Wednesday, July 26, 2006

LULA - OPERÁRIO PADRÃO

PARTE 1

Sobre a declaração de bens do Presidente Lula

Se no começo do governo, Lula tivesse vendido tudo o que declarou e tivesse feito uma aplicação onde a ética indicaria que fizesse – ou seja, na Caderneta de Poupança – que é onde o povão costumava poupar (quando ainda tinha como), hoje ele teria cerca de R$ 600 mil. Se tivesse poupado totalmente o salário de Presidente (R$ 8.885,48) e a pensão de anistiado (R$ 4.294), teria acumulado R$ 566.717,64, sem contar os juros que viriam se acumulando ao longo dos depósitos mensais.

Acontece que isso seria impossível, já que o Presidente tem propriedades e família que dão despesas para lá de superiores aos R$ 13.179,48 que percebe mensalmente, apesar de não ter que gastar no Alvorada com constas de luz, gás, telefone, água, IPTU, condomínio, e ainda com alimentação, vestuário, higiene, saúde e transporte. Se fosse um rélis mortal, já classe média alta e não mais um operário – como gosta de fazer parecer que ainda é – o Presidente estaria para lá de enforcado com os juros do cheque-especial e do cartão de crédito – aos quais certamente teria que estar apelando - para pagar os custos dos 3 apartamentos, da Chácara, do carro e da família que possui.

Em relação à declaração de bens de 2002, a de 2006 manteve os quatro imóveis em São Bernardo, avaliados no mesmo valor de 2002. A Blazer 98/99, teve valorização de 23,5%, de 2002 para cá. O presidente acrescentou, agora, a participação em uma cooperativa habitacional no Guarujá. O maior crescimento ocorreu nas aplicações financeiras, que cresceram 306% – de R$ 117.670,58 para R$ 478.059,40. A coleção de investimentos evoluiu, de duas cadernetas de poupança e uma aplicação financeira, para dez tipos de investimento, incluindo novidades como fundos de ações da Petrobras, da Vale do Rio Doce e do Banco do Brasil. Os maiores recursos estão aplicados no FIX Especial Plus do Banco do Brasil e no FIF Plus DI do Bradesco, além de um Fundo de Investimento Bradesco.

PARTE 2

Luiz Inácio Lula da Silva começou a trabalhar, aos 12 anos, como engraxate e depois como entregador de roupas em uma lavanderia, em São Paulo. Formou-se como metalúrgico, pelo SENAI, em 1963. Três anos depois, entrou para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Em 1972, passou a fazer parte da diretoria e, em 1975, tornou-se presidente desse mesmo sindicato, sendo reeleito em 1978. Um ano depois, numa paralização grevista, o sindicato de São Bernardo e Diadema sofreu intervenção do governo federal e Lula foi destituído do cargo. Em fevereiro de 1980, ele fundou o Partido dos Trabalhadores, juntamente com outros sindicalistas e ainda com alguns intelectuais, políticos e representantes de movimentos sociais. Foi nesse mesmo ano que, durante uma das maiores greves sindicais da história do país, Lula e mais sete sindicalistas foram detidos por 31 dias nas instalações do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DOPS) paulista.


O atual Presidente não ficou em cela comum e foi muito bem tratado. O diretor do DOPS à época, o hoje Senador Romeu Tuma, oferecia sua própria sala para que o sindicalista pudesse ler os jornais - proibidos de entrar na cela. A mãe de Lula estava doente, em estado terminal, naquela época. Um militar, agente do DOPS, conduziu Lula até o hospital onde dona Eurídice Ferreira de Mello estava internada. Foi assim que o filho Luis Inácio pode estar com a mãe pela última vez, antes que ela viesse a falecer. Romeu Tuma permitiu que Lula fosse ao velório e que acompanhasse o enterro. Em 1981, Lula foi condenado pela Justiça Militar a três anos e seis meses de detenção por incitação à desordem coletiva, mas a sentença acabou anulada no ano seguinte.


Esse episódio redeu ao atual Presidente do Brasil o título de preso político e naturalmente o benefício de indenizações que passaram a ser pagas aos anistiados políticos de 1979, depois da criação da Comissão de Anistia, em agosto de 2001, no governo de Itamar Franco. Um fenômeno! Já que Lula teve sua sentença de prisão anulada em 1981 e que os 31 dias em que esteve preso jamais o impediram de continuar sua carreira de alpinista político, às custas do sindicato e posteriormente do PT. Lula recebe mensalmente, desde 1997, como anistiado político, uma aposentadoria especial que hoje está em R$ 4.294,00.


