeitamente na cabeça do “camarada frei”! Escravo da ideologia marxista (e suas variantes), não tem chance nem de esboçar, como... cristão (afinal, o homem se diz ou é frade mesmo!), sua “mea culpa, mea máxima culpa”. Cairia em contradição com a doutrina maldita, a qual, certamente, exigir-lhe-ia, como militante, a “competente”, aterrorizante, humilhante, arrasadora mesmo, autocrítica. Assim, para não cair em desgraça, só lhe resta seguir o seu fadário sinistro. Tal é o carma dos socialistas (ou comunistas, pois “ejusdem furfuris”. Afinal, o P C do B não é o partido do socialismo? E então...?), condenados a ser zumbis ideológicos. Suas palavras são vãs, falsos os seus argumentos, embora carregados de forte apelo emocional e promocional. O artigo em questão é prova contundente disso: Betto enfia num mesmo saco a Inquisição, a escravatura, o nazismo, o abuso sexual contra crianças e a ditadura militar no Brasil, conferindo-lhes como traço comum a tortura, como expressão máxima da violência.

Com isso, o “camarada” Betto pretende submeter a ditadura militar e os militares à abominação popular Quer matar dois coelhos com meia paulada: desmoralizar a Instituição Militar e impedi-la, em razão disso, de reagir às futuras (Deus nos livre!) tentativas dos bolchevistas “pés-duros” de transformar o Brasil numa primeira e desgraçada “república das enxadas”. O artigo “Para onde vai a esquerda?” (“O Estado de São Paulo”, do jornalista Gaudêncio Torquato, professor da USP), nos fornece a explicação da estratégia dos “camaradas”, aí incluído Betto: “A violência como ‘parteira’ da História, dogma apregoado por Engels e consolidado na segunda metade do século 19, até tentou fazer escola entre nós, mas foi repelida pela ditadura militar” (não textuais). Trata-se, portanto, de um caso de agressão preventiva, nos moldes “bushianos”. Mas não “cola”! Da observação do professor Torquato pode-se tirar um fato positivo, tímido ainda, quase oculto: de uma forma, ou de outra, a mídia começa a mostrar os verdadeiros propósitos da... ditadura militar. A verdade começa a aparecer!

Qual enguia ideológica, o ex-assessor espiritual do “companheiro” Lula “, ideólogo e pastor da... “Igreja Popular” (!), ataca sua vítima ou presa e se esconde rapidamente em sua toca. Daí insistir na abertura de arquivos “clandestinos” (?) das Forças Armadas, relativos ao período do... regime militar. Arquivos já destruídos, conforme as Forças já o declararam à exaustão. O irmão, entretanto, não confia nas Forças (novidade!) e as acusa, por seus comandantes, de mentirosas. E vem com essa patacoada de querer “separar o joio do trigo”, imputando o ônus (da tortura!) a... “quem de direito”, livrando dele, como seria justo, quem nada teve a ver com tortura. É a tática do “quem é quem”, visando a identificar e punir os militares torcionários (!). Apesar da Lei da Anistia! E firma sua “autoridade” em fazer tal exigência, nos fatos primeiro de ser um ex-preso político, vale dizer, uma vítima da tortura (muito provavelmente “indenizado à larga!”). Segundo, por ser filho de uma família de militares (não informou postos nem graduações!), sendo, portanto, militar por... tabela. Pode? Primor de canalhice: D. Libânio quer se mostrar justo, magnânimo, conciliador, quando é, tão somente, falacioso (e põe falacioso nisso!)

Frei Betto, aliás, não inovou: de tempos em tempos a mídia comprada e/ou comprometida inunda as páginas, telas e alto-falantes da nossa (?) imprensa com matérias cuja tônica é exigir a tal abertura de arquivos. A justificativa apresentada para isso, chega às raias da cretinice ampla, geral e irrestrita, como no exemplo seguinte: “O desejo de uma parcela da sociedade de esclarecer episódios ocorridos no regime militar – durante o qual vigoraram a censura e a interdição das liberdades – denota apreço pelo passado histórico do País, não pode ser confundido com revanchismo”. Ora, se a intenção é preencher lacunas do nosso passado histórico, sejamos “isonômicos”: abram-se, também, os arquivos dos partidos comunistas, das organizações comuno-terroristas e dos militantes bolcheniquins. Não apenas os daqui, de dentro, mas, e principalmente, os do exterior (o jornalista William Waack poderia indicar os... caminhos!). Afinal, considerável parcela da nossa sociedade também ficaria muito satisfeita em saber quais eram (e ainda são!) os propósitos dos comunistas.

