Thursday, July 20, 2006

MEU AMIGO CHAVEZ

Christina Fontenelle
30/09/2005

O presidente venezuelano Hugo Chavez é figurinha fácil no noticiário brasileiro e não é segredo nenhum que o presidente Lula o tem como amigo. Não é sempre que esse dito popular é verdadeiro, mas nesse caso é a pura expressão da realidade: “diga-me com quem andas e te direi quem és”.

Para quem tem acompanhado a história da Venezuela, nos últimos anos, bem como a trajetória de Hugo Chavez não há como deixar de comparar com o que vem acontecendo na história recente do Brasil. O mínimo que se pode observar é o fato de que Chavez foi bem sucedido no plano A de tomada do poder e de que Lula (e o PT) já está no plano B. Mas está longe de se considerar derrotado; ao contrário, prossegue sem desviar um milímetro de seu alvo – perpetuar-se no poder, pela neo-comunista ditadura do voto.

Os incautos que não se informem sobre o Foro de São Paulo, sobre o que fez Hugo Chavez na Venezuela (principalmente sobre o armamento da sociedade civil pró Chavez, criando um poder armado civil, paralelo às FA). Não se informem, também, sobre o real significado da união continental latino-americana e caribenha (tão enfatizada e exigida por Hugo Chavez) e finalmente sobre o que diz a história da civilização. Não se informem e votem SIM à proibição do comércio de armas e munições no Brasil e, ainda, não prestem atenção às emendas e correções no Estatuto do Desarmamento que alguns deputados colocaram para ser votadas no Congresso e, agora, com Aldo Rebelo na presidência da Câmara, podem jamais ser votadas. Façam isso, porque é uma conquista decisiva para que o Governo Lula faça do Brasil uma Venezuela.

O Foro de São Paulo é o maior dos escândalos já encobertos pelos meios de comunicação brasileiros. É a reunião de vários partidos de esquerda, incluindo aqui terroristas, para fazer da América Latina (e Caribe) uma grande república comunista. Os membros estabeleceram estratégias e metas que se sobrepõem aos interesses nacionais de cada nação e se ajudam entre si para atingir seus objetivos, numa intentona descarada contra as soberanias nacionais. E, que ninguém se engane, o nome mais popular do comunismo, atualmente, é democracia popular.

O próprio presidente Lula confirma a existência do Foro de São Paulo, contrariando todos os esforços da mídia em esconder seu real significado. Ao comemorar o aniversário do “inexistente” Foro, em 2 de julho de 2005, (http://www.info.planalto.gov .br/download/discursos/pr812a .doc), Lula discursa:

"Em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990... Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.

"Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política."

Alguém ainda tem alguma dúvida sobre o que Lula está dizendo neste discurso? Enfim, a confirmação da existência e dos propósitos do Foro foi feita pelo próprio criador. Este mesmo criador que, ainda nesta semana, num encontro com Hugo Chavez, na solenidade de assinatura de um acordo entre as estatais de petróleo Petrobras e PDVSA, discursou, dizendo que Chávez foi “demonizado” no Brasil, mas seria, na opinião dele, um companheiro da integração da América do Sul: “Eu não sei se a América Latina teve um presidente com as experiências democráticas colocadas em prática na Venezuela”. E continuou, dizendo que ninguém poderia acusar a Venezuela de não ter democracia: “Poder-se-ia até dizer que tem em excesso”.

Chamar o presidente Hugo Chavez de democrata é ofender a inteligência daqueles que conhecem sua história. Aliás, a coisa mais impressionante no governo do PT, particularmente no presidente Lula, é a certeza absoluta que ele tem na ignorância e na burrice (que são coisas diferentes) do povo brasileiro. Impressiona muito também a postura de certeza que ele e toda a corja do PT têm de que esteja tudo sob controle, conforme o planejado – tudo articulado minuciosamente.

O “democrata” Hugo Chavez, depois de tentar, em 1992, tomar o poder, pelas armas, mudou de tática, temporariamente, até ser eleito, democraticamente, como Presidente da Venezuela. A partir de então, traiu seu discurso de campanha, seus eleitores e muitos correligionários – fez da Venezuela em filho pródigo da Cuba de Fidel Castro, que, a propósito, o considera como “o homem mais democrata das Américas”.

Chavez tomou para si todas as decisões sobre as promoções nas Forças Armadas venezuelanas e determinou que militantes civis fossem treinados e armados por militares especializados, com a desculpa de que isso era uma medida de prevenção, para a resistência armada do povo, no caso da Venezuela sofrer uma invasão de tropas norte-americanas. É bom lembrar, que foi o braço armado dos militantes civis de Hugo Chavez que dizimaram manifestações pacíficas anti-chavistas e que exigiram a volta do presidente, depois de ser, temporariamente, destituído do cargo, em 2002, fazendo da capital, Caracas, um verdadeiro campo de guerra.

No Brasil, acontece o mesmo, só que escondem isso da população. O MST segue firme e forte, financiado e armado pelo governo do PT. As Forças Armadas estão desprestigiadas e sucateadas. A classe média está sendo achatada, transformada em força de trabalho e desarmada (pois antes mesmo do referendo, o Estatuto do Desarmamento praticamente inviabiliza a posse de armas para um cidadão comum). Todas as instituições do país estão infiltradas por militantes da causa petista. E, finalmente, a Polícia Federal, através de escutas autorizadas pelo próprio governo do PT, promove uma verdadeira caça às bruxas, naquela que o PT chama de elite.

Sempre foi tática comunista produzir e arquivar material de chantagem para ser usado na hora mais conveniente. No momento propício, os “comunas” vão em cima de suas vítimas, seja para desfocar atenções, seja para tirar um inimigo do caminho – nada pessoal, mas é que comunista não tem amigo, tem camarada. Camarada é aquele que serve à causa; quando não serve mais...adeus!

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