Vale lembrar que nosso Presidente aposentou-se com 22 anos de serviço (?), quando ainda teria 42 anos de idade (5/10/1988) e que seus vencimentos como aposentado estão livres de Imposto de Renda, graças ao Decreto 4.897, publicado no Diário Oficial de 26 de novembro de 2003, assinado pelo próprio Lula, que livra os anistiados do ônus do Imposto de Renda. É por uma questão de lógica: se a União está pagando esses benefícios, não faz sentido que parte deles retorne aos cofres públicos em forma de imposto. A lógica só não funciona para o resto dos aposentados e dos funcionários públicos civis e militares do país.


Em 1982, Lula foi candidato ao Governo de São Paulo, pelo PT. Perdeu. Em 1984, participou da campanha das Diretas Já, que clamava por eleições presidenciais diretas. A campanha não conseguiu seu intento e as eleições de 84 ainda foram feitas pelo Colégio Eleitoral do Congresso Nacional. Em 1986, Lula foi eleito deputado federal, com recorde de votos, tendo participado da elaboração da Constituição Federal de 1988. Sua atuação como Deputado Federal foi, digamos, “discreta” e ele não se candidatou à reeleição. Entretanto, Lula viajou pelo Brasil estruturando as seções regionais do partido e ajudando a transformar o PT, de pequeno partido, em uma das principais forças do país. Sua participação neste processo é que o tornou uma figura essencial, simbólica e incontestável dentro do partido, mesmo depois de suas sucessivas derrotas eletorais. Um milagre!


Em 2002, Luis Inácio Lula da Silva chega à Presidência da República, com cerca de 53 milhões de votos, no segundo turno das eleições. Na época, seu patrimônio declarado era de R$ 422.900,00 – muito, para um operário do povo, presidente de partido e ex-deputado federal, diga-se de passagem. Mas, ninguém deu a menor importância para isso. Hoje, 4 anos depois, o Presidente declara ter um patrimônio de R$ 839.033,49 – 98% a mais do que possuía em 2002. Mas, o PCC atacou São Paulo, pela segunda vez este ano, e ninguém pôde prestar muita atenção a isso também.


O Presidente declarou possuir 3 apartamentos e 1 terreno, em São Bernardo do Campo. São 2 no Edifício Kentuchy (R$ 38.334,67, cada um), 1 no Prédio Green Hill (R$ 189.142,50) e o terreno – uma Chácara - (R$ 5.466,90), no sub-distrito de Riacho Grande. Além desses imóveis, Lula também comprou (e já pagou) um apartamento que ainda está em construção no Guarujá (R$ 47.695,38). O único carro do Presidente é simples: uma S10 Cabine Dupla, diesel 98/99 (R$ 42 mil).


Embora afirme jamais ter sido informado sobre nada do que acontecia em seu governo, segundo aponta a denúncia do Procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre uma quadrilha organizada que protagonizou o escândalo do mensalão, composta por nada menos do que 40 pessoas chagadas ao próprio presidente, Lula foi muito bem informado sobre como aplicar seu dinheiro. O Presidente tem R$ 478.059,40 investidos em aplicações financeiras:


Aplicação financeira no Banco do Brasil — R$ 86.794,73; Caderneta de Poupança na Caixa Econômica Federal — R$ 54.762,02; Caderneta de Poupança no Banco Bradesco — R$ 1.398,67; Caderneta de Poupança no Banco Bradesco — R$ 1.124,36; Six Especial Plus no Banco do Brasil — R$ 156.146,83; Fif Plus Di Banco Bradesco — R$ 111.055,40; Fundo de ações da Petrobras — R$ 1.866,39; Fundo de ações da Vale do Rio Doce — R$ 497,97; Fundo de ações do Banco do Brasil — R$ 1.108,87; e Fundo de Investimentos no Bradesco — R$ 63.304,16.