Carlos Alberto deixa transparecer, em verdadeira grandeza, e com prodígios de dissimulação explicita (não é um paradoxo?), sua postura socialista (comunista!) ao admitir “entender, e bem, o mundo do marxismo”. Aliás, o irmão vai mais longe: “Eu sou um cristão, mas (esse “mas” é definitivo!) sempre considerei importante o método de análise marxista. Sempre tive muita simpatia pelo marxismo, aprendi muito com Marx e continuo achando válido.”.

Betto parece ter aprendido mais com o marxismo e menos com o Evangelho. Não duvido de ter ele se convertido ao marxismo via leitura do Evangelho, como outros muitos “militantes”! Poucas pessoas, entretanto, captam a mensagem real e identificam a postura do “frade” através de suas “ligações perigosas” com governantes (Fidel Castro, p.ex.), partidos políticos de esquerda, seitas “religiosas” (v.g., Igreja “progressista”, embrião da... “Igreja Popular”!) e vai por aí. Se todos captassem a mensagem implícita ele perderia, num átimo, pelo menos 95% do seu público... alvo. Ficaria sem... massa de manobra!

Assim, o “Christo” (o “irmão dominicano”, não o Filho de Deus!) alinha-se entre os mais devotados (ou devotos?) militantes bolcheniquins, por intermédio da... ”teologia da... libertação”. Mas, convenhamos: se é um entendido do mundo marxista, não pode negar nem omitir o fato de “ser a esquerda, historicamente, uma contumaz (e costumeira!) assassina de liberdades e de homens”.Mais: deve entender profundamente de ameaças, chantagens, perseguições, prisões, expurgos, campos de concentração (gulags!), torturas, atentados, sabotagens, fuzilamentos, assassinatos, genocídios, terrorismo, guerrilha, guerra revolucionária e vai por aí. E não só entende como também, por não condená-las explicitamente, admite e justifica todas essas práticas abomináveis, todas essas violações dos direitos humanos, típicas de regimes comunistas, merecedoras do seu amplo, geral e irrestrito “Nihil Obstat” e respectivo “Imprimatur”!

Aí o motivo de a revista Catolicismo (“Circo, guerrilha e opinião pública”, Jul./1999) haver comentado: “Por detrás de todos esses movimentos (sociais, tipo... MST e congêneres!), sempre insuflando-os, sempre cobrando deles mais agressividade, mais força de impacto, (está) a chamada esquerda católica – Bispos, padres e leigos para os quais a Teologia da Libertação continua a fazer ferver o cérebro e a língua, à espera de uma efervescência das armas. Daí, por exemplo, o desejo sempre renovado de um Frei Betto de unificar toda essa agitação e balbúrdia numa só Central de Movimentos Populares (já existe!) forte o suficiente para levar de roldão toda a estrutura social brasileira. E junto a esta, de cambulhada, os ricos, a classe média, os pobres não-revoltados e mesmo a prática religiosa tradicional e os costumes ordeiros de nossa gente”. Vejamos o seguinte texto: “Pourtant, voilà que soudain s’exprimai au grand jour cette famille d’esprit catholique, celle de la ‘théologie de la libération’, représentée par des clercs et des prélats (et non des moindres), qui proclamaient leur adhésion aux analysis marxistes, parce que:... . Cette transformation radicale pouvair à l’occasion se faire par le recours aux armes et à la ‘violence légitime’ dês opprimés, car, estimaient ces prêtres, ‘la transformation nécessaire ne será jamais octroyée par la bienveillance des puissants e des dominateurs”. O texto de Catolicismo é de 1999, o texto em francês é de... 1979.

