Saturday, August 25, 2007

BATENDO CONTINÊNCIA PARA O 3!

Todo ano, às vésperas do Dia do Soldado, do Dia do Exército e do Dia da Independência do Brasil, já é esperado mesmo por quais deverão ser as formas de humilhar as FFAA que serão as escolhidas da vez para brindar as respectivas datas. É apenas um brinde, porque, comemoração, na verdade, é o ano todo, mensalmente - sempre que os contracheques com os dados dos pagamentos dos militares das FFAA são impressos. Para quem os odeia, a piada é das melhores!

Satisfação igual, só quando se tem a oportunidade de vê-los sendo taxados de ladrões, de estelionatários e por tantos outros elogios do gênero, depois de terem se sacrificado tanto, e com o risco das próprias vidas, para trazer de volta para os braços dos familiares os corpos de brasileiros mortos, espalhados pela inóspita floresta amazônica, por causa da irresponsável administração de um governo que, entre outras coisas, protege gente que foi derrotada, justamente por militares, ao tentar implantar o comunismo no país, há uns trinta anos, e que hoje recebe indenizações milionárias, inclusive, em detrimento dos salários criminosamente baixos que são pagos aos profissionais das FFAA.

Também não deverá haver maior satisfação para seus históricos inimigos do que vê-los, a todos eles, de joelhos, ainda que aparentemente de pé, marchando e prestando continências a estas "autoridades" que tanto os humilham, nos palanques dos desfiles e das solenidades militares. De todas essas ocasiões, em muitos dos últimos anos, restou apenas uma, na qual somente um mero cadete da AMAN teve a hombridade de não saudar com reverências militares um de seus indisfarçáveis algozes. É que ainda não conseguiram destruir o garoto...

Mas, ao que parece, bem ao contrário do jovem cadete, tropas inteiras de militares armados, mesmo sofrendo a vingança daqueles contra quem não fizeram absolutamente nada (já que, hoje, os que eventualmente tenham participado de alguma investida contra velhos comunistas, estejam ou não, atualmente, eles no poder, não estariam com menos de 50 anos), estão alegre e comportadamente resignados com a condição de sacos de pancada (1).

Este ano, escolheram "Direito à Memória e à Verdade", um livro-relatório de 500 páginas que não é nada menos do que um documento oficial do governo federal a acusar integrantes dos órgãos de repressão da “ditadura militar” (1964-1985) de decapitarem, de esquartejarem, de estuprarem, de torturarem, de ocultarem cadáveres e de executarem opositores do regime que já estariam presos e, por isso, indefesos. A “obra”, entretanto, não se refere nem a justiçamentos praticados pelos perseguidos terroristas e nem aos assassinatos que as angelicais figuras cometeram – afinal, para essa gente, tudo que se faz em nome da “louvável” causa comunista está acima do bem e do mal e das próprias leis dos homens.

Matar, roubar, seqüestrar, explodir bombas que matam civis inocentes indiscriminadamente, desde que em nome da causa comunista, para essa gente, é ato de louvável heroísmo. Já defender uma nação inteira de pessoas com tão angelicais e pacifistas atitudes é crime contra os direitos humanos. Não vou ofender a inteligência dos leitores comentando sobre essa evidente tergiversação.

O texto do documento foi produzido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. Foi de lá, aliás, que veio, esta semana, junto com mais 20 colegas, para exercer o cargo de Assessor Especial no Gabinete Pessoal do Presidente da República (código DAS 102.5), Julio Héctor Marín Marin, que, entre outras coisas, naquela Secretaria era chefe de gabinete e gerente do programa de Proteção da Adoção e Combate ao Seqüestro Internacional. Mais 20 assessores especiais para o gabinete pessoal de Lula?! Sem comentários.