O Ministro da Fazenda não pode ter aplicação na Bolsa de Valores, o Presidente do Banco Central também não. O Presidente da República não deveria poder. Mas, a Lei parece que permite. Então, não é ético, mas também não é ilegal. O jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, do qual se desligou após o escândalo do valerioduto, disse, em entrevista ao jornal O Globo (7/07/2006), que seria mais importante que a Lei Eleitoral fosse modificada, de forma a exigir também que os parentes dos candidatos declaressem publicamente o patrimônio.

PARTE 3


Se hoje fosse esse o caso, o Presidente Lula teria que dar algumas complicadas explicações sobre seus filhos. A primeira delas, por exemplo, seria a incrível transformação seu filho Lulinha (Fábio Luiz Lula da Silva) em grande empresário na área de mídia. Quando Lula assumiu a presidência, seu filho mais velho, formado em Biologia, dava aulas particulares de inglês e de informática. No fim de 2003, Lulinha abriu uma agência de publicidade, a G-4, em sociedade com dois filhos do ex-sindicalista e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Dez meses depois, a empresa fundiu-se com a Espaço Digital, criando uma holding, a BR-4. Passados dois meses, o capital do empreendimento já era de R$ 2,7 milhões. O dinheiro teria vindo da Telemar. Jacó Bittar, o pai dos dois sócios de Lulinha, é conselheiro da Petros. E a Petros é sócia da Telemar.


Logo depois, Lulinha abriu a Gamecorp. Desta vez a Telemar entrou com R$ 2,5 milhões, comprando debêntures com direito a ações futuras. Ao todo, a Telemar ajudou Lulinha com R$ 5 milhões. A Trevisan Associados intermediou os contatos com a Telemar. O sócio principal da Trevisan era Antoninho Marmo Trevisan. Ele fazia parte do Conselho de Ética da Presidência da República. Lula julgou "normal" a operação e afirmou que nunca interferiu para que seus filhos tivessem benefício em contratos com empresas públicas ou privadas. E não foi só a Telemar que resolveu apostar na genialidade de Lulinha. Outras duas gigantes fizeram o mesmo: a Gradiente, cujo presidente é Eugênio Staub, amigo pessoal de Lula, e a Sadia, cujo ex-presidente é o Ministro de Desenvolvimento de Lula, Luís Fernando Furlan. Ficou tudo por isso mesmo, até hoje.


Mas Lulinha, o mais novo jovem empresário genialmente bem sucedido do país, não pretende ficar só nesse negócio de games não. Como divulgado pelo Alerta Total, em 18 de outubro de 2005 (http://alertatotal.blogspot.com/2005/10/oposio-questionar-jos-serra-por-uso.html), consta que Fábio Luiz seria um dos sócios minoritários da maior empresa de segurança do Brasil, a Glock do Brasil S.A., que ainda estava sendo constituída. De acordo com a inscrição no CNPJ (006.275.981/0001-66), a empresa foi registrada em maio de 2005. O Cadastro público do Estado de São Paulo (SINTEGRA-SP) registra que a empresa esta habilitada desde março de 2005, embora sua criação tenha sido em 23 de outubro de 2004. Quem diria, Lulinha vai compartilhar a sociedade com o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, que já detém os direitos de comercialização, no Brasil, de um avançado sistema de segurança alemão. A austríaca Glock é uma das maiores fabricantes de armas do mundo. Nada como andar bem acompanhado e dispor de informações privilegiadas!


Aliás, quem se lembra do apoio irrestrito das Organizações Globo ao desarmamento da população? Pois é, mesmo que o inútil referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo e de munições tenha revelado que a imensa maioria dos brasileiros condena a proibição, o Estatuto do Desarmamento, que, na prática, é o puro exercício dessa mesma proibição que o povo repudiou, já havia sido aprovado. Agora, muitos dos que achavam que o pessoal da Globo era bonzinho e humano podem entender o porquê de a Rede Globo ter apoiado a proibição. Esta era (e ainda é) a estratégia: criar insegurança para vender segurança – simples assim. A Glock, uma empresa estrangeira, é a maior rival da Forjas Taurus, uma fábrica gaúcha de armas de fogo – uma empresa nacional, portanto.


Fábio Luiz é casado com Adriana. Segundo publicações feitas em páginas da Internet, pelos próprios filhos de Lula, Lulinha e Adriana têm uma cadelinha chamada Pituka que, junto com o casal, costuma (ou costumava) viajar no Boeing presidencial. Numa dessas viagens, Adriana aparece numa foto com a seguinte legenda: “Isso é que é vida”. Para ela deve ser mesmo. Todas as páginas dos filhos do presidente que revelavam intimidades da família já foram tiradas de circulação e foram notícia nos maiores jornais do país.