Já dizia o “kamarada” Konstantinov: “... a revolução (comunista!) não se realiza conservando o velho regime, mas destruindo-o e substituindo-o por outro, novo, quer dizer, transformando radicalmente o estado da sociedade”. A pergunta é: desejará a sociedade essa transformação, ou estarão os “comunas” projetando seus objetivos sobre a massa ignara, como forma de alcançar o poder absoluto? Bem observou Bárbara Ward: “O abismo entre a concepção comunista do mundo e o mundo como realmente é, alarga-se a cada dia. É um atoleiro, onde a Humanidade pode perder o pé e afogar-se”. Aliás, guardadas as devidas proporções, a observação de Bárbara poderia ter a seguinte formulação, por mim pinçada algures (Época, 13 Jun. 2005, “As alianças espúrias”!): “Ora, quem se mete em terreno pantanoso, onde podem estar 300 picaretas, corre o risco de se afundar num dos buracos cavados por eles” (não textuais). A citação de Lady Bárbara Ward Jackson é plena de autoridade, pois a escritora e ambientalista (radical!) inglesa é, ou era - não sei se já faleceu -, ligada à Teologia da Libertação através do Instituto Católico de Relações Internacionais de Londres, entidade coordenadora das atividades da “TL” em nível mundial. Direta ou indiretamente ligada ao “irmão”. Portanto, “gatos do mesmo balaio”!

O comunismo (socialismo), portanto, é a encarnação da mentira, da violência, da vilania, da opressão. Ele suprime a moral, eliminando “qualquer vínculo entre a consciência e a liberdade, qualquer ordem de valores, qualquer imperativo superior, qualquer condicionamento, qualquer responsabilidade, qualquer crença religiosa; rompe com toda espécie de hierarquia” Em síntese, divide e aliena o ser humano, visando a implantar a... “nova ordem”, ou “nova era”, ou seja, a tal da sociedade mais... justa e igualitária!Haverá maior demonstração de falta absoluta de ética?
Mas vejamos: “Ética deriva do grego ethos, usos e costumes adotados numa sociedade para evitar a barbárie e a vontade de um violar o direito de todos. Valor universal (válido, portanto, para toda a Humanidade) deve estar enraizado no coração humano (inclusive nos dos “camaradas”!)”. Trecho do artigo “Ética, mera questão de estética?”, inserido na revista Caros Amigos, Jul. 2006, de autoria de... Frei Betto Seria ético impor à sociedade brasileira um regime discricionário e anacrônico por ela indesejado? Retrógrados, como são, os “camaradas” bolcheniquins, aí incluído D. Libânio, ainda não sabem, mas “perderam o bonde da História”. Assim, sugiro-lhes, em especial ao “camarada frei”, meditar sobre as palavras proferidas pelo Papa João Paulo II, no Parlamento Italiano: “Como poderíamos apreciar, apoiar, defender nossas conquistas, se elas estiverem alienadas de qualquer conceito de verdade ou de aproximação da verdade?” (vide Gorender acima!).

Afinal, antes de exigir sejam abertos arquivos militares, Frei Betto tem muita coisa a contar!
10. O FORTALECIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS

Ives Gandra Martins
Professor de direito, advogado e escritor
JB ONLINE, 28Ago07

O fantástico aumento da arrecadação fiscal, no governo Lula, assim como o aumento dos custos com a mão-de-obra oficial - de 54,3% contra uma inflação de 37% - além do reajuste real da remuneração dos agentes públicos de 19,35% (contra apenas 0,5% do verificado no setor privado), estão a demonstrar que pagamos tributos, principalmente, para sustentar a adiposidade crescente dos governos federativos. Percebe-se, pois, que a democracia brasileira tem anticorpos contra a ditadura, mas não os têm, ainda, contra a sanha tributária, nem contra a malversação de recursos públicos.

Como mero cidadão, pertencente à classe não-governamental - integrada por aqueles a quem apenas é dado o direito de votar e, a partir daí, não mais influenciar, em nada, o processo político - não posso deixar de entristecer-me com a falta de civismo que tem caracterizado os "donos do poder", nos últimos tempos. Quase todos eles, em quase todas as esferas da Federação, estão apenas preocupados em detê-lo, a qualquer custo, dele auferindo estupendas benesses.

