Friday, August 31, 2007

QUEDA DE BRAÇOS

O ministro da defesa Nelson Jobim disse que teria resposta quem, dentro das Forças Armadas, dissesse alguma coisa sobre o livro-relatório "direito à memória e à verdade", que o governo patrocinou - com o dinheiro de todos os brasileiros - para contar somente o que os guerrilheiros dos anos 60 e 70 dizem ser a verdade sobre a época em que os militares estiveram à frente do governo.

O Jornal Nacional desta noite divulgou uma nota dos comandos militares que teria sido, segundo o noticiário, "negociada" com o ministro Jobim. O texto desta nota diz o seguinte:

"Existe uma Lei de Anistia que proibiu a indispensável concórdia entre todos da sociedade. Colocar a Lei da Anistia em questão importa em retrocesso à paz e à harmonia nacional já alcançadas".


Engraçado, apesar da participação do ministro, parece que quem teve resposta não foram propriamente os militares...


Vejam só que situação a do ministro... Disse que concordava como livro-documento na íntegra e que ninguém dele poderia discordar. Ora, o livro, entre outras coisas, reclama por reconsideração da Lei de Anistia. Por outro lado, a nota dos Comandantes militares reforça não só a sua legalidade como a sua necessidade. E agora?

Christina Fontenelle
31/08/2007


Mais tarde, no Jornal da Globo, o repórter revela que Jobim deixou o ministério sem querer dar declarações sobre o assunto. Pior: todo mundo falando de quem veio a tal resposta!



1 comment:

  1. Estamos sob o signo da desfaçatez, para ser isonômico devemos ter também o livro sobre a atuação dos terroristas. A descrição do julgamento e execução no Vale do Ribeira. A morte de Kozel, a carta bomba, os atentados contra bancas de jornais. Além do mais a verdadeira atuação do Zé Duas Caras, e a suafalasa máscara de lider de coisíssima nehuma.

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