PARTE 4


O segundo filho de Lula com Dona Marisa é Sandro Luís Lula da Silva. Lula também teria explicações a dar sobre este filho. Sandro protagonizou uma das muitas estórias que já deixaram o PT de saia justa. Segundo foi divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, o rapaz aparecia como contratado do Diretório do PT paulista, desde 2002, sem que nenhum de seus colegas de trabalho jamais o tivessem visto por lá. Num primeiro momento, assessores chegaram a dizer que ele nunca havia trabalhado no diretório. Depois, disseram que Sandro tinha deixado de ser funcionário em meados de 2002. Mas, o relatório de despesa mensais do partido mostrava o contrário. O rapaz foi contratado como assistente administrativo do partido em maio de 2002, por R$ 1.522,00 mensais, para prestar “serviços à distância”. No livro de empregados do Diretório, ao contrário dos outros 70 funcionários do partido, não estava especificado o horário da jornada de trabalho de Sandro. Por último, então, o PT divulgou nota dizendo que o filho de Lula não estava mais trabalhando para o partido havia cerca de três semanas na época da reportagem da Folha (julho de 2005).


Como vários rapazes de sua geração, Sandro é aficionado por internet. Numa página do Orkut, que eu não sei se já foi tirada do ar, sob o pseudônimo de “spiderman”, quando perguntado por seus colegas sobre o que andava fazendo da vida, ele costumava responder que continuava “vagabundeando e tentando terminar a faculdade” (de Publicidade) e que vinha “fingido que trabalha um pouco”. Numa dessas páginas do Orkut, mantida pelo enteado de Lula, Marcos, Sandro aparece descansando ao lado de sua esposa Marlene. Comentário de Marcos: “Meu irmão e minha cunhada não estão fazendo p... nenhuma... Em plena segunda feira... Assim não dá!!!”. Em outra foto o casal aparece fantasiado, numa festa. “Estão parecendo duas Darlenes”, brinca Marcos, obviamente fazendo referência à personagem Darlene, interpretada por Deborah Secco, na novela Celebridade, da TV Globo.

PARTE 5


Parece que ninguém vai escapar da lista de explicações que Lula teria que dar sobre seus familiares. O filho caçula de Lula é Cláudio Luiz Lula da Silva. Em julho de 2004, Cláudio, então com 19 anos, convidou um grupo (6 garotas e 8 garotos) de amigos de São Bernardo, onde mora, para passar férias de 15 dias em Brasília, com tudo pago, inclusive o transporte aéreo, que foi feito por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O pacote incluía hospedagem no Palácio da Alvorada, churrasco na Granja do Torto, passeio de lancha no lago Paranoá (a bordo de uma lancha da Marinha) e até um encontro com Pelé. O grupo de jovens teve ainda direito a passeios pelo Itamaraty e pela Praça dos Três Poderes. As fotos da temporada ficaram à disposição em fotoblogs na internet durante algum tempo e foram tiradas do ar no dia 6 de janeiro de 2006, logo depois que A Folha de SP publicou reportagem completa sobre o assunto.


Uma das garotas do grupo não pôde ficar até o final da programação. Ela aparece numa foto, publicada em um desses blogs, voltando para São Paulo em um jatinho. Na imagem, não é possível afirmar se a aeronave também pertence à FAB. Além da rotina dos dias de férias, as fotos mostravam os jovens pelos corredores do Planalto, onde registraram encontros com artistas e esportistas. Em seu fotoblog, um dos adolescentes descreveu um encontro com a atriz Regina Casé, que tinha ido ao Planalto ter audiência com o presidente. No dia 13 de julho, o grupo assistiu no Alvorada ao filme ‘Pelé Eterno’, ao lado do próprio ex-jogador e do presidente Lula.


Não há uma legislação clara sobre o uso do patrimônio público pelo presidente ou por sua família. Procurada pela reportagem da Folha, a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto afirmou que não se pronunciaria. A Comissão de Ética da Presidência disse que atos do presidente não constavam de suas atribuições. Responsável pelo controle dos gastos públicos, a CGU (Controladoria Geral da União) disse que o tema estava sob a alçada da Secretaria de Controle Interno, que, por meio da Casa Civil, disse que só a Secretaria de Imprensa falaria sobre a questão. Procurada novamente pela Folha, a Secretaria manteve a posição de não fazer comentários sobre o assunto.