A carga tributária é enorme, em grande parte porque os tributos são destinados muito mais aos que empalmaram o governo, do que ao atendimento das necessidades do povo ou aos investimentos de que o país precisa, ao ponto de a inelástica lei de responsabilidade fiscal apresentar, como "conquista", a destinação de até 60% da receita corrente líquida dos governos para pagamento de mão-de- obra oficial!!! Pagamos tributos, que representam o dobro da média da arrecadação fiscal dos países emergentes, não para receber serviços públicos - o caos aéreo é prova da ineficácia desses serviços - mas para sustentar as "elites dominantes".

Entristece-me, também, verificar o pouco caso com que o governo tem tratado as Forças Armadas, onde se forjam agentes públicos movidos por verdadeiro idealismo e amor à pátria. Nas escolas preparatórias do alto oficialato, jamais, em toda a história do Brasil, foram eles tão preparados para a defesa do Estado Democrático de Direito e dos valores maiores da nacionalidade, como o são hoje. Se, no passado, erraram por avaliações incorretas, hoje são os maiores defensores da Constituição e da democracia, como tenho tido oportunidade de constatar, nas aulas que ministro na Escola de Comando do Estado Maior do Exército, desde 1990, e nas conferências na Escola Superior de Guerra.

Todos os oficiais superiores - todos, sem exceção - demonstram um desinteressado amor pela pátria e honram o compromisso de a ela servir. É lamentável que, por imitação de modelos alienígenas, tenham, seus comandantes, perdido o contato direto com o presidente da República, ao lado dos demais ministros civis. Creio que a presença deles nas reuniões ministeriais - como ocorria no passado e no início da vigência da Constituição de 88 - serviria para que seu idealismo e patriotismo influenciassem o governo, alertando-o para setores em que o investimento público é prioritário.

Embora reconhecendo excelentes condições no ministro Nelson Jobim para o Ministério da Defesa, sempre fui contra - e continuo sendo - que um civil ocupe essa pasta, a que estão mais afeitos os que são preparados nas ciências militares.

É ao presidente Lula, entretanto, que caberia, de rigor, buscar a revalorização das Forças Armadas, hoje com a menor participação no PIB nacional, em face à dos demais países. A média mundial dos gastos das Forças Armadas, em relação ao PIB, é de 3,5%. No Brasil, infelizmente, é de apenas 1,7%, com nítido sucateamento de suas estruturas, equipamentos e tecnologia.

Depois da tragédia de Congonhas, vale a pena o presidente refletir sobre a matéria.
11. CARTA ENVIADA POR LEITOR PARA O GLOBO

"O Sr. Nelson Jobim antes de tentar agredir os militares com bravatas pela imprensa, deveria, sim, responder ao povo brasileiro onde seus amigos, chefiados pela Vanda (Dilma Rousseff) colocaram os dois milhões de dólares que espropriaram do cofre do Adhemar de Barros, na casa de sua amiga em Santa Teresa, no Rio de Janeiro e onde enterraram os corpos dos subversivos que foram assassinados (justiçados) por seus próprios comparsas terroristas, assaltantes de banco, assassinos e traidores da pátria."

12. Você Sabia?

Elaborado por Anatoli Oliynik

COMO FOI IMPLANTADA A IDEOLOGIA SOCIALISTA-MARXISTA NO BRASIL?

“Com o progresso das comunicações os “intelectuais” esquerdistas tiveram, desde a década de 1970, os mais poderosos meios à sua disposição para forjar a mentalidade pública à sua imagem e semelhança.

Veja, por exemplo, a diferença entre as novelas de TV da década de 1970, trivialidades adocicadas e ingênuas e as de agora, nas quais não aparece um empresário que não seja ladrão, uma família que não esteja corroída pelo adultério ou pelo incesto, uma criança que não esteja carregada de ressentimento e ódio contra os pais.

Será que tudo isso não reflete um impulso perverso da intelectualidade esquerdista, um ódio a todos os sentimentos, um desejo de escandalizar e corromper a alma infantil para fazer das crianças um mercado promissor para a indústria da revolta?” - CARVALHO, Olavo. O Imbecil Coletivo I.

Há quatro décadas que a esquerdalha sociopata vêm submetendo o público brasileiro a um estupro psicológico, sempre em nome, é claro, do combate à ditadura. Mesmo depois de extinta, a ditadura ainda é o pretexto legitimador de todas as baixezas.