O “livro”, que sairá com uma tiragem de 5 mil exemplares (financiados com o dinheiro dos contribuintes, é claro, incluído o dos que nele são achincalhados), registra o que a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (com a mesma isenção que brasileiro assiste a jogo do Brasil em Copa do Mundo) considera ser a verdade histórica sobre a repressão política e pede, ainda, ao presimente Lula a implantação de uma "instância administrativa permanentemente aberta" para argüição de policiais e de militares, para obter dados sobre a localização de restos mortais e documentos que podssam auxiliar no esclarecimento do fatos.

Mas, isso todos nós sabemos que jamais acontecerá, pelo menos da forma aberta e livre de toda e qualquer censura, que seria a correta. Muitos destes documentos, aliás, já se encontram sob o poder do governo, que não os liberará, a não ser que consiga efetuar, anteriormente, uma boa e completíssima “limpeza”; porque, segundo já foi declarado pela própria chefe da casa civil, Dilma Roussef, em entrevista ao Fantástico (TV Globo), haveria dados que poderiam comprometer a honra de determinadas pessoas ou mesmo significar uma “desnecessária invasão de privacidade”. Não precisa ser um paranormal para entender que a ministra não esteja se referindo a nenhum “agente repressor” que, diga-se de passagem, ela não faria a menor questão de proteger.

O livro, que detalha (sob o ponto de vista dos revolucionários, é claro) cada um dos 339 casos apreciados pela comissão e mais os de 136 nomes já reconhecidos como mortos ou desaparecidos, será lançado pelo presidente da república em pessoa, nesta quarta-feira, dia seguinte ao aniversário de 28 anos da Lei da Anistia (1979), em cerimônia oficial no Palácio do Planalto. Pelo presidente? 535 casos?

Ora, sabe-se muito bem que aos “anos de chumbo” são atribuídas as mortes e/ou os desaparecimentos de 182 cidadãos, em território Brasileiro. Isso é praticamente a metade das 353 pessoas que, no presente, faleceram, recentemente, nos dois maiores acidentes aéreos da história da aviação brasileira. A ironia é que, hoje, os cidadãos que morrem são vítimas – involuntárias e desarmadas – de um governo formado por muitos dos velhos companheiros que outrora lutavam, voluntariamente e armados, para chegar ao poder e transformar o Brasil em república comunista. Serão também os familiares desses brasileiros, vitimados pela incompetência governamental, indenizados com milhões de reais dos cofres públicos e/ou homenageados com lançamento de livro oficial do governo federal em pleno Palácio do Planalto?

E os militares de agora? Poderão eles ingressar em Cortes Internacionais (porque Justiça no Brasil, praticamente, não temos mais) com pedidos de indenização ao Brasil por terem sido injustificadamente perseguidos política e financeiramente, além de injustamente difamados, ao longo dos últimos 20 anos - tudo com o patrocínio do Estado Brasileiro?

A lei número 9.140, editada no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995, fez o reconhecimento público de que o Estado assumia a responsabilidade pela morte de opositores da ditadura. Na época, o titular da Justiça era o hoje ministro da Defesa, Nelson Jobim. É inclusive para ele que serão prestadas muitas das continências no tradicional desfile militar que marca o Dia da Independência, em Brasília. Jobim já recebeu medalha do mérito militar e, inclusive, vestiu uma farda do Exército Brasileiro, com credenciais de general, como se fantasia fosse – já que o ministro da defesa jamais foi um militar.

Tem mais. O livro da comissão de mortos e desaparecidos afirma que "juristas muito credenciados" defenderiam que, em relação aos desaparecidos, há "aspecto relevante" no artigo 1º da Lei da Anistia (6.683), de 28 de agosto de 1979, que diz que "É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes (...)". Segundo análise deste “credenciados juristas”, "os autores do crime manterem até hoje a ocultação dos cadáveres, nada informando sobre sua localização", permitiria que os familiares pudessem recorrer à Justiça para argüir "a tese de crime continuado". Trocando em miúdos: querem que os “repressores” paguem por seus crimes, desde que, evidentemente, isso não venha a abrir nenhum precedente que possa fazer com que pessoas como o hoje deputado Fernando Gabeira, por exemplo, venham a ter que pagar pelos crimes que cometeram – no caso de Gabeira, o de seqüestro.