As fotos estavam nos endereços www.fotolog.net/tata_lulu; www.fotolog.net/feijao_fodao/; www.fotolog.net/gringo_mi/; e www.fotolog.net/monique_martan/


A internet recebeu uma onda de protestos contra as mordomias exibidas nos fotologs de amigos do filho do presidente Lula que estavam aproveitando as benesses do poder. Duas comunidades no Orkut surgiram para criticar a viagem dos jovens amigos de Cláudio. A mais popular tinha o nome de “Férias no Alvorada - EU QUERO!” e vinha com a seguinte descrição: “Essa comunidade é dedicada a todas as pessoas que querem andar de lancha, comer um churrascão, andar no avião da Força Aérea Brasileira e ainda não gastar nada, porque o governo pagou! Porque o povo pagou!!! Entre e seja mais um marajá!!!! Porque no Brasil, já existem milhares!!!”.


Luis Cláudio também mantém (ou mantinha) perfil no Orkut, onde se descreve como um apaixonado pela namorada e onde contava que, como o pai, também é torcedor do Corinthians. A página também andou exibindo uma foto de um lança-foguetes do Exército, o Astros 2. Comentário do caçula de Lula: “Olha o lança-foguetes que eu entrei” (é “em que eu entrei” que se escreve, Cláudio). A namorada dele pertencia (ou ainda pertence) à comunidade "Eu amo viajar com meu namorado". Por que será hein?

PARTE 6


Para falar do enteado de Lula, filho do primeiro casamento de Dona Marisa, usarei um parágrafo completo do artigo que Diogo Mainardi escreveu na Veja de 24 de julho de 2005: “Marcos Cláudio é o filho mais velho de Lula. No Orkut, ele participa da comunidade "Viva Lula". Além disso, é o fundador da comunidade dos "Adoradores do Shopping Metrópole de São Bernardo do Campo". Marcos Cláudio era do departamento de marketing do Sindicato dos Metalúrgicos. Sua mulher, Carla Ariane, que pertence à comunidade orkutiana "Orgulho de ser PT", tinha um cargo comissionado na prefeitura petista de Mauá, que está sendo acusada de desvio de dinheiro. Foi justamente pelo departamento de marketing das estatais e pelos cargos comissionados na administração pública que passou grande parte da roubalheira petista. O casal Marcos Cláudio e Carla Ariane representa uma espécie de síntese do petismo”. Parece que nem o enteado dispensaria explicações por parte de Lula.

PARTE 7


Outra filha de Lula que costuma freqüentar o noticiário é Lurian, filha que o Presidente teve com a auxiliar de enfermagem Miriam Cordeiro. Em 1996, Lurian, então com 22 anos, lançou-se candidata a vereadora em São Bernardo do Campo. Na época, alugou duas salas para montar o escritório de campanha e pediu à mãe de uma amiga que fosse sua fiadora. Lurian não foi eleita. Deixou as salas e uma dívida de 12 aluguéis. A amiga passou 4 anos cobrando a dívida e, quando a mãe já estava ameaçada de perder a casa em que morava, disse que viria a público transformar o episódio em escândalo. O amigo da família, então recebendo apenas a aposentadoria de metalúrgico (R$ 45.679,00 por ano), Paulo Okamotto, pagou a tal da dívida, que, em virtude de acordo entre as partes envolvidas, foi de R$ 26 mil. A fiadora disse que foi Okamotto quem pagou. Depois “desdisse”. Okamotto alega que não foi o autor do pagamento. Ficou por isso mesmo.


Lurian formou-se em Jornalismo, pela Universidade Metodista de SP, em 2000. Hoje, ela vive em Santa Catarina, tem dois filhos e é casada com Marcelo Sato. O genro de Lula é chefe de gabinete da deputada estadual Ana Paula Lima (PT/SC). Ela, por sua vez, é casada com Décio Lima, que foi prefeito de Blumenau, pelo PT, por dois mandatos seguidos (1996-2000 e 2001- 2004). O Tribunal de Contas de Santa Catarina condenou a Prefeitura de Blumenau a devolver mais de dois milhões de reais por desvios em obras municipais, entre 1997 e 2000. Décio ajudou Lurian: ela estava desempregada depois de deixar São Bernardo do Campo e passou a trabalhar no diretório do PT em Blumenau. O marido, Sato, tornou-se membro da executiva municipal do PT, não sei exatamente quando.