A TV é apenas um dos canais instrumentalizadores do projeto de dominação por meio de hegemonia de Gramsci. Existem outros: Escolas de ensino fundamental, Universidades, ONG’s (aquelas que estão engajadas são denominadas pelo PT de “Aparelho Privado de Hegemonia de Primeiro Nível”), CNBB, Movimentos “sociais” disfarçados, Sindicatos, Imprensa, o Mercado editorial e a militância diuturna nas camadas mais pobres da população, isso sem falar no Bolsa-esmola.

E “nós ajudamos a construir a nossa própria servidão”. Sabe por quê?

- Ligamos a TV e achamos tudo aquilo ma-ra-vi-lho-so!!!
- Abrimos um jornal ou uma revista e lá estão as notícias ma-ra-vi-lho-sas!!! nas quais acreditamos como se fossem as mais insofismáveis "Verdades".

Se não alternarmos os nossos processos mentais, nos tornaremos, todos, pessoas extraordinariamente MA-RA-VI-LHO-SAS!!!

13. O IMBECIL, O "DOENTE" E O ESPERTO

Márcio Del Cístia

São as três condições humanas que, isoladamente ou somadas, explicam-nos a adesão ao esquerdismo sociopata. O primeiro adjetivo sumariza um espectro de denotações, desde o jovem, muito jovem, que, ainda inocente, bondoso e sensível à crueldade do mundo, aceita a rósea propaganda esquerdista sobre justiça social, igualdade e fraternidade entre os homens. Sua pureza de intenções, inexperiência e ignorância sobre os fatos tornam-no vítima ideal e fácil das falácias publicitárias da insídia comunistóide. Tanto é assim que as escolas, desde as primárias, vêm se fazendo crescentemente os campos prioritários de adestramento ideológico por agentes de influência travestidos de professores.

(Igualmente crescentes são as manifestações de repúdio por parte de pais e alunos, inteligentes e suficientemente corajosos para se insurgirem contra o establishment. Estas eu as conheço por ouvi-las no consultório. Jovens secundaristas e universitários, invariavelmente donos de inteligência superior, estigmatizados por fazer questionamentos cuja lógica férrea encosta à parede seus corruptores).

São aqueles os primeiros objetos da frase de Carlos Lacerda, sublinhando o contraponto entre ingenuidade, idealista e crédula, e a maturidade crítica: Quem não é comunista aos 18 anos, é um imbecil; quem é comunista aos 30 anos, é um imbecil.

Segue-se o imbecil por escolha. Este que, por comodismo, engole sem mastigação analítica os arrazoados sofísticos da ideologia canhota: é o comunista dos 30. Dos 40, 50... Também, como os primeiros, é vítima do treinamento estupidificador que, entre nós, passa por ‘sistema de ensino’; vítima também da planejada e sistemática desinformação gramsciana, generalizada pelos diversos graus escolares; nas mídias; veiculada por scholars e exemplares do beautiful people, sempre dispostos – uns e outros - a baixarem as calcinhas se o cachê for convidativo.

Há várias subespécies nesta categoria. Dentre outras: o imbecil intelectual que mente com orgulho, é entusiástico repetidor de sofismas, altamente criativo na invenção de factóides, fértil na remodelação da História segundo suas conveniências; o imbecil filosofante que discorre – e o faz a sério!!! – sobre luta de classes, polilogismo, intelectualismo-não-engajado, ‘a construção do novo homem socialista’ e similares pérolas da genialidade vermelha; o imbecil verde-oliva ou nacionalisteiro, para quem o comunismo morreu e acredita que o que se tem aí é o ‘socialismo caboclo’, brasileiro genuíno e patriota - para este, o único grande inimigo são os ianques; o imbecil gregário, tipo maria-vai-com-as-outras para quem o importante é ser in, é fazer parte; o imbecil fashion, crente que o esquerdismo é o plus da intelectualidade elegante; o imbecil de batina, jurando sobre a cruz que Jesus de Nazaré foi um socialista martirizado pelos capitalistas do Templo; o imbecil interesseiro que adere a qualquer coisa, repete qualquer coisa, divulga qualquer coisa, assina qualquer coisa, desde que ‘leve o dele’...