De todos os casos de indenização pagas pelo governo brasileiro a familiares de mortos durante o governo militar, o mais emblemático é o de Carlos Lamarca (e leiam sobre ele:
PELA GLÓRIA DA MENTIRA), cuja família obteve o direito de ser indenizada em 1 milhão de reais. É ISSO MESMO! Além da pensão mensal equivalente ao salário BRUTO de um general-de-brigada (R$ 11.444,40), que a viúva RECEBERÁ COMO VALOR LÍQUIDO, Maria Pavan Lamarca EMBOLSARÁ ainda R$ 902.715,97, referentes à diferença entre a data de seu pedido, em 1988, e a do julgamento na Comissão de Anistia, em 2007. A isso somado, Maria Pavan e seus dois filhos, Cláudia e César, também receberão, individualmente, indenização no valor teto de R$ 100 mil, correspondente a 30 salários mínimos por ano de perseguição política. É, Lamarca, um dos maiores traidores da história dos ideais e dos compromissos das FFAA, foi empurrado goela abaixo dos militares de volta aos quadros do Exército Brasileiro. Renúncia coletiva dos Comandantes Militares? Aquartelamento das Forças? Não. Chope na esquina...

Lula concedeu entrevista ao jornal Estado de São Paulo neste domingo (26/08). A
entrevista foi comentada pelo respeitado jornalista Reinaldo Azevedo:

Luta armada
Lula: “Eles estavam lutando contra um regime autoritário. Isso era visível. Se os métodos eram corretos ou não, as circunstâncias políticas diziam que os métodos eram quase os únicos que havia. Eram todos muito jovens, todos muito entusiasmados, próprio de jovem com 20 anos, 25 anos. Escolheram um caminho. Não deu certo.”
Reinaldo: “Não deu certo? É. Não deu. E, como não deu, então eles cobram pensão do estado burguês que queriam derrubar. Nada mais lógico, não é mesmo? Se tivesse dado, milhões de famílias — os comunistas nunca matam pouco — não teriam a quem cobrar nada. Porque o “estado operário” não tem dessas frescuras”.

Reinaldo Azevedo (e não só ele) vem dizendo que o Estado Brasileiro acabou. Teríamos, agora, um estado petista, pelos petistas e, naturalmente, para os petistas. Ele vem dizendo isso mais acentuadamente por causa do
comportamento de alguns juizes do Superior Tribunal Federal, especialmente durante o julgamento do caso do Mensalão. Pois eu faça coro às afirmações do jornalista, só que por um ângulo mais óbvio: um país cujas Forças Armadas são achincalhadas e aviltadas, sob o patrocínio do Estado, e por parte delas não se vê nenhuma reação, a não ser continuar a oferecer medalhas e a prestar continências a seus algozes (quase todos criminosos e corruptos) não tem mais Força Armada nenhuma que não passe de uma patrulha político-partidária. Não é mais uma nação, é uma republiqueta de um partido só, de uma classe só. Bem vindos ao comunismo petista!

Houve um tenente do Exército que, sem se identificar, enviou-me, recentemente, uma carta (manuscrita mesmo, para não correr o risco de ser interceptada). Nela, ele dizia que, no próximo 7 de setembro, ou os militares deveriam não participar de desfile comemorativo nenhum, ou o deveriam fazer, todos os homens, com nariz de palhaço. Disse também, que havia andado refletindo sobre essa campanha subliminar do 3 do PT. Falou que, também subliminarmente, estava sendo impelido a imaginar que, pela terceira vez, talvez, já fosse a hora de expulsar novamente os comunistas do Brasil. São as palavras do Tenente...

Christina Fontenelle
26/08/2007


(1) Leiam
Falsificações da História, de Heitor de Paola para conhecer um pouco sobre a verdade e sobre o trabalho de militares que serviram à Pátria e ao Povo brasileiros.

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