Ao deixar a prefeitura, em 2004, Décio Lima foi nomeado por Lula como superintendente do Porto de Itajaí. No fim de março de 2006, Lima deixou o cargo para se candidatar a deputado federal ou a vice, na chapa de José Fritsch, candidato ao governo de Santa Catarina. O marido de Lurian, segundo o jornal O Globo (20/04/2006), costuma enviar os pedidos de parlamentares de SC à Senadora Ideli Salvati, que, de fato, alegou ter “relações cordiais” com Sato e Lurian. A Senadora se justificou dizendo que Sato é chefe de gabinete de uma parlamentar e essa é uma das funções dele. Ideli é ex-mulher de Eurides Mescolotto, presidente do BESC (Banco do Estado de Santa Catarina). Foi ela quem lutou bravamente contra a privatização do banco. Mescolotto é amigo de Lula e das famílias Lima e Sato.


Segundo o Prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, são de agências bancárias em Blumenau (SC) algumas contas supridas por Paulo Okamotto. Ainda conforme o Prefeito, o dono de contas no BESC e no Banespa (ambas abertas em Blumenau), é Marcelo Sato Rosa, o genro de Lula. Mas, parece que nem Deus conseguirá quebrar o sigilo bancário de Okamotto, já que, na época em que o assunto estava esquentado na imprensa, o Congresso foi invadido por vândalos do MSLT e não se falou mais nada a respeito das tais contas.


Lurian já colocou muita gente da imprensa na Justiça. Ela entrou com ação contra o jornal catarinense "A Notícia", por exemplo, cuja coluna "No Ar", publicada no dia 13 de setembro de 2002, dizia que Lurian era funcionária do Samae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Blumenau por causa da amizade de seu pai (que na época ainda concorria à presidência), com o então prefeito da cidade, Décio Lima (PT). O jornal chegou a publicar uma errata, já que ela não era funcionária da Samae. Mas, a Justiça de Blumenau condenou o jornal a pagar indenização de R$ 50 mil a Lurian. A empresa recorreu e, por isso, o processo ainda não terminou.


Junto com Décio Lima, Lurian também entrou na Justiça contra o colunista Cláudio Humberto, em março de 2002. Dessa vez, pelo menos até agora, ela parece ter perdido: ambos foram condenados a pagar R$ 4 mil de indenização ao colunista. Entretanto, na decisão, o magistrado concedeu a Lurian o benefício da gratuidade da Justiça - normalmente destinado a pessoas sem recursos - e ela não terá de pagar o valor, cabendo a dívida ao co-autor do processo, Décio Lima. Ele vai recorrer. Na ação, ambos argumentaram ter sido moralmente ofendidos em notas escritas pelo jornalista, entre as quais o colunista atribuía à direção nacional do PT "um esforço especial para salvar o pescoço do seu prefeito de Blumenau, Décio Lima, em retribuição ao emprego que ele deu a Lurian". Para o magistrado, as notas faziam referência a investigações abertas pelo Ministério Público e que, portanto, configuravam a prática do exercício regular do jornalismo. A jovem ainda tem mais 3 processos correndo na justiça contra órgãos de imprensa.


Bom, pelo menos ao que parece, Lula não tem mais que se preocupar com o futuro de seus filhos, ao contrário da maioria dos brasileiros. Teria muitas explicações a dar. Mas, todos nós sabemos que não o fará – e também que ficará tudo por isso mesmo, como sempre.

PARTE 8


Dentro do Palácio Alvorada, residência oficial do Presidente, o ritmo de gastos condiz com o da incrivelmente veloz capitalização pessoal de Lula, que dobrou seu patrimônio pessoal durante os 4 anos de governo, como já vimos. Aliás, já lá pelos idos de 1978, o então sindicalista disse, em entrevista ao programa "Vox Populi", da TV Cultura, que a classe trabalhadora não gosta de miséria e que tem o direito de consumir tudo o que produz: "É o mínimo a que nós podemos aspirar; ou iremos apenas fazer os outros se vestirem, assistirem TV em cores e viver bem". Tudo bem: ele só esqueceu de dizer que a classe operária não custeia a produção e nem suporta o ônus de eventuais prejuízos ou falências. Mas, não foi por esquecimento não, foi por ideologia de “selfish made man” mesmo – hoje todo mundo sabe disso. Lula tem o hábito, por exemplo, de fumar exclusivamente charutos cubanos e de usar cigarrilhas holandesas. Não é para qualquer um.


