


O General Elito é natural de Aracaju (Sergipe) e foi Comandante da Força de Paz na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH), de 2005 a 2006. O Comando Militar do Sul que o general assume possui em sua constituição três Divisões de Exército, duas Regiões Militares, oito Brigadas e 162 Organizações Militares - são 51 mil militares (¼ do efetivo do Exército Brasileiro). Na sua área concentram-se 95% dos blindados, 75% da Artilharia, 75% da Engenharia e 75% da Cavalaria Mecanizada, dos meios da Força Terrestre.


Segundo autoridades que participaram de anteriores trocas de comando, esta teria sido a que mais coesão mostrou. Vieram tropas de todos os estados do Sul, num desfile disciplinado, coeso e muito bem preparado. Mensagem explícita aos presentes: o Exército é uma instituição de Estado que não está a serviço de governos, que são sempre transitórios, além de ter preparo e de não precisar receber instruções de ninguém sobre o modo de gestão de ses recursos, bem como de suas tropas.


A questão dos supostos quilombos da Ilha da Marambaia, que atinge uma área da Marinha brasileira, utilizada pelo Corpo dos Fuzileiros Navais para seus exercícios de treinamento, é também preocupante. Trata-se de uma relativização cada vez mais abrangente da propriedade privada, que atinge áreas urbanas e rurais, civis e militares. A radicalização das posições do INCRA, apoiado pelos movimentos ditos sociais, pode, inclusive, querer uma desapropriação de área militar. Pergunta: e se os "desapropriados" se recusarem a sair?
Corre entre os oficiais superiores que o Ministro Jobim teria começado de uma forma arrogante a sua gestão no Ministério da Defesa. Teria ele perguntado a um General sobre qual seria o planejamento atual do Exército - dizem, sugerindo que este não existiria. Teria recebido mais ou menos a seguinte resposta: preciso que o senhor me conceda 6 horas - 3 para que lhe explique o planejamento e outras 3 para mostrar a estratégia do Exército. Ou seja, as Forças Armadas pensam e trabalham por si mesmas e não ficam dependendo da politicagem de troca de ministro para começar o seu trabalho.
Um outro general já teria informado ao novo ministro sobre a penúria das Forças Armadas em geral, com riscos para o treinamento e, de uma forma mais abrangente, para a defesa nacional. O Exército precisaria, por exemplo, de 300 milhões por ano em munições. Dispõe atualmente de 30 milhões. A Marinha não possui nenhum torpedo. A encomenda demora dois anos. A Aeronáutica não possui aviões de combate que possam se contrapor aos novos Sukoi-30 russos, adquiridos pela Venezuela. O raciocínio militar é o de que o Brasil, país médio do ponto de vista econômico, deveria pelo menos contar com uma força militar correspondente, pois o mundo globalizado assim o exigiria. A calmaria atual de nossas fronteiras, por si só, não seria uma garantia para o futuro.
Bem, pode haver quem acredite que se trate de falta de verbas ou de simples descaso revanchista dos últimos dois governos civis. Não são. O desmonte das nossas Forças Armadas, bem como a militarização cada vez maior dos países ligados ao ditador Hugo Chavez são dois pontos de uma estratégia muito bem arquitetada, porém não imperceptível, para que a América do Sul e Central venham a formar a Grande Pátria Comunista Latino-Americana –
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