Invariavelmente pertencem a um grande grupo de indivíduos que por razões várias – incluindo bloqueios psico-emocionais severos – jamais alcançaram maturidade intelectiva ou emocionalmente responsável. Funcionam a partir de slogans e conceitos vazios em atraente embalagem emocional.

Não se questionam a si ou aos mentores que generosamente lhes ditam o que pensar. Deglutem as bestialidades óbvias dos agentes de influência - ou flatulência - com a facilidade deliciada com que se despeja uma ostra – zip! E em não havendo dúvidas, não há porque buscar certezas: nenhuma análise, nada de pesquisas, nada de leituras desafiadoras, nenhuma curiosidade em relação a outras óticas e, sobretudo, nenhum questionamento sobre suas motivações. É o imbecil esférico: perfeito sob qualquer ângulo de exame. Também conhecido como imbecil-penedo, privilegiado por uma estupidez maciça, robusta, confiante, auto-suficiente, literalmente inabalável. Alta freqüência nos sindicatos, nos órgãos da mídia ‘engajada’ e universidades...

Junto aos primeiros, formam as ‘massas de manobras’, gado facilmente manipulável e, com a devida pressão nos botões corretos, extremamente destrutivo. De preferência a outrem, mas inclusive a si mesmos quando utilizados como ‘bucha de canhão’. É deste curral que saem os ‘mártires da revolução socialista’, pobres coitados oferecidos como alvos à cuidadosamente provocada reação dos ‘lacaios da burguesia capitalista’.

Perfil idêntico têm os “antas de Alah” que amorosa e alegremente se explodem para despedaçar os ‘inimigos do Deus do Amor’. Tal os messetistas, estes também são seres de amorosidade ímpar!

Fazem-se sempre ferramentas do ativismo da segunda categoria: os “doentes”. Assim mesmo, entre aspas posto que sua patologia anímica não é oficialmente reconhecida como tal. Ao contrário, são exemplares que se mesclam lindamente à humanidade ‘normal’. Normalidade muito estatística, note-se.

O conhecimento sobre este tipo proveio do consultório psicoterapêutico e foi aberto por trabalho analítico sobre a questão: porque este indivíduo põe tanto empenho em agarrar-se a tal crença, mesmo com tantas e tão concretas provas de sua falsidade? Mesmo com tanta evidência de sua destrutividade? Mesmo sabendo que ela o corrompe e aos demais, o infelicita a si e aos demais?

A resposta foi um típico ovo-de-colombo: tão óbvia que não enxergamos. O venenoso ovo vermelho é a inveja, tão tóxica quanto cuidadosamente ignorada. E aí entra a ideologia como um tapa-olho conceitual, racionalizante, uma lente pré-fabricada, intencionalmente distorcida para justificar-se a manutenção do ódio destrutivo, corolário inevitável da inveja.

Posso dar-lhe, a você que me lê, a garantia de que a real natureza maléfica dos vieses canhotos é conhecida por seus portadores. Ninguém, hoje, é tão estupidamente cego que não perceba – ainda que em pré-consciência – o horror resultante da aplicação prática desta sinistrose. Ou o nível de corrupção de alma que enseja. Oh! sim, ele o sabe, tenho seguidamente constatado que em algum nível sabe-o muito bem.

Mas não pode afastar o tapa-olho sob pena de ter que encarar a própria podridão: uma pústula de inveja supurando ódio venenoso, da qual se alimenta e que lhe dá – pobre diabo! – um arremedo de sentido existencial. As lentes inversoras completam o quadro: “Sou um idealista revolucionário em nobre luta por justiça social num mundo melhor”. Se, por acaso, de algum obscuro recanto do espírito qualquer resíduo de sanidade ética o ameaçar, lançará mão do santo-onipotente band-aid dos canhotos – os fins justificam... Tudo! A mentira sistemática, destruição da ordem, corrupção, roubo, assassinato... Absolutamente tudo. Incluindo a auto-cegueira.

Se duvida, atente para Brasília... e Venezuela, Cuba, Rússia, Camboja...