É aquela velha máxima popular: “Quem gosta de miséria é rico intelectual. Pobre gosta de luxo, de brilho, de esbanjamento e de fartura” – de preferência sempre acompanhados de muito exibicionismo – para que todos possam sentir a mesma inveja que ele sentia dos que tinham aquilo que ele desejava ter. Regozijo de pobre que enriquece é fazer com que os outros sintam ou passem por aquilo que ele sentiu ou passou antes de enriquecer. A simples satisfação pela conquista não é suficiente para aplacar anos e anos de rancor. Há exceções, mas elas só confirmam a regra.


Já em 2003, a Folha de SP publicou interessante matéria comparando o arrocho que o governo está impondo no país, até nos investimentos sociais, com a prodigalidade dos gastos destinados ao conforto e ao luxo de Lula e de dona Marisa no Palácio do Planalto e na Granja do Torto. Foram abertas licitações para a construção de um ginásio esportivo, com sala de fisioterapia, no Palácio do Planalto (R$ 62.500), ampliação da churrasqueira e do salão da Granja do Torto (R$ 92.127) – onde antes já se construiu um campo de futebol devidamente iluminado para que Lula possa jogar à noite com os amigos -, enxoval para o Palácio da Alvorada, que inclui 160 jogos americanos coloridos (R$ 15.200), material de cama em que figuram roupões de banho que sejam confeccionados necessariamente com fios de algodão egípcio (R$ 152.637), travessas de prata, guardanapos e xícaras novas (R$ 19.963), equipamento de mergulho (R$ 38.160), quatro máquinas fotográficas digitais (R$ 5.760), e vai por aí afora.


Em 2005, o Estado de SP publicou alguns dados sobre os gastos do Alvorada: 15 edredons para cama de casal Super King dupla face (R$ 640 cada), 4 colchas de casal - de piquê com acabamento ponto Paris - (R$ 990 cada), 54 edredons de solteiro (R$ 176 cada), 28 colchas para cama de solteiro (R$ 411 cada), 74 colchões (14 deles a R$ 830 cada), 20 toalhas de banho para piscina tamanho extra gigante (R$ 54 cada). Para os 98 servidores que trabalham tanto no Alvorada quanto na Granja do Torto, novos uniformes, no custo total de R$ 50 mil. São eles: 8 integrantes da administração dos palácios, 36 atendentes das copas, 2 do cinema, 39 da cozinha e do refeitório, 27 zeladores, 4 bombeiros hidráulicos, 2 piscineiros e 4 eletricistas. Os ternos masculinos dos empregados custaram R$ 210 cada, mais 152 pares de sapato (36 a R$ 100 cada e 116 a R$ 78) e 228 pares de meias pretas (R$ 7,50 cada). Os 28 pares de sapatos femininos custaram R$ 90 cada. Miséria pouca é bobagem!

PARTE 9


No Gabinete da Presidência é a mesma coisa – uma gastança fantástica. Somente de Janeiro de 2003 a maio deste ano, foram 4 bilhões e 900 mil reais, segundo o professor Ricardo Bergamini. Foi o mesmo que gastou o Ministério das Relações Exteriores e mais do que gastaram individualmente os Ministérios da Indústria e Comércio (R$ 3,8 bilhões), da Comunicação (R$ 3,5 bilhões) e do Meio Ambiente (R$ 3,3 bilhões).


Os cartões de crédito corporativos não ficam atrás - são uma metralhadora de gastos. Em 2002, ainda no governo de FHC, ano de estréia da nova forma de pagamento de despesas imediatas, faturas e saques com cartões da Presidência da República somaram R$ 1,3 milhão. No ano seguinte - primeiro de Lula -, os gastos foram multiplicados por sete. Desde o início do governo petista, as despesas com os cartões sem prestação de contas já somam R$ 18,7 milhões. No governo Fernando Henrique, as faturas eram enviadas ao TCU e publicadas para conferência pública no site do Sistema de Acompanhamento Financeiro da Administração Federal (Siafi). O governo Lula passou a tratá-las como assunto sigiloso, de segurança nacional, deixando de enviá-las, e retirando do Siafi informações referentes aos gastos.


A Secretaria de Administração da Presidência da República lançou mão de uma regra baixada em dezembro de 2003 pelo Gabinete de Segurança Institucional para negar detalhes sobre as movimentações com cartões de crédito corporativos no Planalto: "Não é permitido o fornecimento de informações detalhadas dos gastos com as peculiaridades da Presidência da República, por questões de segurança", informou por escrito o departamento da Casa Civil que é encarregado da administração do Planalto. Os gastos com cartão de crédito bancam despesas que têm de ser pagas imediatamente, enquadradas como "suprimento de fundos". Essas despesas não são classificadas legalmente como gastos secretos, para os quais há quantia especialmente reservada no Orçamento da União e que têm um ritual diferente para a prestação de contas. Nas movimentações com cartões, o Siafi não identifica o destino final do dinheiro público, mas apenas os nomes dos titulares nos pagamentos feitos ao Banco do Brasil.


Quando foram lançados, os cartões tinham cada um o limite de R$ 400 mil. Mas, o Presidente Lula ultrapassou este limite, logo nos dois primeiros meses de uso. A administradora, então, alterou os limites dos cartões para R$ 1 milhão cada. Entretanto, como todo mundo sabe, em que pese o absurdo da extensão do limite, os cartões de crédito costumam ser usados para facilitar operações de compra e, mesmo sem querer, acabam dando uma transparência melhor sobre quem, como, quanto e onde se gastou. As pessoas não usam cartões de crédito para sacar dinheiro, principalmente se eles forem corporativos – a não ser em casos extraordinários. Não é o que parece estar acontecendo com os cartões de crédito corporativos do Governo.


Saques de grandes quantias em dinheiro feitos com os cartões de crédito corporativos do governo federal - usados para pagar despesas do Gabinete da Presidência da República, da Granja do Torto e dos ministros que assessoram o presidente - vêm sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro Ubiratan Aguiar (TSU), analisa as auditorias realizadas em 3 mil das 30 mil notas fiscais que comprovam os gastos milionários com os cartões de crédito corporativos da Presidência da República. Há indícios de notas fiscais frias e até de saques em dinheiro vivo, sem prévia liquidação da despesa, como manda a Lei. As faturas dos cartões usados pelo Palácio do Planalto somam R$ 10,2 milhões, apenas do início deste ano até o último dia 18, dos quais R$ 6,8 milhões teriam sido sacados em dinheiro vivo. O procedimento levantou suspeitas porque os cartões foram adotados justamente para dar mais transparência aos gastos com estadia, alimentação e transporte das autoridades, que não precisariam, em sua maioria, ser feitos em dinheiro.


Segundo números do Siafi, dos R$ 10,2 milhões em despesas deste ano, cerca de R$ 5,6 milhões foram gastos pelo gabinete do presidente. Em 2004, 53 funcionários do governo, os chamados de ''ecônomos'', usaram os cartões. Em 2005, foram 48 funcionários. Entre eles, C.P.F. (mais de R$ 1 milhão e R$ 226,9 mil em saques em dinheiro) e M.E.M.E. (R$ 441,5 mil, com saques no valor de R$ 198,1 mil), que costumam acompanhar Lula e a primeira-dama, Marisa Letícia. O pedido de devassa nas contas foi feito no dia 14 de julho de 2005, pelo procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no TCU.


O Planalto se mexe para que o escândalo dos cartões de crédito não apareça antes das eleições, mas o TCU concluirá a investigação em agosto.


Como bem se pode observar, e não causa surpresa nenhuma, o atual Presidente da República de povão e de metalúrgico não tem mais absolutamente nada. O homem gosta de riqueza e do bom e do melhor – custe o que custar e a quem custar. O senso de justiça e de valores éticos e morais do Presidente e daqueles que o cercam obedece à mentalidade socialista, para a qual os fins justificam os meios e onde a nomenklatura está acima do bem e do mal, do justo e do injusto, das Leis, etc.











1 comment:

  1. Ta doido! Assim é demais.
    Fala sério Presidente.

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