E, finalmente, temos o último tipo. É aquele que, podendo ter partido de um dos perfis anteriores, alcançou clara consciência de ser o marxismo e suas variantes apenas um monte de lixo intelectual arrumadinho sobre uma pilha de pseudos – pseudo-filosófico, pseudo-econômico, pseudo-sociológico, pseudo-justiçeiro, pseudo-humanitário, pseudo-inteligente... Percebeu que seus criadores, blindados na escura ignorância de si próprios, desconheciam os fatos elementares da natureza humana, o que – óbvio! – inviabiliza qualquer plano inteligente para o Homem. Talvez chegue mesmo a entender que a teoria de Marx foi nada mais que uma fantasia – uma vasta punheta intelectual – compensatória para seu completo fracasso humano, e tão bem urdida que se tornou a mais eficiente das armadilhas pega-otários.

Mas – ah! - otários que, devidamente manipulados compõem degraus ascendentes em direção à gratificação de seu vício máximo: poder. Ou o ‘pudê’, conforme um exemplar planaltino não adjetivável por pessoas sensíveis.

Em geral esta espécie tem alto escore de Q.I. - o que não significa I.E., Inteligência Efetiva, só existente em concomitância com elevados níveis éticos. Um tal tipo é voltado para o externo, motivado pelo ‘lá fora’ onde ocorrem os jogos de influência, as lides por poder. Seus esforços por conhecimento não buscam a Verdade, nem visam o equilíbrio criador da sabedoria, mas municiar-se para a eficácia em influenciar e manipular. O auto-conhecimento é superficial. Mercê de boa articulação discursiva, notável habilidade sofística e inegável talento manipulatório, sobreviveu aos mortíferos pegas-pra-capar das disputas grupais, políticas, partidárias, tornando-se um sobrevivente, um vencedor na corrida darwiniana. Fato que alicerça sua vibrante auto-estima, justifica e alimenta sua fome de poder e lhe permite presentear-se com o adjetivo máximo de sua espécie – “sou esperto, sou um homem de poder”.

Esta criatura não sabe – não pode saber – que algum dia, em algum lugar, por alguma maneira construída pela essência da Verdade, ser-lhe-á feita uma oferta de percepção realista que não poderá recusar:

“Enquanto resultante de suas escolhas você é o produto de si mesmo: um ser que se constrói, atualiza e se revela não em posses, cargos, fama... mas em seus atos. Por isso é responsável, por isso terá que responder.

Teve a oportunidade e os meios para trabalhar pelo bem do povo em que nasceu. Poderia ter ajudado a construir uma nação próspera, livre e dinâmica, com valores sadios capazes de - gradualmente como é preciso - elevar as interações humanas a níveis de excelência; um Jardim das Gentes onde, natural e pacificamente como é preciso, começassem a florescer ações induzidas pelo respeito, pela confiança, pela fraterna generosidade dos felizes.

Mas, você escolheu semear a discórdia através da mentira e da calúnia. Perseguiu inocentes, espalhou o medo e a insegurança ao deturpar as leis e incentivar o crime; corrompendo valores essenciais, criou confusão angustiante para facilitar-se a manipulação.

Onde facilmente cresceria cooperação e amizade, atiçou inveja, desconfiança e ódio entre as pessoas adubando o caos em que cevar seu vício. Onde poderia haver abundância construiu fome e miséria para servir seus interesses. Plantou a estupidez mesquinha e a crueldade onde poderia medrar compaixão generosa. Deturpou fatos em benefício próprio, mentiu, enganou, corrompeu, roubou, assassinou, vampirizando o suor e o sangue de seu povo. Traiu a confiante esperança dos ingênuos, estes pobrezinhos a quem deveria proteger e alimentar com a Verdade.

Ao longo do caminho, fiel a seu princípio de “quanto pior, melhor”, semeou e fez crescerem ignorância, medo, desalento, confusão, dor, desesperança, ódio, destruição, e infinito – e absurdamente desnecessário! - sofrimento humano.

Poderia ter somado forças construtoras de prosperidade e paz entre as pessoas; poderia – facilmente - ter multiplicado para a bonança e a alegria.

Você escolheu enganar, dividir, corromper, confundir, enfraquecer.

Você, que poderia ter sido um anjo semeador de Luz, preferiu ser uma pústula supurada infectando os Homens com horror e escuridão.

Em suma, traiu os dons da Vida e fez da sua um exercício de destruição. Não, você não é esperto. Você se fez menos que o menos: fez-se apenas um pobre canalha”.